CAPÍTULO 20 - A CÂMARA SECRETA

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Uma semana se passou.

As provas para o final do ano estavam marcadas e os antídotos para as pessoas petrificadas estavam sendo preparados com as mandrágoras.

Com as provas marcadas e os estudos aumentando, Harry, Draco e Ron estavam três vezes mais ocupados e atarefados que em dias normais. O único horário que poderiam visitar o banheiro da Murta era pela noite. No entanto, como se estivessem adivinhando que os três queriam descobrir definitivamente como resolver o problema da Câmara Secreta, os professores e o zelador dobraram a segurança pelos corredores, sempre ficando de olho em quem andava por aí. E dando detenções caso pegassem algum aluno fora do dormitório após o horário combinado.

Mesmo assim, sabendo o perigo que todos os alunos estavam correndo enquanto a Câmara estivesse aberta, decidiram finalmente ignorar o cansaço e visitar a Murta. Eles discutiram algumas vezes o dia e a hora, mas combinaram rapidamente. Como fizeram da última vez, Ron os encontraria em um corredor escondido, mas dessa vez eles tiveram que ser mais rápidos e cuidadosos para não serem pegos por outros professores.

— Vocês não sabem o que encontrei — Ron murmurou, parecia desorientado, triste e confuso enquanto entrava na Capa da Invisibilidade com eles. — Eu fui visitar Mione antes de vir. Os professores estavam lá, na enfermaria, e conversavam sobre algo da Câmara e falaram que vão mandar os alunos para casa, que será o fim de Hogwarts.

— O quê?! — Harry arregalou os olhos, atônito. — Por quê?

— A Ginny, a minha irmã — ele abaixou o olhar, começando a chorar. — O monstro a levou para a Câmara. Então, mesmo escondido, fui até Mione e vi algo na mão dela. Demorou para pegar, mas aqui está...

Draco estendeu a mão e pegou o papel, abrindo pra que ele e Harry pudessem ler.

"Das muitas feras e monstros medonhos que vagam pela nossa terra não há nenhum mais curioso ou mortal do que o basilisco, também conhecido como Rei das Serpentes. Esta cobra, que pode alcançar um tamanho gigantesco e viver centenas de anos, nasce de um ovo de galinha, chocado por uma rã. Seus métodos de matar são os mais espantosos, pois além das presas letais e venenosas, o basilisco tem um olhar mortífero, e todos que são fixados pelos seus olhos sofrem morte instantânea. As aranhas fogem do basilisco, pois é seu inimigo mortal e o basilisco foge apenas do canto do galo, que lhe é fatal.
Canos."

A letra era de Hermione. Após terminarem de ler, foi como se todas as peças se encaixassem.

Basilisco. Canos. Vozes na parede, Harry ser capaz de falar a língua das cobras, tudo batia.

— Os alunos... por que não estão mortos se olharam para o basilisco? – Ron perguntou depois de um tempo em que os sonserinos pensavam.

— Hermione estava com um espelho — Draco sussurrou. — Enxergou através do reflexo dele.

— E Colin viu pela câmera fotográfica. E assim se segue. Ninguém de fato olhou nos olhos do Basilisco. E temos que impedir que Ginny olhe, e logo — Harry finalizou, começando a andar. Os outros dois continuaram parados, no entanto, o que o fez parar também. — O que foi? Vamos!

— Você acha que ela ainda está viva? — Ron perguntou em um fio de voz. Os seus olhos estavam avermelhados e o rosto inchado. Ninguém respondeu.

— Não acho prudente irmos atrás do basilisco, não assim, sem preparação, podemos ser mortos — Draco admitiu, ainda sem responder a pergunta do amigo. — Como lutaríamos com ele? Como achá-lo?

— Então o que faremos? — Harry respirou fundo e voltou atrás.

— Mesmo que ela esteja... sabe... eu preciso encontrar a Ginny — Ron decidiu, esfregando os olhos. — Tudo bem se não quiserem vir, mas eu vou atrás dela.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora