CAPÍTULO 1 - O BECO DIAGONAL

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10 anos depois.

- Moony! Padfoot! Temos que ir ao Beco Diagonal comprar meu material! - Harry exclamou, animado, pulando na cama dos pais.

- Harry, pelas barbas de Merlin, são cinco da manhã - resmungou Remus numa voz arrastada e sonolenta. - Se você acordar Sirius, ele vai fazer todo aquele drama e...

- Eu? Drama? Isso é um absurdo! Agora mal posso dormir sem que falem mal de mim! Qual o próximo estágio? Divórcio? Mudança?! - Sirius se sentou na cama, abismado. - Eu não posso acreditar que estou sendo traído assim!

- Oh, Deus, por quê? - Murmurou Remus, levantando devagar e esfregando os olhos. Dirigiu seu olhar a Harry. - Tudo bem. Mas só porque não conseguimos sair no seu aniversário.

Harry soltou uma exclamação animada e pulou na cama mais uma vez.

- Sem pular na cama - advertiu Remus.

- Qual é, Moony, deixe o garoto se divertir - Sirius lançou um olhar cúmplice à Harry, que sorriu de jeito maroto, como seu pai costumava fazer. Isso fez o coração do homem se apertar com as lembranças.

- Certo. Café da manhã - Lupin sacudiu a varinha e os pratos levitaram até a mesa. A refeição começou a se arrumar magicamente.

Harry comeu até as frutas sem pestanejar, desta vez. Ele estava feliz demais. Iria à Hogwarts em poucos dias, aprenderia coisas novas, faria amigos...
Nada podia dar errado.

- Podemos comprar aquela vassoura nova? A Nimbus 2000? - Perguntou Harry, esperançoso. Remus lançou-lhe aquele olhar advertido novamente. - Ah, por favor, Moomy! Por favor, Dadfoot! - Pediu ele com os apelidos que sempre convenciam ambos. Remus suspirou e assentiu, tentando esconder um sorriso. - Viva!

Talvez Harry tivesse um bom motivo para estar tão animado. Desde a tragédia de Lily e James, Sirius e Remus se mantiveram muito protetores e tentaram evitar ao máximo as saídas de Harry.

Eles viviam em um bairro distante, chamado Winterfell. Era bem frio e poucas pessoas iam para lá, por ter medo dos uivos de lobos e lobisomens que se ouvia na floresta à noite. Foi o único lugar que acharam ideal para manter Harry afastado dos holofotes e para Remus ter a pequena floresta para se transformar.

Claro, que o garoto já quis saber o porquê daquilo. E, com 7 anos, eles contaram a ele sobre seus pais. Harry ficou deprimido por uma semana seguida, até dizer que sonhou com sua mãe o dizendo que deveria ser feliz, pois é o que ela e seu pai desejam.
E depois desse sonho, Sirius e Remus começaram a ensinar Harry. Feitiços de ataque, defensivos, não verbais, azarações, até algumas maldições. O garoto era tão poderoso, e eles tinham orgulho dele.

- Terminei o cereal - anunciou Harry, levantando rapidamente. Antes que Remus pudesse levantar a varinha e mandar o prato para a pia, Harry o fez só com o olhar.

- Eu devia estar acostumado com isso, mas acho que nunca vou estar - murmurou Sirius. Depois abriu um belo sorriso. - Vamos? Antes que Remmie comece com o discurso sobre o que fazer ou não fazer, o que comprar e não comprar, e enfim.

O homem pegou o afilhado e colocou nas costas, correndo para fora da casa, enquanto o menor ria.

- Por que fui casar com esse homem... - Resmungou Remus com um grande sorriso. - Sirius Orion Lupin, se você deixar Harry cair nós vamos ter problemas!

Era mais um dia normal, afinal.

Mas, enquanto isso, na casa de Andrômeda Tonks, Draco Malfoy estava feliz depois de uma semana difícil.

O garoto cresceu com problemas na casa da tia. Seu pai sempre tentava invadir a casa para vê-lo e levá-lo, mas seu tio e sua tia sempre o enfrentavam, dizendo para ir embora. Nymphadora (Ou Dora, como Draco a chamava) sempre dizia ao loiro que ele estava protegido com eles.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora