Santuário ( Prayer for the broken - Naya ) Parte 2

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- Respira Quinn... Respira - Puckerman repetia nervoso

- Não era pra ela nascer agora. Está adiantada demais Puck - a loira estava em lágrimas devido a toda situação, além da dor

-  Eu sei, eu sei... - Puck tirou a calça da garota - Quinn...

- Estou sangrando Puck. Eu vou perder ... vou perder ...

- Não vai. Me escuta Quinn... - Puckerman segurou em seu rosto, olhando em seus olhos - Eu estou aqui, nossa filha vai nascer, você não vai perdê-la - Ok... ok...

- Dra Hollyday - Puckerman acenava para ela na sala

- Shiiiu, falem baixo, não sabemos aonde o atirador está - se abaixou até a garota - Quinn, vou precisar verificar sua dilatação tudo bem. Como está as contratações Puckerman?

- Eu... eu não sei...

- Nós precisamos ir para uma sala de cirurgia. Esse parto é arriscado demais

- Nós não temos tempo - Quinn gritou quando uma contração veio - por favor, me ajudem

- Fica atrás dela Puckerman. Quinn, quando vier a contração, faça força. Respira - disse dra Hollyday posicionada no meio das pernas da garota

Após uma contração Quinn fez força, Puckerman a ajudava na respiração e tentando acalmá-la quanto a situação. Outra contração e outra. Quinn ia ficando exausta, e o bebê também. Não havia um equipamento para saber se o bebê estava bem ou não, se seu coração batia na frequência cardíaca normal ou se o ritmo havia diminuído. A cabeça do bebê começou a coroar, e Quinn fez força, até que Holly conseguisse tirar o bebê, que estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço.

- Puckerman, pegue aquelas toalhas ali. - Holly apontou para a estante, e começou a massagear o coração do bebê, não havia choro, nada - Vamos, vamos bebê. Respira bebê. - massageou de novo .

Alguns minutos depois o bebê começou a chorar, a todo pulmão, bem alto, anunciando sua vida. Os pais respiraram aliviados e choraram abraçados. Dra Holly colocou a bebê nos braços de Quinn - Essa já chegou dando trabalho, hein. Puxou ao pai, parabéns -, os três permaneceram ali contemplando a menininha linda de olhos claros, loirinha que acabara de nascer. - Bem-vinda Isis.

-x-

Rachel entrou para a sala de cirurgia, com Kurt e Finn ao lado, ligou os monitores no peito de Brittany, pálida na maca. Começaram...

- A lesão é perto da aorta - Rachel dizia

- Você consegue Rachel - disse Kurt choroso

- Só queria que fosse mais fácil e não a cirurgia mais difícil na história do mundo - suas mãos tremeram pelo nervoso. - Está com uma hemorragia enorme nos pulmões. Tem um projétil alojado bem ao lado da aorta e um hematoma gigante. - respirou fundo, Santana era boa na cardiologia, tinha que confessar isso. O que Santana faria? O que faria?, soltou o ar confiante - Pinça e sutura, definitivamente, pinça e sutura. Passe a pinça - falou ao Kurt.

- Arrasou, é isso aí - Finn tentou ser otimista

Finn congelou ao olhar para Rachel novamente, e sentiu a menor paralisar. Danielle estava com a arma apontada para sua cabeça, sua respiração saia com dificuldade das narinas, e o único som do ambiente se tornou os batimentos de Brittany ecoando pela máquina ligada ao seu peito.

- Calma... vamos todos ficar calmos aqui. - dizia Finn tentando soar tranquilo

- Para... Para de operá-la - Danielle falava entre os dentes raivosa  - Deixe-a morrer. Deixe-a deitada aí até ela morrer. - Rachel continou mexendo com a pinça no local da ferida - Você quer que eu te mate? Pare de consertá-la - gritou com a arma ainda apontada para a cabeça de Rachel que só chorava nesse momento.

Anatomia do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora