Novembro chegou mais rápido do que o esperado, e com ele, veio o frio. A Sonserina estava mais gelada do que de costume, fazendo com que Draco, Harry e seus colegas de casa ficassem mais no Salão Principal do que no Comunal.
Bom, na verdade era isso que eles davam a entender. Algumas vezes, ficavam no Salão Comunal da Grifinória com Ron e Hermione. Mas, obviamente, nenhum outro sonserino precisava saber disto, certo?
A temporada de Quadribol havia começado. Tanto Harry quanto Draco estavam nervosos sobre jogar sua primeira partida, porém, com o apoio de seus amigos e uma possível chance de competirem nos jogos, eles estavam motivados, sobretudo. E depois de semanas de treinamento finalmente anunciaram as casas que competiriam na primeira partida: Grifinória contra Sonserina. O que rendeu muitas discussões entre os dois melhores amigos.
— A gente devia estabelecer um padrão pra quem joga. Assim fica mais justo — disse Harry logo após colocarem um feitiço para esquentar o dormitório nas masmorras. Draco sorriu debochadamente.
— E por que eu não posso ir primeiro? — rebateu, cruzando os braços.
— Estou dizendo para a gente decidir isso juntos, idiota. E acho que eu deveria jogar primeiro — Harry apontou para si mesmo, presunçoso.
— Ah, é? Então por que não decidimos isso lá fora?
— Por mim tudo bem. Só não vá comer poeira, Malfoy, e prometa que não vai usar seus poderes pra se safar.
— Há, prometa você que não vai usar feitiços que mais ninguém conhece pra tirar a vantagem — Draco cruzou os braços.
— Eu não vou prometer nada.
— Então eu também não vou.
Os dois se encararam sorrindo. A verdade era que, não importa o resultado, a competição era o mais divertido — Harry acabou por ganhar a pequena partida deles. E por mais que Draco tenha reclamado aos montes, torcer por ele também não seria tão ruim.
Numa tarde anterior à partida de Quadribol, os dois andavam até o Salão Comunal da Grifinória por uma ordem um tanto agressiva de Hermione para que estudassem para os exercícios e não jogassem Quadribol apenas. Por mais que não fosse necessário já que os dois estudavam e muito em casa, aceitaram para não ter que contrariar a garota. No caminho, enquanto planejavam alguma pegadinha, a voz de Snape os fez parar.
— Droga. Como é que se pode ficar de olho em três cabeças ao mesmo tempo?
Harry e Draco se entreolharam. Três cabeças. Snape com certeza sabia do cão. Cuidadosamente, Harry se inclinou para ouvir melhor, mas pisou em falso e tropeçou. O barulho fez Snape ir até eles, mas Draco lançou um feitiço não-verbal de confusão antes que ele pudesse ver. O professor mancava, e sua expressão era irritada. Observou por um tempo até que voltou para dentro da sala, e os dois sonserinos correram para longe.
— Você é louco? — Draco lançou-lhe um olhar nada amigável. — Podia ter nos visto!
— E o que faria? Só estávamos passando — se defendeu Harry. O loiro só suspirou e continuou andando.
Contaram tudo para Ron e Hermione. Weasley de imediato apontou que Snape podia ter algum envolvimento com o cachorro de três cabeças.
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Os dois Eleitos
FanfictionE se a profecia tivesse mudado? E se falasse sobre dois garotos que estavam destinados a salvar o mundo das trevas? Os dois garotos, os dois Eleitos, estão interligados e destinados a atuarem juntos para o resto da vida. Com poderes inimagináveis...