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Draco Malfoy


Acordei assustado e suado. Tinha alguma coisa me sufocando e quando olhei era Harry. Ele estava com o corpo grudado em mim e dormia serenamente com um rosto relaxado e bonito. Me sentei na cama me desvencilhando de seu abraço apertado, sem acordá-lo. Não lembro de ter dormido, algo que não acontecia há muito tempo, já que eu tinha dificuldades para dormir. Quando não acordava com pesadelos no meio da noite.

Ultimamente estou tendo que fazer feitiços de privacidade e silenciadores em volta da minha cama para não acordar o pessoal do dormitório com meus gritos. Zabini, Pansy e Nott estão sempre comigo. Já Crabbe e Goyle estão sempre me pressionando e eu ando irritado o tempo todo. A única coisa que tem me acalmado, é esse homem que está dormindo tranquilamente ao meu lado.

Depois que ele disse que gostava de mim, muitas coisas mudaram dentro de mim. Olhei para ele e vi nele a esperança do mundo bruxo como um todo. Eu agora só poderia esperar que as coisas acontecessem, e não vai ser nada legal. Sei que vou perder Harry. O que eu tenho que fazer vai muito além de mim agora.

Logo depois que Harry me pediu para fugir com ele, meu mundo virou de cabeça para baixo. Duas semanas depois, minha marca queimou em meu braço de uma forma agonizante. Eu me encontrava no meio do dormitório e estava sozinho, mas meus gritos foram ouvidos. Lord tinha me chamado e eu precisava ir vê- lo. Corri para a única pessoa que me ajudaria, Snape. Não me agradava em nada ter que recorrer ao duas caras do Snape, mas ele era minha única esperança.

Quando entrei no seu escritório logo depois do jantar, ele parecia saber o que era.

- Ele está te chamando? - Perguntou calmo.

Em minha agonia para me livrar da dor que me rasgava, supliquei.

- Snape, por favor...

- Draco, se você contar a alguém que te ajudei.

- Não vou contar a ninguém. Você prometeu à minha mãe que me ajudaria.

- Eu sei! - Limitou a dizer.

- Se eu morrer ou falhar...

- Não precisa me ameaçar, Draco. Eu ajudarei. Lord das trevas está nas mansões Malfoy.

Meu rosto ficou lívido. Não era para ele estar lá.

- Aconteceu algo com meus pais? - Perguntei desesperado.

- Você vai a sua casa pela rede de flúor que consegui liberar para você, Draco. Pense bem o que irá dizer. Agora vá. - Ele ordenou.

Entrei na lareira e em segundos já estava na sala de casa. Lord não estava à vista, mas minha mãe correu quando me viu.

- Draco, você está bem?

Eu a abracei sentindo a marca parar de queimar. Lord das trevas entrou na sala muito calmamente com sua cobra Nagini ao seu lado. Fiz uma meia reverência. Pude ver como eu estava tremendo e ansioso.

- Milorde.

- Draco, que bom que você veio. - Ele deu um de seus sorrisos sinistros que mais pareciam uma careta horripilante. 

Como se eu tivesse escolha.

- Claro que viria, Milorde. - Olhei a volta. - Onde está meu pai, mãe?

Ela desviou os olhos chorosos de mim e se afastou. A resposta veio de Lord.

- Seu pai não está aqui. Digamos que ele esteja fazendo um servicinho para mim.

Ele disse isso de uma forma esquisita, dando a entender que ele não estava em serviço nenhum. Entendi seu recado. E a postura da minha mão dizia o mesmo.

Apostando no Amor [NÃO FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora