CAPÍTULO 31 - ENTREVISTA

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Demorou mais um dia até que Sirius e Remus respondessem à carta de Harry.

À essa altura, ele já estava preocupado e inseguro, achando que eles estavam decepcionados ou pior, que não acreditaram nele.

E havia pressão por toda parte. A primeira tarefa se aproximava, os competidores estavam sendo pressionados por todos das respectivas escolas e a briga com Hermione e Ron ainda não havia sido resolvida.

Claro, tanto Harry quanto Draco eram muito orgulhosos, mas Ron também, com muita teimosia envolta dele, então tudo estava complicado.
Hermione era a única que cedia. Até tentou acenar para eles no jantar do dia anterior, mas eles a ignoraram, então ela apenas suspirou e se conformou.

Era uma situação complicada, mas resolvê-la parecia ainda pior, então nenhum dos quatro sequer tentou.

Já era a hora do café da manhã quando Draco e Harry sentaram na mesa de Sonserina e corresponderam o cumprimento de Cedric da mesa da Lufa-Lufa. As corujas voavam pelo Salão, despejando as cartas aos seus destinatários de todas as mesas.

— Acha que a carta deles virá hoje? — Draco perguntou ao ver Harry aguardando sua resposta.

— Não sei... estou inseguro — admitiu. — A carta pode ter não chegado até eles.

— É uma opção — Draco concordou, mesmo que por dentro ele soubesse que era a opção mais improvável.

— Ainda não acredito como sua tia foi calma sobre essa situação toda... — Harry suspirou, impotente.

— Ela é preocupada, mas prefere demonstrar menos — o loiro explicou com um bocejo. — Mesmo assim, tenho certeza que precisou da ajuda de Dora para escrever sem explodir em nervos.

— Ela mandou a carta à Dumbledore?

— Sim. Disse a ele que se não puder me tirar do torneio, quer pelo menos assisti-lo para olhar de perto se vou me machucar e tomar cuidado. Acho que mandou uma à Sirius para aconselha-los a assistir você também.

Uma carta de repente caiu na frente de Harry, antes que ele falasse mais alguma coisa. O alívio que sentiu foi tanto que o fez se acalmar na mesma hora, pegando a carta com calma para abri-la sem rasgar.

"Little Prongs,
Aqui é Moony. Padfoot está... diremos que surtando com a sua participação no torneio. Não tenho certeza se é de alegria ou tristeza ou um pouco de ambos, mas nós dois pedimos desculpas pela demora à responder a sua carta.
Na verdade, só descobrimos que você havia mandado uma carta quando Andromeda enviou a sua própria, então procuramos e achamos a sua.
Não sabe como estou aflito em saber que está nessa competição, não conseguiria colocar em palavras em uma carta... peço que aguarde mais cartas e provavelmente vamos visita-lo com frequência.
Por favor vire do avesso."

Harry riu um pouquinho quando o espaço acabou e ele teve de virar a folha para ler o restante.

"Tome cuidado por enquanto.
Temos boa notícias, para que se tranquilize um pouco; o objeto que você bem sabe foi destruído. Nós conseguimos, tudo deu certo. Agora vai ficar tudo bem e as coisas melhorarão.
Não posso prometer, é claro, mas ter esperança nunca é demais.
Mande abraços e sorte à Blondie.
Mais uma vez, espere cartas nossas.

Com amor e preocupações ao extremo,
Moony & Padfoot."

Harry terminou a carta muito mais tranquilo, de fato, e Draco ao lado dele, fingindo que não estava lendo, o deu um empurrão.

— Você contou do apelido à eles? — Questionou, um pouco corado.

— Contei. Não podia? — Provocou.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora