CAPÍTULO 10 - QUIRRELL E FESTAS

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Quirrell.

Era Quirrell ali.

Draco se xingava, xingava o professor e, acima de tudo, xingava Harry, que não pareceu entender o porquê do professor estar ali.

— Estive me perguntando se encontraria um de vocês por aqui — Quirrell disse calmamente. — Parece que encontrei os dois.

— Mas... eu pensei que Snape... — Harry finalmente pareceu se ligar, seus olhos de repente brilhando de raiva. Draco sorriu com aquilo.

— Severus? — Quirrell riu por alguns segundos. — É claro. Quem desconfiaria do professor g-gago? Mas, bom, não tenho tempo pra suas palavras tolas se vocês dois sairão mortos daqui.

— É o que veremos, desgraçado — Draco tremia, o nervosismo fazendo com que a magia quisesse sair, explodir qualquer coisa que pudesse alcançar. Antes que fizesse qualquer coisa, o professor estalou os dedos e cordas amarraram Harry e ele.

— Querem me ajudar a desvendar os mistérios deste espelho? — Quirrell perguntou em um murmúrio. —A Pedra está nele. Dumbledore escondeu bem. É uma pena que está longe.

Draco tentava fazer contato visual com Harry para que ele não falasse ou fizesse nada, pois logo teria o controle da situação, mas não conseguia virar a cabeça. Harry parecia a ponto de explodir também.

— Voldemort está com você, não está? — Harry questionou, o tom de voz bravo e os punhos cerrados.

— O tempo todo, onde quer que eu vá — confirmou Quirrell. — O sirvo com toda fidelidade que alguém poderia ter... meu mestre... Ah, Pedra, preciso desta Pedra, mas como pega-la...

Harry tentava desesperadamente se mexer, se desprender das cordas, e Draco queria se soltar para batê-lo, mas não podia. Quirrell estava prestando atenção neles naquele momento.

— Como é que isto funciona? Me ajude, mestre —pediu Quirrell, e uma voz fria parecendo vir dele mesmo o respondeu.

— Use o garoto...

— Qual deles?

— Potter.

Draco se alarmou, vendo que as cordas de Harry sumiram e ele caiu.

— Agora, olhe no espelho e diga o que vê — mandou o professor. Draco cruzou os dedos, de alguma forma, e implorou mentalmente para que Harry mentisse, seja lá o que fosse para ver no espelho, que ele mentisse.

— Vejo meus pais em um grande jardim, e eu estou junto deles — disse Harry baixinho. Draco se perguntou se era verdade. E agradeceu à Merlin e aos céus mesmo se não fosse.

— Ele está mentindo... — disse a voz fria. — Deixe-me falar com ele cara-a-cara...

— Mas mestre...

— Estou forte o suficiente para isso...

Quirrell foi desenrolando o turbante que sempre usava. Draco franziu o cenho e Harry parecia paralisado.

— Harry Potter... — disse o rosto extremamente branco e pálido na parte de trás da cabeça de Quirrell. Ele tinha olhos vermelhos e fendas no lugar do nariz. Draco sentiu vontade de gritar. E, ao mesmo tempo, de rir. — Olhe no que me transformei graças à você... porém não importa... logo voltarei a ser o que sempre fui... mas primeiro preciso desta pedra que está no seu bolso.

Draco soube ser a hora de agir.

Murmurou um feitiço baixinho e se equilibrou para que não caísse quando as cordas o soltaram, nenhuma das duas - ou três - pessoas ali percebendo que ele estava livre. Pegou sua varinha, e tremeu com sua magia o cercando de forma dolorosamente forte.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora