Harry Potter
Ontem recebi uma carta de Dumbledore pedindo para eu comparecer à sua sala hoje depois das aulas. Cheguei em frente a gárgula que guarda a entrada para sua sala.
- Delícias gasosas. - Falei a senha que foi colocada na carta, e subi.
A porta do escritório do professor estava aberta e ele me aguardava sentado à sua mesa.
- Oi, Harry! Sente - se por gentileza. - Falou.
- Oi professor, o senhor gostaria de falar comigo? - Perguntei enquanto sentava.
- Sim, Harry. E sei que sabe o motivo. - Falou olhando para mim com aqueles olhos profundos, como se me analisasse.
- Voldemort! - Afirmei.
- Sim, Voldemort. Harry, não posso lhe dizer o porquê dele ter feito o que fez em Londres, mas precisamos estar alertas. Voldemort não faz nada sem propósito e precisamos estar preparados.
- Sim , professor! Mas o que eu posso fazer para ajudar? - Perguntei.
Ele me fitou nos olhos por um longo tempo e me perguntei se ele conseguia ler minha mente. Por fim ele suspirou e perguntou:
- Você quer me contar alguma coisa?
Levei um susto com a pergunta. A única coisa que eu mantinha em segredo era meu relacionamento com Malfoy. Será que o professor... Não, não teria como ele saber! Ou teria? Acho que é melhor contar.
- Professor, eu meio que estou saindo com alguém. -Falei meio sem jeito.
Eu disse isso me sentindo quente na hora. Tenho certeza que pareço um adolescente, vermelho e alvoroçado. Que patético! Sorri para mim mesmo porque isso era tão Malfoy.
- Claro que está! - Ele falou com um meio sorriso. - Você vai me contar quem é?
- Sim! - Falei e respirei fundo - Malfoy, professor. Estou saindo com o Malfoy.
Esperei para ver se ele iria gritar comigo ou me dar aqueles esporros com a voz branda que são piores do que qualquer coisa.
- Sabe Harry, é curioso como a vida segue seu caminho sem se importar com sangue ou partidos. - Fez uma pausa. - Você gosta dele? - Me perguntou bondoso.
Fiquei nervoso. Eu gostava do Malfoy? Não sei. Nós éramos muito bons juntos, mas quando estava só eu e ele, com ninguém por perto. Quando estávamos vivendo na escola, ele fazia da minha vida um inferno tanto quanto antes. Mas depois de Sábado algumas coisas tinham mudado. Como por exemplo, na hora do café da manhã de ontem, Malfoy lançou um sorriso para mim, sem que ninguém percebesse. Hoje na aula ele quando ele se referiu a Hermione, não a chamou de sangue ruim. Pensando bem, isso são coisas tão pequenas. Nunca falamos de sentimento, só desejos. Mas eu passava todo meu tempo livre pensando nele. Então acho que a resposta mais sincera seria:
- Sim! - Falei e me surpreendi com que verdade aquilo soou.
- Entendo, Harry. Agora me escute! Não podemos julgar Draco pela atitude dos seus pais, mesmo que ele já tenha dado indícios que esteja do lado oposto ao nosso. Você já deve ter ouvido falar que ele virou um Comensal da morte?
Confirmei com a cabeça.
- Você sabe me dizer se é verdade? - Perguntou.
- É sim! Eu vi a marca no braço dele. - Falei me sentindo mal por estar falando do Draco assim.
- Não se sinta mal, Harry. Se não quiser, não precisamos falar dele. Mas preciso ressaltar que precisamos tomar cuidado. Quando Lord Voldemort solicitar, ele terá que ir. Caso ele opte por abandonar Voldemort, ele sentirá uma dor terrível toda vez que negar o chamado. Você acha que ele é capaz de abandonar Lord Voldemort?
Eu balancei minha cabeça negando, incapaz de falar.
- Preciso te pedir uma coisa, que sei que vai fazer você se sentir mal. Mas não posso deixar de tentar.
- O que, professor? - Perguntei.
- Preciso que me conte tudo que descobrir sobre os planos de Voldemort. Se é que você tenha me entendido. Precisamos de toda informação necessária.
O que Dumbledore estava me pedindo era razoável. Mas porque eu não conseguia respirar ? Porque estava me sentindo tão mal.
Saí de sua sala me sentindo desconfortável. Depois de concordar em ser um espião, sim eu me sinto assim, eu fui direto para sala Torre da Grifinória. Eu precisava falar com Ron e Mione.
Draco Malfoy
Eu estava sentado em uma das muitas poltronas da Sala Comunal da Sonserina lendo um livro. Estava esperando a hora da janta e por isso decidi ler um livro mais aprofundado de poções.
- DRACO! - Gritou Pansy.
- Que foi? - Perguntei confuso.
- Você não vai acreditar! - Começou mas foi interrompida.
- Ei, espere pela gente! - Falou Zabini quando entrou.
Crabbe e Goyle se juntaram ao grupo e todos me olhavam com uma alegria zombadora no rosto.
- Que merda que aconteceu? - Perguntei agressivo.
- Bom, o feitiço está quase quebrando, só está faltando uma coisa. - Falou Zabini.
- O que? - Perguntei baixo.
- Você quebra o coração do Potter. - Falou Goyle.
Todos me olharam com expectativa. Mas por dentro senti um aperto insuportável no peito.
- Amanhã você estará livre Draco! - Comentou alegremente Pansy me abraçando.
Dei um sorriso, pois precisava manter as aparências. Mas me senti muito estranho por dentro.
- Ótimas notícias! - Comentei. - Se me dão licença irei sair para jantar!
Eles diminuíram os sorrisos. Droga! Eles vão desconfiar.
- Festa amanhã ? - Perguntei sorrindo debochado.
- É assim que se fala Draco! - Afirmou Pansy.
Ela levantou e veio na minha direção e me deu um beijo. Não tive muito tempo para reagir, quando vi ela já estava com as mãos em meus cabelos e grudou seu corpo junto ao meu. Ouvi assobios e risinhos à minha volta. Me afastei dela.
- Porque fez isso? - perguntei baixinho.
- Porque eu posso! - Respondeu e saiu andando.
Sai da sala comunal, eu precisava respirar. Porque estou me sentindo assim? Parecia que tinha uma pedra bem grande pesada sobre meu estômago. Potter tinha se apaixonado por mim? Eu realmente consegui cumprir a aposta? Então porque me sentia tão devastado?
Quando ia passando por um corredor para ir para o Salão Principal, Potter e seus amigos entraram no corredor na minha frente. Eles não me viram, mas Potter sim.
Fiz um aceno de cabeça para ele e entrei numa sala desativada. Ele entrou logo atrás e olhou pra mim. Algo estava estranho, ele estava constrangido. O que será que aconteceu?
- O que aconteceu? - Perguntei preocupado.
Ele olhou nos meus olhos e se aproximou. Segurou minha mão e meu coração pulou uma batida.
- Eu só queria saber se você quer me encontrar hoje na Torre de Astronomia. Disseram que hoje o céu estará lindo! - Fez o convite.
Continuei olhando em seus olhos verdes e concordei com a cabeça. Amanhã de manhã eu iria pôr um fim nessa história, mas agora eu só precisava ter mais uma noite com Potter.
Então me inclinei e o beijei, mas dessa vez foi com uma urgência que vinha dos dois lados.
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Apostando no Amor [NÃO FINALIZADA]
FanfictionMAIORES DE 18 + 2º #Drarry Draco Malfoy e Harry Potter são inimigos desde sempre. Até que uma aposta acaba virando a vida dos dois de cabeça pra baixo. Amor, paixão, ódio, vingança e sexo é o que não falta nessa história.