The Cultivation of the Gaze

Capítulo 57 - O controle da carne

Com a única força que restava dentro de seu coração no momento, Hong Shaoran começou a ler o pergaminho com o título de nascimento de sua falecida mãe. As informações de início já eram conhecidas pelo Jovem Mestre Hong, que falou em voz alta para mostrar a Wei Huli o que lá havia também:

"SiRou Tao. Conhecida por ser uma grande cultivadora demoníaca. Sua carne e sangue tem um alto nível de cultivo, por conta disso, foi usada como arma. O clã de origem acredita que cada pedaço dela era capaz de ajudar a aprimorar a força dos guerreiros, portanto, começaram a arrancar sua pele e comê-la como crença", enquanto Hong Shaoran lia, fazia uma expressão de nojo por pensar em quanto sua mãe havia sofrido nas mãos de um grupo que via as crenças acima da vida de um ser humano.

Por outro lado, Wei Huli escutava atentamente os pontos que seu amigo mencionava, já pensando a respeito e com um certo medo do que poderia vir em seguida. Porém, decidiu permanecer em silêncio, concentrando-se e esperando as próximas informações para tirar uma conclusão melhor.

"A única parte do corpo de SiRou Tao que o clã não ousava tocar era seu núcleo dourado, por ser o ponto onde havia o armazenamento e controle da energia espiritual. Assim, não desejavam cessar sua enorme força, apenas aumentá-la. Quando arrancavam sua pele, seu cultivo remendava tal local. No final, SiRou Tao ficou com diversas cicatrizes em seu corpo, mas com seu tamanho potencial criou uma pele falsa para não ser vista daquela maneira pelos outros, que provavelmente teriam pena da mesma", a cada novo parágrafo que o jovem mencionava, sua vontade era de vomitar em cima do pergaminho escrito por seu tio, mas decidiu continuar, pois queria respostas. "Dentro de anos, o clã SiRou já estava a considerando apenas como uma fonte de poder, não achando possível que a mesma fosse contra eles e os matassem. Porém, a jovem cultivadora demoníaca, com ajuda do líder Hong, conseguiu sair do clã e matar mais de 500 pessoas, que ficaram na sua frente."

"Então...", Wei Huli cruzou os braços, compreendendo imediatamente o motivo da ajuda do pai de Hong Shaoran. "Líder Hong sempre soube do núcleo dourado de Madame Tao?"

"Aparentemente, sim", respondeu o jovem de olhos claros, que agora tinha largado o pergaminho a respeito de sua mãe e pegando o mais atual de seu pai para conectar as linhas do tempo.

Ao abri-lo, o primeiro tópico que tinha era sobre a "Compatibilidade de núcleos", o que o deixou repleto de arrepios.

"Certo. Aqui diz que meu pai, como a maioria dos primeiros filhos da linhagem do clã Hong, tinha um núcleo extremamente danificado e estava sujeito futuramente a ter desvios de qi. No caso, quando a energia vital que existe no corpo começa a atacar cada região e não há mais sanidade na mente, apenas loucura e o desejo de enlouquecer ainda mais. Sendo assim...", os olhos de Hong Shaoran se assustaram com tal dado que lá estava escrito, deixando-o até mesmo impossibilitado de continuar a leitura.

O Jovem Mestre Wei, percebendo tal mudança, pegou lentamente o pergaminho das mãos de seu amigo e leu o ponto. Como esperado, a hipótese de Wei Huli estava certa, não ficando tão surpreendido. Porém, o que o deixou impressionado foram as atitudes de Hong Wu:

"A partir do momento que meu irmão, o grande líder Hong, começou a ter sangramentos com frequência, entendi que estava iniciando os desvios de qi. Tentei convencê-lo sobre usar a força manual ao invés da espiritual, para que a saúde não se abalasse tanto. Mas, meus conselhos foram deixados de lado e a situação de meu irmão piorou até o nível dele nem sequer conseguir levantar da cama sem sangrar.

Como irmão, não podia suportar vê-lo dessa forma.

Certa noite, fui aos aposentos de Hong Lan, a fim de perguntar qual seria seu último pedido. Mas, quando cheguei ao local, a situação na qual encontrei meu irmão era catastrófica. Em seus braços estava um de meus discípulos com um buraco no peito e meu irmão com um sorriso em seu rosto ensanguentado. Em resumo, ele havia devorado uma parte do coração e o núcleo do pobre discípulo.