Capítulo 32 - O assassino adorável

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Ao sentir os lábios do mais alto em sua testa, Hu Long abriu seus olhos pela tamanha emoção que aprisionou em seu peito. Aquele carinho, tão diferente e nunca sentido antes, trouxe um batimento incontrolável no coração do assassino, que não sabia como reagir, deixando apenas suas orelhas queimarem até o momento que Fai Chen se afastou.

"Cegueta...", murmurou, tentando fazer alguma piadinha com aquilo, mas estava completamente hipnotizado pelo ato amoroso.

O cultivador se distanciou de Hu Long e sorriu diante dele, segurando seu ataque interno de vergonha. Virou de costas para o outro e começou a andar calmamente, seguindo o som de água escorrendo entre pedras.

"Já passei um pouco da minha energia espiritual para você, agora vamos em direção ao riacho que está por perto. Precisamos refrescar nossos corpos", Fai Chen falou, escutando os passos de Hu Long se juntando aos dele.

Não houve respostas em formas de palavras vindo do menor, então ambos continuaram a caminhar e em alguns minutos já estavam nesse riacho, que logo na parte de baixo formava um lago. Esse lago tinha uma pequena cachoeira em frente, deixando o ambiente mais calmo e tranquilo. Fai Chen sorriu confiante, pois tinha acertado o caminho do local e sentiu que o mesmo era perfeito para cultivar uma quantidade maior de energia dentro de seu corpo. Por outro lado, assim que Hu Long viu a paisagem impressionante diante de seus olhos vermelhos, imaginou como ficaria ainda mais lindo quando o cultivador se despisse em sua frente. Ao imaginar isso, seu corpo inteiro passou por uma leve tremedeira.

"Tem algumas pedras por aqui, acho que seria bom se deixássemos nossas roupas nelas", o assassino mencionou, levantando sua mão e já desamarrando os robes superiores escuros que envolviam seu corpo.

Enquanto isso, Fai Chen abriu a sacolinha que Xiao Yan deu a ele e procurou duas toalhas finas que estavam separadas. Tirou-as e deixou as mesmas em uma outra pedra por perto, a fim de que pelo menos os dois homens, depois de saírem de seu refresco, pudessem se secar adequadamente.

Após ter arrumado tudo, o cultivador começou a tirar seus robes delicadamente com um pouco de vergonha por ter que, dessa vez, entrar em um "banho" totalmente nu ao lado de outro homem. Mas, como seria algo rápido apenas para tirar o suor e algumas manchas de sangue do yaomo enfrentado, não seria um problema gigantesco em sua mente.

Fai Chen ouviu um som alto de alguém entrando nas águas e concluiu que Hu Long tinha acabado de pular no lago. Imaginando isso, suspirou segurando suas calças brancas e tremendo de leve.

"Cegueta, o que foi? Vai demorar para entrar? ", Hu Long perguntou, já nadando pelo pequeno lago enquanto olhava para as costas nuas do cultivador, que eram infelizmente marcadas por cicatrizes de chicotes.

"Hu Zhuang... Hum...", Fai Chen engoliu seco, tomando coragem para pedir um favor ao jovem: "Você poderia não olhar para mim enquanto eu tiro... Minhas calças?"

A partir do momento que Hu Long escutou o pedido do maior, arregalou os olhos e analisou a situação. Seria uma grande pena não poder ver as nádegas do cultivador, que tanto o excitava, mas também não gostaria de observá-las sem a autorização do mesmo. Então, suspirou um tanto decepcionado e virou seu corpo para a direção oposta, olhando fixamente para a cachoeira a sua frente.

"Pronto, já estou olhando para a cachoeira. Infelizmente", ele comentou, cruzando os braços e torcendo para que essa cena acabasse logo e ele pudesse retornar para uma visão ainda mais bela.

Confiando nas palavras de Hu Long, por fim Fai Chen removeu a sua última camada de roupa que ainda deixava seu corpo coberto e em segundos mergulhou no lago um tanto gelado, mas que pelo menos serviu para seu corpo inteiro acordar e refrescar.

The Cultivation of the GazeOnde histórias criam vida. Descubra agora