ANBU LOVERS

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          Não demorou muito para que Akemi apertasse a mão de Kakashi com ainda mais força do que a primeira vez e xingasse por conta da dor causada pela segunda contração.

— Nós estamos indo ao Hospital, agora. — Ele a pegou no colo, em estilo noiva, e começou a andar o mais rápido que conseguia em direção ao local, por sorte não estavam tão longe de lá.

          Akemi até pensou em dizer que não precisava ser carregada, mas a dor causada pelas contrações provavelmente a impediria de conseguir andar e por isso acabou por se manter quieta, apenas se segurando no esposo. Foi tempo suficiente para Kakashi colocá-la no chão e a bolsa estourar, fazendo com que os responsáveis a levassem à sala para realizar o parto o mais rápido possível.
          O Hokage pediu para que informassem que não voltaria ao escritório durante o restante do dia porque Akemi havia entrado em trabalho de parto e ele fazia questão de estar ao lado dela em um momento como aquele, algumas horas haviam passado e agora a mais nova descansava no quarto, Kakashi estava sentado ao lado dela a observando, ela havia feito um ótimo trabalho ao trazer a pequena ao mundo, ele se encontrava pensando em um nome que se encaixaria perfeitamente com a garotinha.

— Por que não foi pra casa? — A voz baixa da esposa o tirou do transe em que havia se colocado sem perceber.

— Eu quis ficar com você. — Kakashi aproximou seu rosto da mais nova, depositando um beijo em sua têmpora. — Estive pensando em nomes pra dar a nossa menina...

— Quais ideias você teve?

— Pensei em Naomi, Hana e Sayuri...

— Quais são os significados deles? — Akemi sentou-se na cama, observando o esposo com olhos atentos.

— Naomi significa aquela que é bonita e honesta, Hana pode significar graciosa enquanto Sayuri significa o pequeno lírio que nasce adiantado. — Ele segurou a mão da esposa, entrelaçando seus dedos aos dela. — O meu favorito é Sayuri.

— Sayuri é o que mais combina com ela. — Falou depois de depositar um leve beijo nas costas da mão de Kakashi, desviando os olhos para a pequena cama que havia sido colocada ao lado de sua cama, onde a menina de cabelos cinzas dormia de forma pacífica. — Ela é linda como um lírio e nasceu antes da hora, nada combina melhor.

— Por isso ele era meu favorito.

— Obrigada por ter ficado aqui com a gente. — Akemi sorriu de leve, apertando a mão do esposo. — Mas eu acho que você deveria voltar pra casa e descansar...

— Só saio daqui quando vocês duas saírem... — Kakashi se levantou de onde estava, deitando-se ao lado da esposa na pequena cama de hospital que havia ali.

— E se a vila precisar do Hokage?

— Aí eles mandam me chamar, eu só quero aproveitar esse momento antes de voltar a correria da minha função. — Escondeu o rosto na curva do pescoço da menor, a abraçando pela cintura.

— Tudo bem, eu não vou bater contra a decisão do Sexto Hokage de Konoha. — Soltou uma breve risada, levando uma de suas mãos aos fios de cabelo dele, passando os dedos por ali de forma calma.

          Akemi ficou um tempo fazendo carinho no esposo mas fora interrompida pelo choro de Sayuri então teve que se levantar e dar de mamar para a garotinha, imaginava que o choro era devido a fome e não estava errada, depois daquilo a fez dormir mais uma vez, a mantendo próxima de seu peito o tempo todo para que pudesse ouvir as batidas de seu coração, sua mãe havia falado que acreditavam que os bebês ficavam calmos quando as ouviam então resolveu tentar. Quando Sayuri parecia dormir profundamente, a ex-ANBU voltou para a cama, se ajeitando ao lado do esposo da maneira mais lenta que conseguiu para não acordá-lo.

— Ela ficou mais calma? — Kakashi sussurrou ao sentir a garota se encaixar dentro de seu abraço.

— Achei que estivesse dormindo...

— Acordei assim que saiu da cama. — Soltou uma breve risada, levando um leve tapa em seu antebraço. — Essa cena vai ficar gravada na minha memória até meu último suspiro, foi uma das coisas mais lindas que eu já vi.

          O ex-capitão puxou a esposa para mais perto, boa parte das coisas mais lindas que havia visto durante toda a vida possuíam Akemi como peça-chave, como o rosto da garota iluminado pelo pôr do sol no dia que se reencontraram, ou o traje que ela usava no dia do festival, o dia em que se casaram e agora a cena onde a esposa embalava Sayuri, que havia acabado de mamar, para que ela voltasse a dormir de forma pacífica como antes. Kakashi se sentia um homem realizado e esperava que Akemi sentisse o mesmo, queria fazê-la feliz e daria tudo de si para alcançar essa vontade.

[...]