Capítulo 12 - Ela?

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POV Serkan Bolat

O dia amanheceu e eu já estava acordado, depois do sonho que tive não conseguia mais dormir. Meus sentimentos por Eda estavam fortes e, saber que ela sentia o mesmo, ela dizendo que eu era especial, me fez ficar mais forte. Porém, comecei a ficar preocupado, quando sair daqui eu vou ter que voltar ao trabalho, vou ter que ir atrás de Kaan e Eda poderia correr perigo. Eu não sabia o que fazer em relação ao perigo que ela estaria correndo a partir do momento que eu sair desse hospital.

Não percebi por quanto tempo estava pensando no possível perigo que Eda correria comigo, quando Efe apareceu para a ronda da manhã eu vi o quanto estava distraído.

- Bom Dia. - Efe fechou a porta. - Você nos deu um baita susto.

- Bom dia Efe, me desculpe, eu já falei com Eda. - Efe me olhou concentrado, seus olhos pareciam me analisar, me senti exposto.

- Sim, Eda, ela me contou. - Efe tinha papéis nas mãos, ontem depois que acordei do sono do remédio fui encaminhado para fazer um exame e não fui notificado sobre nada depois de feito, então deduzi que tudo estava tranquilo.

Efe leu os papéis atentamente, o silêncio assumiu o quarto.

- Qual o seu lance com a Eda? - Perguntei sem pensar, congelei "Qual o seu problema?" meu subconsciente perguntou e eu gritei comigo mesmo pela ousadia. Efe riu, ainda lendo os papéis.

- Meu lance com a Eda? - Efe riu. - Serkan, fique tranquilo, somos amigos.

- Me desculpe, eu não sei o que deu em mim

- Eu acho que sei. - Efe finalizou com uma risada silenciosa e voltou aos papéis, agora ele anotada em uma prancheta.

- Como se conheceram? - Perguntei com um pouco mais de controle sobre meus sentimentos, não entendia o que estava acontecendo em peito. Sabia que meu subconsciente gritava comigo, mas eu tinha que saber.

- Aqui no hospital, eu era um médico recém formado que fez especialização em cirurgia em outra cidade, na época ela trabalhava aqui no andar de cirurgia e me acolheu, me ensinando o que pode o que não pode, quem é legal, quem eu devo respeitar. Quando percebi, nós éramos amigos.

- Você nunca pensou ter nada além de amizade?

- Serkan, eu sou casado. - Efe mudou o tom de voz, foi direto. Meu sangue pareceu fluir para todo o meu rosto, pela quentura que estava sentindo. - Eda me ajudou a ficar com a minha atual esposa até. - Ele deu uma risada. - Então não.

- Eu vou ficar calado agora. - Falei me ajeitando na maca. Efe voltou a rir.

- Olha, não posso falar sobre o que sei porque Eda ama demais esse emprego e ela e chefe da UTI, mas saiba que eu sei. - Ele olhava diretamente em meus olhos.

- Saíba que estou ajudando como posso, mas preciso ser primeiro seu médico. Então, se você quer saber mais coisas, sugiro que pergunte para ela. - Assenti, concordando.

- Eda é uma mulher incrível, uma luz para esse hospital e para as pessoas que entram e trabalham nele. O que vocês dois estão tendo não é comum, é uma conexão que a medicina tenta explicar, mas vai muito além disso, tentar impedir é quase ir contra um tsunami. Não precisa ter ciúmes de mim.

- Não estou com ciúmes.

- Claro. - Ele riu de novo. - E eu não fiz 6 anos de faculdade de medicina e olha onde estamos.

O silêncio invadiu o quarto de novo, eu não sentia raiva de Efe pelas coisas que ele estava me dizendo. Ele não estava mentindo, eu que estava com dificuldade de aceitar. Parte de mim, a mesma parte que fez essas perguntas, achava que poderiamos ter Efe como um aliado.

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