The Cultivation of the Gaze

Capítulo 14 - O tentador feromônio I

Não havia muitas pessoas nas ruas principais da cidade ManYue, o que deixou os dois homens bem mais tranquilos para seguirem em direção a floresta, que não era tão longe da parte povoada da cidade. Fai Chen havia dito para Hu Long que, se seguissem por ela, seria melhor em questão de deixar menos traços de suas passagens e obviamente por ter menos contato com outros humanos. Por mais que o cultivador tivesse pavor de ser reconhecido, Hu Long era quem mais temia, mas por estarem caminhando juntos um ajudaria o outro.

No decorrer do caminho, ambos estavam em silêncio, deixando o cultivador pensativo a respeito do que a senhora Mei tinha mencionado a Hu Long. Fai Chen só tinha escutado uma parte da conversa por questão de minutos ao chegar na frente do dormitório, entretanto, algo mais poderia ter sido falado que deixou o assassino abalado. No caso, o único assunto que escutou foi sobre a indecifrável garota, que provavelmente teria sido a tão falada companheira de Hu Long.

O cultivador não conseguiu aguentar a curiosidade e iniciou uma conversa que talvez poderia levar para o tópico sobre Li Ming-Yue.

"Aquela Senhora Mei... Você a conhece por muito tempo?"

"Pelo que eu me lembre, desde que eu tinha 11 ou 12 anos. Por quê?", Hu Long parou de caminhar, esperando que Fai Chen também parasse para terem um pouco de descanso e conversarem.

"Nada importante. Achei uma senhora muito simpática e o jeito que ela lhe tratou parecia realmente que lhe conhecia a um tempo."

"Realmente, essa senhora era como uma mãe para mim e para A-Yue", a partir do momento que Hu Long deixou escapar a forma carinhosa de tratar sua antiga parceira, Fai Chen pegou esse gancho para iniciar as perguntas curiosas.

"A-Yue? Esse é o nome daquela parceira que você já mencionou antes?"

"Sim, seu nome era Li Ming-Yue."

"Era?"

"Um assunto delicado, já que não sei se ela está viva ou morta", Hu Long respondeu, usando um tom de voz um tanto grosso, deixando seus sentimentos a respeito da história da mulher transparentes. Ele realmente não suportava esse assunto e por não saber nada mais da mesma, ficava irritado e com sua alma escurecida pela perda e por todo o mistério a envolvendo.

"Sinto muito por tocar nesse assunto."

"Não há problemas, Cegueta. Eu tenho uma esperança que ela esteja viva e quando encontrá-la, vou fazer questão de mostrar a Hong Shaoran."

"Espera, o que Hong Shaoran tem a ver com Li Ming-Yue?", Fai Chen perguntou, lembrando do final da conversa entre o assassino e a senhora do estabelecimento. A frase de Hu Long sobre ter deixado sua parceira no campo de batalha brilhou na mente do cultivador, ainda não tendo todas as respostas para suas dúvidas.

"Cegueta, quando eu disse que Hong Shaoran era um merda, eu disse com toda certeza", o assassino retrucou, aproximando-se um pouco do cultivador, que se manteve firme com sua postura, sem demonstrar nenhuma reação para quaisquer frases. "A-Yue foi pega por um clã inimigo, Hong Shaoran não fez porra nenhuma para voltar e salvá-la... E isso..."

Fai Chen imaginou que Hu Long falaria no final algo como "foi minha culpa", mas nada foi dito, apenas foi deixado um segundo silêncio profundo entre ambos os homens. O mais alto queria confortar o menor, pronunciando as mesmas palavras da senhora Mei em relação a essa parte da história, que por mais que o cultivador não soubesse nem sequer o mínimo, seu coração dizia que o acidente não era culpa de Hu Long. Porém, antes mesmo de respondê-lo, ouviram novos tons vocais, ou seja, novas pessoas pelos arredores na parte florestal que estavam descansando.

"Se o Jovem Mestre Hong descobrir que estamos bebendo e não o ajudando a procurar Hu Zhuang, seremos decapitados", uma voz mais fina foi escutada, deixando tanto Fai Chen quanto Hu Long atentos ao território que os cercava. Como era noite e as árvores deixavam o ambiente indecifrável, era mais difícil para Hu Long perceber onde o grupo de homens estava. Por outro lado, para Fai Chen era fácil.