Capítulo 106 - A marca de submissão

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Os olhos de Fai Chen estavam repletos de temor. Hong Shaoran olhou para seu irmão, procurando respostas para aquela reação do cultivador, que parecia estar vendo um cadáver à sua frente. Hu Long apenas mordeu os lábios e suspirou, pousando delicadamente a mão no ombro de seu amado.

"Cegueta, tudo tem explicação. Veremos o motivo de Wei Huli ter tantas fontes sobre hulijings e...", antes que Hu Long pudesse terminar sua frase, Hong Shaoran o cortou quando pegou alguns pergaminhos na mão.

"Fai Chen, você sabe alguma coisa sobre o clã Fai ter exterminado um vilarejo de hulijings?", o mais velho entre os três questionou, arqueando a sobrancelha. "Meu pai falou uma certa vez que ajudou o líder Fai com o assassinato desse grupo de yaomos. Mas, esse assunto sempre foi algo que não deveria ser dito em voz alta. É como se fosse um segredo político."

"Deixe-me analisar os fatos... Então, aquele líder que exterminou as raposas que conseguiram tomar forma humana... Foi o líder Fai?", Hu Long arregalou os olhos, surpreso com a informação que seu irmão tinha e sequer falou sobre consigo.

Fai Chen sentiu seu peito esquentar. Ele havia ouvido diversas menções sobre o clã Fai. Porém, na questão de um massacre contra um outro grupo, especificamente falando de yaomos, jamais.

Dessa forma, o cultivador apenas balançou a cabeça em negação. Hong Shaoran soltou um suspiro decepcionado e entregou a Fai Chen alguns dos pergaminhos que tinha separado.

"Aparentemente Huli soube desse registro e escreveu a respeito. Olhe esse pergaminho e seu título", o mais velho se aproximou dos outros e abaixou o rosto, pronto para ler a respeito do vilarejo exterminado pelo clã Fai com ajuda de outros clãs famosos.

"Ninguém acha estranho Huli ter tanta coisa sobre hulijings?", Hu Long perguntou, cruzando os braços, bem desconfiado. "Digo, é incrível a capacidade dele de aprender diversas culturas e grupos. Mas... Por que justo esse grupo de yaomos?"

Hong Shaoran apontou para os arranhões nas paredes, como se a resposta estivesse na cara deles.

"Não sei o que está acontecendo e não sei quem caralhos fez esse estrago no quarto de Huli. Mas, se ele pesquisou tantas coisas sobre hulijings, deve ter algum significado por trás de toda essa merda", ele respondeu o mais novo, que inclinou a cabeça algumas vezes para frente, mostrando compreensão.

Após os três tomarem a decisão de ler os pergaminhos, sem querer, Hong Shaoran esbarrou em uma pequena garrafinha de vidro que estava dentro do armário, que quebrou quando caiu no chão em uma velocidade impossível de salvá-la.

"Ah... Merda...", Hong Shaoran murmurou, cerrando os punhos e irritado consigo mesmo por ter feito aquele desastre.

Entretanto, depois que o jovem deixou o líquido da garrafa se esvaziar e correr pelo chão do quarto, uma certa fragrância foi inalada pelos três jovens e apenas um deles, recorreu ao entendimento de que tipo de cheiro era aquele.

"Cegueta... Isso é... Aquele mesmo aroma da floresta...", Hu Long mencionou, cobrindo seu nariz o mais rápido possível. Mas, já era tarde demais. Os três já haviam sentido o cheiro de tal líquido e todos, ao mesmo tempo, ao invés de delirarem em prazer, foram diretamente puxados para um tipo de cenário passado.

Hong Shaoran piscou os olhos depressa, tentando entender o que estava acontecendo. Fai Chen, vendo o Jovem Mestre confuso, se pronunciou:

"Isso é o aroma de uma hulijing. Mas, diferente do habitual, que exala prazer carnal, por alguma maneira, essa fragrância mostra...", o cultivador começou a olhar ao redor, observando que o cenário que os três jovens se encontravam mudou por completo.

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