CAPÍTULO 14 - DETENÇÃO E FESTA

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Depois de um dia cheio de treinamento de Quadribol e brigas entre a Grifinória e a Sonserina pelo horário, o belo quarteto de ouro, sempre neutros – quase – conversavam entre si.

A paz durou pouco. Logo, quando as aulas acabaram, o Professor Snape chamou Harry e Draco enquanto a Professora McGonagall chamava Ron. Hermione se esforçou para não rir dos amigos e disse que os encontraria mais tarde.

— Visto que o diretor Dumbledore não me deu a alternativa de expulsa-los — disse Snape sombriamente — e muito menos de deixar o castigo nas mãos de nosso amado inspetor, vejo que terei que deixá-los com a pessoa que mais desprezo atualmente. Espero que se divirtam.

Confusos, os dois sonserinos seguiram o diretor da casa até a sala de Lockhart, que já os esperava com um grande sorriso no rosto, quase doentio. Draco quis sumir. Harry quis morrer.

Snape sorriu sombriamente ao deixar ambos os garotos lá e se foi, arrastando a capa.

— Sejam bem-vindos — Lockhart disse alegremente. — Venham, venham.

— O que vamos fazer?

— Me ajudar a responder cartas de meus amáveis fãs! — Apontou para uma pilha enorme de cartas, outras de fotos para autógrafos e duas canetas.

Totalmente contrariados, Draco e Harry sentaram nas cadeiras impostas por Lockhart e passaram a escrever tudo que ele dizia, carta por carta, foto por foto. Longos minutos se passaram, uma hora, enquanto tudo que ouviam era a voz tagarela e insuportável do professor de Defesa Contra a Arte das Trevas.

Até que Harry escutou:

— Venha... venha para mim... Me deixe rasgá-lo, me deixe rompê-lo... me deixe matá-lo...

Ele deu um pulo e se arrepiou, lançando um olhar assustado para Draco, que franziu o cenho.

— Parece que viu um monstro. O que foi? A carta está tão ruim assim?

Harry responderia se Lockhart não o interrompesse.

— Sem falatório, ouçam o que tenho a dizer para esta grande fã e anotem!

Harry suspirou e sussurrou "abaffiato".

— Você ouviu isso? — Ele perguntou à Draco, sabendo que o professor estava ocupado demais se gabando para prestar atenção neles.

— O quê? — Draco franziu o cenho de novo.

— A voz... acabou de dizer algo sobre rasgar, romper e matar, você não ouviu?

Draco parou de escrever e encarou Harry, achando que era algum tipo de brincadeira.

— Você está falando sério?

— Eu estou, Malfoy, eu juro...

— Por que parou de escrever, sr. Malfoy? Vamos, vamos, estão acabando...

Draco reprimiu a vontade de matar Lockhart e voltou a escrever.

— Você tem certeza que não ouviu algo errado, Potter?

— Tenho, mas... deixe pra lá, não deve ter sido nada — Harry suspirou, terminando sua última carta e última foto, tirando o feitiço de conversa em seguida.

— Muito bem, garotos, muito bem... muito obrigado pela ajuda, estão liberados — disse Lockhart enquanto os dois sonserinos praticamente corriam para fora da sala dele.

— Eu não aguento esse professor. A voz dele me irrita. O andar dele me irrita. Ele respirando me causa profunda irritação! — Draco resmungou, bravo. — A detenção não poderia ser pior.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora