Depois de um dia cheio de treinamento de Quadribol e brigas entre a Grifinória e a Sonserina pelo horário, o belo quarteto de ouro, sempre neutros – quase – conversavam entre si.
A paz durou pouco. Logo, quando as aulas acabaram, o Professor Snape chamou Harry e Draco enquanto a Professora McGonagall chamava Ron. Hermione se esforçou para não rir dos amigos e disse que os encontraria mais tarde.
— Visto que o diretor Dumbledore não me deu a alternativa de expulsa-los — disse Snape sombriamente — e muito menos de deixar o castigo nas mãos de nosso amado inspetor, vejo que terei que deixá-los com a pessoa que mais desprezo atualmente. Espero que se divirtam.
Confusos, os dois sonserinos seguiram o diretor da casa até a sala de Lockhart, que já os esperava com um grande sorriso no rosto, quase doentio. Draco quis sumir. Harry quis morrer.
Snape sorriu sombriamente ao deixar ambos os garotos lá e se foi, arrastando a capa.
— Sejam bem-vindos — Lockhart disse alegremente. — Venham, venham.
— O que vamos fazer?
— Me ajudar a responder cartas de meus amáveis fãs! — Apontou para uma pilha enorme de cartas, outras de fotos para autógrafos e duas canetas.
Totalmente contrariados, Draco e Harry sentaram nas cadeiras impostas por Lockhart e passaram a escrever tudo que ele dizia, carta por carta, foto por foto. Longos minutos se passaram, uma hora, enquanto tudo que ouviam era a voz tagarela e insuportável do professor de Defesa Contra a Arte das Trevas.
Até que Harry escutou:
— Venha... venha para mim... Me deixe rasgá-lo, me deixe rompê-lo... me deixe matá-lo...
Ele deu um pulo e se arrepiou, lançando um olhar assustado para Draco, que franziu o cenho.
— Parece que viu um monstro. O que foi? A carta está tão ruim assim?
Harry responderia se Lockhart não o interrompesse.
— Sem falatório, ouçam o que tenho a dizer para esta grande fã e anotem!
Harry suspirou e sussurrou "abaffiato".
— Você ouviu isso? — Ele perguntou à Draco, sabendo que o professor estava ocupado demais se gabando para prestar atenção neles.
— O quê? — Draco franziu o cenho de novo.
— A voz... acabou de dizer algo sobre rasgar, romper e matar, você não ouviu?
Draco parou de escrever e encarou Harry, achando que era algum tipo de brincadeira.
— Você está falando sério?
— Eu estou, Malfoy, eu juro...
— Por que parou de escrever, sr. Malfoy? Vamos, vamos, estão acabando...
Draco reprimiu a vontade de matar Lockhart e voltou a escrever.
— Você tem certeza que não ouviu algo errado, Potter?
— Tenho, mas... deixe pra lá, não deve ter sido nada — Harry suspirou, terminando sua última carta e última foto, tirando o feitiço de conversa em seguida.
— Muito bem, garotos, muito bem... muito obrigado pela ajuda, estão liberados — disse Lockhart enquanto os dois sonserinos praticamente corriam para fora da sala dele.
— Eu não aguento esse professor. A voz dele me irrita. O andar dele me irrita. Ele respirando me causa profunda irritação! — Draco resmungou, bravo. — A detenção não poderia ser pior.
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Os dois Eleitos
FanfictionE se a profecia tivesse mudado? E se falasse sobre dois garotos que estavam destinados a salvar o mundo das trevas? Os dois garotos, os dois Eleitos, estão interligados e destinados a atuarem juntos para o resto da vida. Com poderes inimagináveis...