CAPÍTULO 19 - AROGOGUE

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Eles não precisaram treinar, no final de tudo.

Assim que chegaram no campo, já arrumados e com as vassouras, foram recebidos por um Oliver bravo e aparentemente triste. Ao lado dele estavam alguns dos professores, mas a mais atingida parecia ser a professora McGonagall.

Ela caminhou até os três garotos com os lábios comprimidos e o olhar entristecido.

— O jogo foi cancelado, não precisarão treinar a partir de agora.

— Por quê? — A pergunta veio de Ron.

Draco já havia entendido.

— Mais ataques? — Ele perguntou baixo. McGonagall assentiu. — Quem?

— Granger — ela respondeu, os olhando como quem diz que sente muito.

Ron arregalou os olhos e deu três passos para trás, como se não tivesse acreditado nas palavras da diretora da Grifinória. Harry sentiu um súbito aperto no peito e Draco encarou os próprios pés esperando que tivesse escutado errado.

— Ela está só petrificada, não está? Não está machucada, certo?! — Ron questionou, vermelho, piscando rápido.

— Já estamos trabalhando na poção para fazê-la voltar ao normal, senhor Weasley.

— Quem mais? — Harry perguntou, sussurrando.

— Dois alunos da Grifinoria, contando com a senhorita Granger, dois Corvinais e um da Lufa-Lufa — McGonagall puxou um pequeno espelho do bolso. — Isso estava com ela, se significar algo para vocês. Mas imagino que não tenham uma explicação para ela ter isto em sua posse.

Estendeu a eles e Harry pegou, analisando o espelho de perto. Nada diferente, era apenas um espelho.

— Começaremos também o toque de recolher a partir de agora — McGonagall se afastou deles para avisar a todos que estavam no campo. — Os alunos devem voltar aos respectivos Salões Comunais até as seis da tarde. Após essa hora, não saiam. Apenas acompanhados de algum professor, inclusive para ir ao banheiro. Os jogos, treinos e atividades noturnas estão todos adiados até segunda ordem.

Ron, Harry e Draco se entreolharam. O único grifinório entre eles desviou o olhar, a expressão entristecida, e passou a andar.

— Eu vou para o meu dormitório.

— Ei, espera! — Draco o puxou. — Venha, Potter, precisamos conversar os três.

— Conversar o quê?

— Já foi longe demais, não acham? Está na hora de intervirmos — Draco disse calmamente, mas preciso. — Hermione foi petrificada. Temos três opções aqui. Um: contar sobre a visão do diário aos professores ou Dumbledore; dois: esperar que eles resolvam os ataques por conta própria; três: irmos atrás do monstro da visão.

Harry mordeu o lábio e ajeitou os óculos.
— O que acha, Ron?

— Eu não sei vocês, mas odeio ir atrás de monstros — ele tremeu um pouquinho antes de continuar. — A Hermione deve ter descoberto alguma coisa antes de ser atacada. Essa é a melhor opção, acharmos o que quer que seja! Se ela soube algo, deve ter deixado em algum lugar a pista! Esse monstro não deve estar longe.

— Hoje, às oito, vamos até a Floresta. A criatura com certeza está lá. Porém, se não estiver, vamos com a primeira opção e contar a Dumbledore — Harry sorriu cúmplice para os amigos, que assentiram. — Ron, nos encontre aqui fora, vou levar a Capa da Invisibilidade. Até mais tarde.

Os três se despediram rapidamente, seguindo para Grifinória e Sonserina.

Ao chegar no dormitório, Draco passou por cima de seu orgulho, suspirou e se virou para o melhor amigo.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora