CAPÍTULO 22 - CURA E MAGIA DAS TREVAS

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— Coloquem ele na cama — Dumbledore instruiu.

Draco se surpreendeu com a rapidez que os professores foram até eles. Em poucos minutos, eles estavam na câmara para ajudá-los a voltar, carregando além de Harry, Ginny Weasley e o professor Lockhart.

Ron bombardeou Draco de perguntas quando eles se encontraram. Mas ficou quieto assim que viu os olhos vermelhos do amigo o olharem como se pedisse calma.

— Foi incrível ver aquele patrono — Ron havia dito a ele.

— Obrigado — Draco só agradeceu baixinho.

Os professores caminharam até a enfermaria apressados e colocaram Harry em um dos leitos, mas ele não reagiu. O corpo estava imóvel e o pano que Draco havia amarrado em seu braço estava meio verde pelas folhas de arruda e meio vermelho pelo sangue.

Dumbledore, então, revelou uma fênix em seu braço, ela parecia paciente e determinada.

— Sabe o que fazer, Fawkes — o diretor acariciou a cabeça da fênix.

A madame Pomfrey tirou com cuidado o pedaço de vestes enrolado no braço de Harry e a Fawkes voou até o moreno, analisando a ferida antes de começar a chorar. As lágrimas dela pingaram na ferida, que imediatamente começou a cicatrizar.

— Você foi muito esperto em colocar as folhas de arruda — Madame Pomfrey parabenizou Draco. — Elas são as únicas que retardam o veneno do basilisco. Temo que mais um pouco e Harry não estaria aqui conosco.

— Na verdade, ele quem sabia do efeito das folhas — Draco admitiu, observando enquanto o amigo voltava a ganhar cor. — Consegui ser rápido o suficiente.

— Vocês lutaram contra o basilisco mesmo? — Ron perguntou impressionado. — Queria ter estado lá para ajudar.

— E onde está Ginny Weasley? — McGonagall perguntou de repente.

— Conversando com meus pais. Está contando sobre o diário — Ron respondeu. — Estou feliz que ela esteja bem. Obrigado por terem a salvado.

Draco assentiu.

— Vou aguardar que o Sr. Potter acorde para conversar com vocês — Dumbledore avisou. — Quero todas as informações sobre o diário e Tom Riddle. Por enquanto, vou falar com os Weasleys e aguardar a chegada dos responsáveis por Harry. Fawkes, venha. Muito bem, minha cara.

Dumbledore se retirou com um olhar reconfortante dirigido à Draco.

— Acho que vou até meus pais também — Ron suspirou. — Me chame quando Harry acordar.

Draco apenas assentiu em resposta e se sentou em um banco ao lado da cama. Os professores todos haviam saído junto de Dumbledore e apenas Madame Pomfrey estava por ali, checando Harry e dando instruções e explicações aos que acordaram da petrificação.

O loiro lembrou-se de Hermione e estava prestes a ir até ela, mas quando levantou sentiu um toque em seu dedo mindinho.

— A-Achei... Achei que você... tinha dito que não me soltaria — Harry sussurrou, parecia fraco. Os olhos ainda estavam fechados e tinha um sorriso pequeno no rosto. Draco corou.

— Eu não disse, eu pensei! Está lendo meus pensamentos? — Falou cuidadosamente, voltando a se sentar.

— Pensou em voz alta, Blondie — Harry o provocou. Depois puxou sua mão e entrelaçou seus dedos. — Cumpra sua promessa.

— Hm. Vou cumprir. Mas é bom que você melhore. Está se sentindo bem?

— Estranho. Não consigo mexer as pernas, meu corpo está formigando e estou sonolento... e também confuso. Mas ouvi tudo desde que apaguei.

Os dois EleitosOnde histórias criam vida. Descubra agora