Capítulo 22 - Intuição

2.5K 231 62
                                    


Depois de Balca, me acalmei e voltei ao meu trabalho, estava terminando as rondas da tarde quando recebi uma ligação.

- Alô? Eda?

- Sra. Aydan?

- Querida! Estou na recepção do hospital, tem um tempo para aquele nosso café? - Me senti confusa, parte de mim se perguntava se ela realmente estaria ali e a outra parte perguntando se eu iria ou não.

- Eda? - Ela perguntou depois de ficar um tempo em silêncio. Entre nao ir e ir pois aquilo poderia ser bom para minha relação com Serkan, eu decidi ir.

- Me de alguns minutos está bem? Te encontro ai.

- Claro. - Podia sentir seu sorriso de felicidade pelo telefone.

O plantão estava tranquilo, sem acidentes ou pacientes gravíssimos que precisavam de minha atenção, avisei a Melo que tiraria meu intervalo, peguei meu casaco e fui de encontro a Sra. Aydan de uniforme, segurando somente minha carteira e meu celular. Quando a encontrei, ela esbanjou um sorriso enorme, que me fez me sentir feliz por estar ali.

- Podemos ir nessa perto do hospital? Não posso ficar fora por muito tempo.

- Claro, minha flor. - Ela disse compreensiva.

Chegamos a cafeteria e eu pedi um expresso grande e ela pediu um café normal com adoçante, o que me surpreendeu, pois achei que Sra. Aydan não era uma mulher que pediria um café simples. Quando estavámos indo em direção a mesa, ela começou.

- O grande motivo que te chamei para esse café, foi que eu queria ouvir a sua versão. - Ela sorria. - Escutei Serkan dizendo que sonhava com você e que quando acordou viu que seu rosto era real e que a partir dali não queria ficar longe de você, então eu queria ouvir a sua.

Sorri tímida, as vezes esquecia o quanto Serkan se aproximou de sua mãe no período hospitalar e que ela afastou a ex-namorada de Serkan a pedido dele.

- Sabe...- Ela continuou. - Eu queria muito te conhecer e queria que Serkan contasse sobre a vida dele também, mas naquele momento, quando pensei que poderia perder ele, se ele me pedisse para sequestrar Selin eu acho que eu faria. - Ela sorriu.

- Enfim, graças a Deus que deu tudo certo, que vocês estão juntos. - Neste momento ela se calou e ficou me olhando, esperando que eu começasse a falar.

- Bom, quando Serkan chegou no hospital acho que foi mais uma ajuda do destino ele ter sido designado para mim. Senti que eu deveria cuidar dele, mas nunca pensei que fosse virar o que virou. - Soltei uma risada, lembranças passavam em minha cabeça. - Depois, senti uma necessidade enorme de fazê-lo acordar, o que é engraçado porque eu estudei anos na minha vida e sei que é um processo longo, mas eu queria fazer ele acordar, então comecei a conversar com ele. Porque além da necessidade de acordar, eu queria conversar, sentia que ele precisava de alguém.

- O coração de vocês já estavam unidos ali. - Ela comentou mais para ela mesma do que pra mim, entre minhas pausas.

Tomei um gole de meu café e segui.

- Criei um sentimento de proteção também, pergunte a Efe, nós quase brigamos quando ele foi fazer uma cirurgia em Serkan e não me avisou da urgência. Eu me sentia responsável por ele, que eu tinha que manter ele vivo.

- A conexão. - Ela comentou de novo.

- Quando ele acordou, acho que foi quando as coisas mudaram, ou ganharam um novo significado. Ele me queria por perto, mas era teimoso e brigão. - Ri com as lembranças. - Depois a gente foi se ajeitando, se conhecendo.

You're in love I EDSEROnde histórias criam vida. Descubra agora