Epílogo

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1 ano e alguns meses depois

POV Serkan Bolat

Não estou tendo mais pesadelos, faz mais ou menos um mês, estou melhor no trabalho também. Acho que finalmente consigo reconhecer minha melhora.

- Eu fico muito feliz com isso Sr.Bolat. - A Doutora Melissa respondia com um sorriso gentil.

Fazer terapia foi um passo importante em minha vida. Depois de tantos ocorridos em minha vida, quando tudo de acalmou, a minha mente não conseguia se acalmar. Não conseguia dormir e quando conseguia tinha pesadelos que me fazia acordar aos prantos. Desenvolvi Síndrome de Perseguição sempre achava que alguém viria até mim e minha família para vingar a morte de Kaan, o que depois de meses de terapia descobri que não fazia sentido. Uma vez que Kaan era um criminoso que dava medo as pessoas, e sua morte pode ter sido mais um alívio coletivo do que um desejo de vingança. Além disso, fui diagnosticado com Estresse Pós-traumático, A Doutora Melissa dizia que essa série de ocorridos poderia deixar qualquer um doente e que só demonstrava que eu era humano.

- Como está as coisas em casa? - A psiquiatra perguntou, eu sorri.

Eda teve uma gravidez tranquila, mesmo com meus pedidos, trabalhou até sua médica pedir para que parasse pois poderia ser perigoso para ela e para o bebê. Ela também me ajudou nas noite ruins, me abraçava forte até eu conseguir dormir e me dava banho quando não conseguia me mexer. Pediu para que eu começasse terapia quando decidiu que ela deveria começar.

"Acho que nosso filho não merece os traumas que vivemos Serkan." Lembro como se ela estivesse em pé na minha frente nesse momento.

- As trocas de fraldas ainda não estão perfeitas, mas eu chego lá. - Disse com uma risada descontraída

- Tem algo a mais que quer me contar? - Ela respondeu com aquele sorriso que dizia que eu poderia confiar nela.

- Acredito que vai ficar para a semana que vem.

Neste momento meu celular vibrou, anunciando uma mensagem.

Você está vindo? Piril disse que vem nos visitar, preciso de ajuda com o pequeno Engin.

-Eda

Engin.

Nosso filho.

A ideia do nome foi de Eda, ela queria homenagear meu melhor amigo. Depois do primeiro encontro com Piril, aos 4 meses de gestação ela falou enquanto arrumava a cozinha.

"Se tivermos um menino, vamos chamá-lo de Engin?"

Me pegou de surpresa, tentei protestar, dizer que não precisava daquilo. Mas ela rebateu meu argumento dizendo que não conheceu Engin, mas conheceu o que ele fez por fim e sabe que eu sentia falta dele todos os dias e, com Piril em nossas vidas, seria uma forma de mantê-lo presente. Duas semanas depois veio o resultado da ecografia, o pequeno Engin estava vindo, depois de ter certeza que teríamos um menino, eu fiz um pedido.

"O que acha de pedir para Piril ser madrinha dele?" Eda não hesitou em concordar.

Respondi a mensagem.

Estou finalizando, em meia hora estou ai.

-S

- Nos vemos na semana que vem. - A Doutora disse.

- Sr. Bolat, estou muito feliz que está melhorando e que está reconhecendo isso. É um grande passo para dias melhores. - Sorri envergonhado.

- Obrigado. Acho que já estou chegando lá.

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