CAPÍTULO 16 - BALAÇO E ATAQUES

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Quando Harry acordou no dia seguinte, ele estava ansioso.

Não pelo jogo de quadribol – o que Draco estranhou, pois o garoto sempre estava ansioso por uma partida do esporte – mas sim pela resposta que receberia de Sirius e Remus.

Levantou rápido, acordando Draco com o barulho exagerado que fez, e se arrumou, descendo pro café enquanto o loiro o olhava confuso e sonolento, resmungando enquanto se arrumava também.

Harry estava elétrico, até seus colegas de classe perceberam, e essa inquietação só piorou quando não houve resposta. As corujas que sempre traziam o correio pela manhã não o trouxeram nada. E isso era ruim. Seus pais sempre respondiam suas cartas. Por mais bobas que fossem, e isso era um combinado entre eles.

Harry ficou quieto pensando, mal percebendo quando Draco sentou ao seu lado.

— O que houve agora, Little Prongs? — O apelido saiu em um tom leve de deboche, que mudou quando Harry só negou com a cabeça. — Ei, fale logo. Aconteceu alguma coisa?

— Me dê um minuto, Malfoy — Harry resmungou enquanto pensava.

Por qual motivo Sirius e Remus não o responderiam? A época de lua cheia estava longe, não era nenhuma data em especial que eles comemoravam, e um assunto tão importante quanto o da carta, que até tinha os apelidos e codinomes para não saberem de quem veio, deveria ter uma resposta.

— Potter — Draco o chamou, o tom de voz agora sério. — Você está bem?

— Meus pais... eu só estou preocupado — respondeu suspirando.

— Não te responderam? — O loiro perguntou e recebeu um não como resposta. — Então minha tia também não, já que não há cartas aqui.

— O que você acha que pode ter acontecido? — Harry perguntou baixo. Draco deu de ombros.

— Vamos esperar. Talvez tenham pedido para as corujas entregar no nosso dormitório ou algo assim. Afinal, é um assunto sério, não é?

Harry suspirou e assentiu, olhando seu café da manhã em sua frente, de repente sem apetite.

— Coma logo — Draco disse, o tom de voz autoritário. — Você precisa treinar e não vai conseguir de barriga vazia.

— Você é um chato — Potter resmungou mas obedeceu, comendo seu café da manhã mesmo que continuasse preocupado.

O dia passou rápido. Fazendo a lição de Lockhart, que mais era escrever coisas sobre o professor do que uma lição em si, treinando para a partida de quadribol que teria no dia seguinte e contando a Ron e Hermione sobre as cartas. Essas, por sinal, não chegaram.

Harry dormiu aflito.

O dia do jogo de quadribol chegou e novamente o moreno acordou cedo. Talvez estivesse exagerando, afinal, os pais com certeza estavam bem. Provavelmente Sirius estaria acordando do jeito dramático de sempre implorando por café ou morreria, e Remus viria atrás revirando os olhos e dando petiscos ao cachorro Prongs.

— Potter, por Merlin, faltam duas horas para o café da manhã, durma — Draco resmungou com sono.

Harry não respondeu, apenas terminou de se arrumar e resolveu deitar ao lado do loiro. Malfoy, que dormiu mais uma vez, o abraçou desajeitadamente enquanto murmurava algo como "maçãs verdes" e respirava tranquilamente. O peito do moreno se aqueceu inexplicavelmente, mas ele não se preocupou tanto com isso e pegou no sono abraçado com Draco.

Eles acabaram acordando em cima da hora, só dando tempo do loiro se arrumar o mais rápido possível e Harry desamassar as vestes.

— Potter! Onde estava?! — o treinador já estava ali o cercando e puxando pelo braço para pegarem as coisas necessárias do jogo.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora