⌘ Sensações diferentes⌘

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Harry Potter


Minha mente parece uma confusão de diversos pensamentos estranhos e conflitantes. Ao mesmo tempo que quero acolher o Draco e dizer que vai ficar tudo bem com ele, eu quero dar um murro bem forte em seu rosto bonito.

Eu me sentia cansado e preocupado com a mãe dele. Eu podia ver que algumas vezes ele contorcia o rosto como se tivesse pensando em algo ruim. Eu conhecia Draco o suficiente para entender quando ele estava mal.

No momento eu vou optar por acalmá-lo e depois podemos conversar e entendermos tudo o que aconteceu. Estou com tanta coisa na cabeça que os últimos acontecimentos, são um borrão. Não tinham nem algumas horas que esse homem parado à minha frente comendo uma maçã, tinha ameaçado matar o homem que eu mais confiava.

Eu não sei como me sentir em relação a ele. Gosto dele, mas Draco é uma montanha russa de emoções e sentimentos. Nunca sei quando ele vai fazer algo que vai atrapalhar minha vida. Mas em outro ponto, eu gostava quando estávamos juntos.

Muita coisa estava em jogo. Na torre, eu achei que não queria deixar Draco vir sozinho, com medo do que ele poderia fazer com a única coisa de Sirius, que eu ainda tinha. Quem eu estava enganando? Eu não queria deixar Draco sozinho, vivendo seu inferno particular. No momento que eu decidi vir com ele, ele pareceu mais calmo. Eu preciso ter certeza que ele está do nosso lado, mas como?

Mesmo assim eu continuo com a sensação de que algo mudou hoje entre a gente. Ele não parou de me olhar nem por um segundo, desde que chegamos aqui. E ele me defendeu quando Mostro me chamou de Mestiço imundo, mesmo ele mesmo tendo usado o termo várias vezes.

Draco, me deixava confuso. Uma hora ele era simpático, bonito, charmoso e parecia verdadeiramente querer cuidar de mim. Já em outras ele era sombrio, arrogante, e babaca. Como eu posso gostar e odiar tanto a mesma pessoa. Todas as vezes que ele chamou Hermione de sangue ruim e Rony de traidor do sangue, me subia uma raiva que eu seria capaz de destruir seu rosto no soco.

Sem falar tudo que ele fez comigo. Inventando músicas que me humilhavam e me diminuíram, bottons com dizeres ofensivos. Todas as vezes que ele tentou me prejudicar.

Me doía saber que ele foi incumbido de matar Dumbledore e se não o fizesse poderia perder sua família. Sei bem como é ter medo de perder quem você ama.

Levantei o olhar e peguei ele me olhando, ele desviou rapidamente o olhar. Ele parecia cansado e preocupado. Draco realmente tinha emagrecido e sua cara estava horrível. Eu conseguia ver as linhas de suas lágrimas secas no seu rosto. Antes que eu entendesse o que eu estava fazendo eu disse:

- Vamos tomar um banho? - Perguntei calmo.

Um contraste bem grande com meu coração que batia acelerado. Draco me olhou levantando o cenho.

- Claro! - Respondeu com a voz trêmula.

Eu sugeri isso mesmo?

Eu não sei porque sugere aquilo, na verdade eu estava sentindo uma necessidade muito grande de tocá-lo. Será que bati a cabeça quando Dumbledore me enfeitiçou? Eu não estava pensando muito bem naquele momento.

Me levantei e segui para as escadas, em direção ao quarto de Sirius. Senti Draco atrás de mim, mas não olhei para ele.

Quando entrei no quarto escuro e bolorento meu coração deu um salto que não tinha nada a ver com Draco. Sirius apareceu vivo em minha mente e eu senti saudades dele.

O quarto estava exatamente como eu me lembrava. Não queria sentir isso, meus olhos se encheram de água e minha visão ficou turva. Senti a mão de Draco se unir a minha e fez uma leve pressão apertando. O olhei, mas ele mirava o chão com determinação, talvez me dando espaço para respirar.

Apostando no Amor [NÃO FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora