Capítulo 28 - Cadê a Eda?

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POV Serkan Bolat

"Serkan, a irmã Ayfer gostaria de vê-lo. Ela está desesperada por notícias da Eda.

Por favor, por Eda, passe na floricultura e acalme o coração dela.

Aguardo notícias,

Melo"

Olhava para o celular mais uma vez, de frente para a floricultura.

Melo me mandou a mensagem logo de manhã, sai direto de casa para a floricultura da tia de Eda com a missão de acalmá-la, eu não sabia como iria fazer aquilo, mas eu prometi para Melo que se precisassem de algo, era só me ligar.

Em minha mente, veio a lembrança de quando estava internado, quando Eda falou sobre esse estabelecimento e eu disse que não iria, pois era alérgico. Sorri de cabeça baixa com a lembrança, porém, logo fui nocauteado pela dor.

Ela não estava aqui comigo.

A floricultura era em um espaço aberto, com uma entrada discreta com um lance de escada que levava para a loja e as plantas expostas. Era relativamente grande, tinha arranjos de flores, plantas e até árvores ao fundo, era muito bonito. Cada passo meio ficava mais pesado, eu estava ficando nervoso, sabia que não podia demonstrar, então eu respirava fundo, tentando me acalmar.

Como falar para a tia de Eda que está tudo bem? Que quebrei meu celular atrapalhando as investigações? Como falar que eu iria o fim do mundo para achar ela antes dos 5 dias?

Eu não sabia, mas não importa agora. Pois, quando cheguei na floricultura, fui recebido com um alívio.

- Serkan! Melo disse que viria, graças a Deus! - Ela disse.

- Olá. - Falei tímido. - Acho que já me conhece, mas sou Serkan.

- Claro que te conheço, sou Ayfer, tia da Eda, venha.

Ela me conduziu para o interior do local, minhas narinas começaram a ficar sensíveis e eu estava me esforçando ao máximo para não espirrar. Ayfer me conduziu para uma pequena mesa vermelha, onde tinha café e biscoitos, um bolo e frutas.

- Aposto que ainda não comeu, sei que é alérgico a morangos, não se preocupe. Melo me contou tudo. - Ela deu uma pequena risada logo após, como se estivesse escondido um segredo.

- Sente-se Serkan.

Mesmo com uma vontade imensa de espirrar e querer sair correndo dali algo em seu olhar me fez sentar imediatamente. Ela se sentou na cadeira da frente, me serviu café e serviu uma xícara para ela. De repente sua postura mudou, a receptividade foi embora e junto com ela seu sorriso, foram substituídos por uma tristeza e preocupação que eu sabia porque estavam ali.

Ela respirou fundo antes de falar.

- Eda é uma grande enfermeira Serkan, grande. - Ela começou, ela me olhava, mas ao mesmo tempo estava com o olhar perdido.

- Quando você chegou no hospital, ela não sabia quem você era, mas já se importava tanto, me contava todas as noites sobre sua evolução, suas cirurgias, acho que sei mais do que aconteceu com você do que você mesmo. - Ela deu uma leve risada e eu percebi que uma pequena lágrima saiu de seus olhos.

Eu estava imóvel.

- Eu tentava ignorar, mas ela dava sinais dessa conexão de vocês antes mesmo de você acordar. Quando você acordou, nossa, foi uma felicidade, ela vivia naquele hospital. - Eu também sorri, um sorriso leve. Eu tinha curiosidade de saber o que Eda fazia enquanto eu estava de coma, escutar aquilo enchia meu coração de felicidade.

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