Capítulo 15 - Estou louco

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POV Serkan Bolat

- Parabéns Serkan, você é um homem livre! - Efe me entregava os papéis da alta com um sorriso profissional, não demonstrava seus sentimentos.

Provavelmente ele já sabe.

Depois que terminei com Selin, voltei para o meu quarto e pedi para que ligassem para a minha mãe. Ela veio assim que pode e eu contei tudo para ela.

- Querido, eu não fazia ideia de que ela estava planejando algo assim.

- Tudo bem mãe, ela pegou todos nós de surpresa, mas o que importa é que está acabado.

- Mas e Eda?

Fiquei em silêncio, pois não consegui formar palavras com os meus sentimentos. Eu me sentia culpado, com raiva por ter feito aquilo com ela, seu rosto com os olhos cheios de água estava em looping na minha cabeça.

Eu sei que eu devia ter contado, era o que um homem honrado faria, mas eu não consegui. Não foi por medo ou qualquer sentimento semelhante, desde o momento que acordei nesse hospital e fiquei com Eda ao meu lado, ela me fazia esquecer de tudo que estava lá fora, a minha vida antes daquela noite, por muitas vezes me fez esquecer até de Engin.

Passei o dia pensando nela enquanto minha mãe arrumava minha coisas para a alta. Depois do almoço um enfermeiro homem veio tirar o meu suporte de oxigênio e o acesso em meu braço. Ele foi estritamente profissional, profissional até demais.

- Sabe onde posso encontrar Eda? - Ousei a me perguntar, eu precisava encontrá-la depois que pudesse sair do quarto. O enfermeiro fechou a cara, levantou o nariz e disse.

- Não dou esse tipo de informação para homens traidores. - Ele fez um barulho que eu não consegui identificar, depois que tirou meu acesso falou. - Boa alta Sr. Bolat, tomara que não precise voltar nunca mais.

Pronto, todos me odiavam.

Eu machuquei a luz desse hospital a fazendo se apagar e agora todos me odiavam, justo.

Efe feio no final da tarde, como prometido, também profissional. Ele explicou todas as recomendações, falou que eu tenho que retornar para uma consulta com ele daqui uma semana e depois o tempo iria ser maior.

- É importante vocês passarem no setor de fisioterapia para conferir a suas consultas e seu plano de recuperação. - Ele disse sorrindo...para a minha mãe.

- Obrigada por tudo Doutor, eu nem consigo expressar a minha gratidão por terem salvado o meu filho.

- O importante é que ele tá saindo daqui inteiro não é mesmo? - Ele sorriu para a minha mãe, recebendo o abraço que ela estava inciando, porém, eu sabia que aquelas palavras tinha outro significado.

Eu tinha que achar Eda e consertar tudo.

- Se me permitem, preciso ir, mas estão liberados. Só reforço que precisam passar no setor de fisio. - Efe disse saindo do abraço de minha mãe.

- Claro Doutor, vamos fazer isso agora mesmo! - Minha mãe disse emocionada, pude sentir em sua voz que ela estava chorosa. Eu não consigo imaginar o que se passava em seu coração pois não tenho filhos, mas vê-la assim, tão agradecida, me deixou mais feliz de estar por perto.

- Efe. - O chamei, com a voz séria. - Obrigado, por tudo. - Ofereci minha mão para um aperto.

Ele assentiu, e apertou minha mão.

- Conserte o que ainda está quebrado e eu acho que tudo vai ficar bem. - Ele disse, minha mãe ficou confusa, mas eu entendi.

Saímos do quarto, eu não conseguia ajudar minha mãe com a grande mala preta que ela trazia para mim então pedimos para um segurança nos ajudar. Eu andava com a muleta, podia sentir minha força voltando, estava animado para voltar a malhar.

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