The Cultivation of the Gaze

Capítulo 69 - A benção do Imperador

AVISOS: Contém o começo do flashback da história de Fai Chen. Prestem atenção nos detalhes.

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Desde os tempos primordiais, os homens lutam pela superioridade e quando encontram um outro com uma força maior, começam a viver ao lado do medo de serem superados por tal. Em virtude desse sentimento, os covardes costumam procurar a morte como uma perfeita solução. E é desse ponto que surgiu uma história sobre o começo de uma nova vida e como, a mesma, significou o fim de outras.

Há 26 anos atrás, houve uma imensa comemoração dentro de um dos maiores clãs que já existiram no país e que trouxe consigo tantas conquistas, riquezas e poderes.

Clã Fai.

O grande clã que, por conta de Fai Xin, fora conhecido por exterminar a sangue frio uma linhagem inteira de Hulijin.

Os Hulijin são criaturas que, em um modo mais comum, são conhecidas por serem os espíritos de raposa capazes de obter uma forma humana depois de completar seus 47 anos. Além disso, possuem poderes mágicos e podem chegar até o nível da imortalidade se resistirem até os 100 anos. As mesmas eram frequentemente vistas como perigosas, traiçoeiras e manipuladoras.

Porém, em toda história de terror, há o amor.

Alguns contadores afirmam que esses espíritos, por mais que sejam criaturas de Diyu, conseguem amar e não apenas os de sua própria espécie.

Elas conseguem se relacionar com seres humanos.

Mesmo assim, eram vistas pela grande maioria como seres maus e que fariam de tudo para aumentar suas forças malignas e perversas. Então, graças a esse pensamento, Fai Xin, com o apoio de Hong Lan e Wei Ming, juntou uma grande parte de seu exército para exterminar de uma vez por todas toda essa raça manipuladora, que estava vivendo com tanta intimidade ao lados dos humanos.

Entretanto, desta vez, toda a festa que estava ocorrendo dentro do clã não era por uma conquista de territórios, novos membros para a guerra ou yaomos derrotados sendo mostrados para toda a cidade, e sim, o nascimento do herdeiro do clã.

Fai Chen.

O nome foi dado pela sua mãe, Fai Wen. Quando a mulher ficou frente a morte na hora do parto, viu um verdadeiro tesouro chegando em suas mãos e com um simples choro, soube que esse menino seria a luz para a família e a sociedade. Seu filho. O legítimo herdeiro de um imenso clã. Por conta de todas essas sensações, deu-lhe o nome Fai Chen, que significa "iluminado tesouro".

Fai Xin, como um pai orgulhoso, apoiou completamente a ideia esplêndida de sua esposa e assim que o filho foi registrado pelo Sacerdote da cidade, o líder ordenou a todos que fizessem uma grande comemoração a noite e o enchessem de presentes.

Até mesmo as famílias mais simples da cidade, prestigiaram os deuses, abençoaram a vinda do novo herdeiro do clã Fai e deram-lhe pequenos bichinhos feitos de pano voltados a um formato de raposa, pois como já mencionado, o clã Fai conseguiu dizimar uma aldeia inteira dessas criaturas, junto com o clã Wei e Hong, que na mente deles, prejudicava os humanos com suas manipulações e mentiras.

Assim, o tempo foi passando e o recém nascido completou seus 3 anos.

No dia seguinte de seu aniversário, quando sua mãe estava acariciando suas bochechas macias e vermelhinhas, reparou que os olhos de seu filho começaram a aparentar uma cor diferente da família, que no caso, seria castanho escuro.

Os olhos de Fai Chen estavam se tornando azuis escuros e Fai Wen só conseguiu perceber essa nova característica de seu filho por agora, gerando um certo desconforto em Fai Xin, que ao saber da novidade, logo induziu que sua pura esposa envolveu-se com outro homem.