CAPÍTULO 9 - CICATRIZ E OBSTÁCULOS

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As semanas seguintes foram lotadas de estudos para os exames e testes que teriam próximos ao fim das aulas. Hermione os fazia estudar sempre que podia, e os garotos só reviravam os olhos e obedeciam.

Todos os quatro estavam prestando atenção em toda movimentação suspeita à respeito de Snape, Quirrell e qualquer coisa relacionada à Pedra Filosofal.

Fora as pouca vezes que Ron era pego tentando espionar algo e tirando alguns pontos da Grifinória, tudo corria estranhamente calmo e pacífico na escola, apenas por uma exceção:

A cicatriz de Harry.

Por algum motivo, ela começara a doer todos os dias, ardendo e ardendo sem que ele pudesse fazer nada sobre isso. Draco ficou preocupado mas não pode fazer nada para que melhorasse, nenhum feitiço era eficaz contra a dor na cicatriz.

— Ela já doeu assim antes? — Hermione perguntou, depois de sugerir irem até a biblioteca para pesquisar sobre cicatrizes e dores.

— Não — respondeu Harry, esfregando a testa impacientemente com uma careta de dor no rosto.

— Se continuar assim, você devia mandar uma carta aos seus pais — Hermione aconselhou. Ron lhe deu uma cotovelada, os olhos arregalados. — Me refiro aos pais de criação, gênio!

Draco riu, mas Harry só fez outra careta.
— Espero que isso não me atrapalhe nos exames. Falando neles...

A chamada fora feita e eles se separaram para começar as provas. Houveram provas práticas, exames orais e de dedução, todos extremamente fáceis para os Draco, Harry, Hermione e até mesmo Ron.

Com esta preocupação a menos, Harry esqueceu da dor por alguns momentos, comemorando com seus amigos o sucesso nos exames quando a noite chegou.

— Agora só precisamos do resultado — disse Ron, inseguro.

— Colou na prova, Weasel? — Perguntou Draco em tom de deboche.

— Usei a mesma cola que a sua, Princesinha — os dois riram juntos enquanto Hermione e Harry balançavam a cabeça.

De repente a cicatriz de Harry latejou e ele gritou, os outros três arregalaram os olhos e se colocaram à frente dele, tentando ajudar de alguma forma.

— Potter! O que houve? — Draco chamou, preocupado.

— Tem algo acontecendo! Só pode ser isso! Voldemort... ele deve estar por perto, tentando pegar a Pedra ou algo do tipo... eu não sei! — Exclamou, fechando os olhos e murmurando alguns feitiços, mas nenhum deles serviu para minimizar aquela dor.

— Então... então vamos fazer alguma coisa! — Hermione respondeu, os três se viraram para ela na espera de um plano. — Não me olhem assim. Só temos que fazer algo...

— Eu concordo com ela — Ron completou.

— Temos que pegar a Pedra antes dele — Harry declarou. Draco se aproximou dele e o ajudou a se firmar, para andarem em direção ao andar proibido.

— Você tem certeza disso? Que é ele, que ele quer pegar a Pedra? — Draco perguntou, dúvida clara em seu tom de voz. Harry trocou olhares com ele. Verde no azul.

— Eu... eu meio que posso sentir. É estranho, eu sei, mas confie em mim — Draco assentiu com a resposta. — Temos que pegar a Pedra antes dele.

— Vamos logo, Potter e os únicos grifinorios que eu aturo — disse Draco, os quatro andando rapidamente em direção ao destino.

A capa estava no bolso de Harry, assim como o Mapa do Maroto e sua varinha, graças ao feitiço de Extensão, e ele tirou os três itens para os ajudarem a chegar sem que alguém os pegasse. Filch rondava os corredores do segundo andar, os professores estavam na sala de Dumbledore e os alunos em suas Salas Comunais. Tudo calmo e livre.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora