Capítulo 21 - O que te importa?

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POV Eda Yildiz

Meu coração estava tão acelerado que eu não conseguia sentir meu pulso, borboletas voavam tão forte em meu estômago que eu senti que a qualquer momento o café da manhã que comi na casa de Serkan iria voltar pela minha boca.

Não sabia porque estava com tanto medo.

Estava para na frente do portão de casa, congelada, sem coragem para abrir e seguir em frente. Serkan me deixou faz 10 ou 15 minutos, eu não sei, ele se ofereceu para conversar com minha tia, mas eu disse que não, que o primeiro momento teria que ser eu e que ele poderia escutar coisas que o ofendesse. Ele respeitou minha decisão, me desejou boa sorte e disse que queria saber como foi assim que terminar, que ele iria para a delegacia.

Então estou aqui. Parada.

- Dada? O que está fazendo ai parada? - Melo gritou da varanda do segundo andar, me fazendo acordar. E instantaneamente, eu abri o portão e entrei dentro de casa.

- Acabei de chegar. - Disse, tentando disfarçar.

- Hum...- Foi tudo que Melo disse. - Você veio da casa do Cunhado? - Fuzilei Melo com o olhar e assim que ela viu, fechou a boca. Ela não conseguia manter um segredo.

Me aproximei da varanda.

- Dá pra você falar mais alto? Pra minha tia ouvir? - Cochichei nervosa.

- Me desculpe Dada, você vai contar pra ela?

- Vou, você não contou nada né?

- Não, dessa boca não saiu nada.

- Acho bom!

Encerramos nossa conversa e eu fui em direção a porta, entrando na residência.

- Eda? Querida? É você? - Minha tia chamou assim que pisei dentro de casa, não me dando tempo de trocar os sapatos.

- Sim Tia, sou eu. - Respondi, indo em sua direção.

Tia Ayfer estava cozinhando algo que não consegui identificar, quando cheguei na cozinha, ela logo abriu os braços para um abraço e eu a recebi. Nosso abraço foi longo, ela estava sentindo minha falta, eu retribui o carinho, acariciando suas costas.

- Estava com saudades. - Ela disse.

- Eu também tia.

- Como foi seu treinamento? Venha me ajudar. - Seu pedido doce e seu sorriso gentil me fizeram me aproximar da bancada. Onde estava uma bacia de farinha com peneira. - Preciso dessa farinha fina, para fazer um bolo. Vamos, me ajude. - Eu obedeci.

Peguei a peneira, com uma colher coloquei a farinha na peneira e comecei a mexer a peça em outra vasilha.

- Devagar, bem devagar. - A voz de minha tia era um sussurro em minha mente. Minha concentração estava em como a farinha passava pela peneira.

- Onde estava essas duas noites? - Ela perguntou.

- Na casa de Serkan. - Falei sem ao menos pensar, concentrada na farinha.

- Serkan Bolat? - Eu senti que ela queria gritar, mas se conteve.

- Sim, estamos juntos. Queria contar para você assim que chegasse em casa, mas agora estou aqui e...

- Eda! - Minha tia gritou me fazendo piscar. Pareceu que minha visão se clareou, a peneira com farinha em uma mão e a vasilha na outra.

Ayfer não hipnotizou Melo pois estava planejando fazer comigo.

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