Sweet and Cold

Cap XXVIII 🏳️‍🌈

Por Yuuki

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Yuuki pressionou ainda mais o corpo de Lucas ao banco do carro, mordendo seus lábios macios, absorvendo seu gosto, seus corpos tão colados, criam um frenesi em sua mente. Só ouvindo seus gemidos de êxtase, nem precisaria mais do aquecedor que estava ligado, pois o calor emanava de ambos, fazia o ambiente sufocar.

Sentiu a ereção dele roçando em sua calça, - e sem pensar na loucura que era, estarem no meio de uma avenida, rodeados de gente - rebolou nela, sentindo Lucas estremecer em baixo de si.

- Droga, Yuuki... não me faz arrancar tuas roucas aqui dentro.

Aquela sensação de poder, prazer e liberdade eram inéditas e inexplicáveis para Yuuki, as mãos de Lucas conseguiam vagar e acariciar todo o seu corpo, de forma sensual, mas muito delicada.

Até o jeito que lhe apertava a cintuta, era forte, mas muito gentil. Como um pedido silencioso de que aquilo nunca acabasse.

Tudo que desejava era sentir ele, beijar, tocar, e ficar preso em seu corpo, até que saíssem daquele carro.

E foi exatamente isso que aconteceu.

- Ahh merda... - Lucas protestou quando ouviu os carros atrás deles, com buzinas estridentes.

- Vamos... - Yuuki encaixou o rosto em seu pescoço.

Lucas gargalhou, entendendo o que o seu namorado queria. Seguiu de bom grado, sem contestar suas vontades, e agradeceu mentalmente pelo carro ser automático.

Pois estava difícil se concentrar no trânsito com sua respiração quente em seu pescoço, além do seu cabelo cheiroso, roçando em seu nariz.

- Vou pegar esse desvio, acho que vai estar menos cheio. - Lucas entrou em uma rua à esquerda, onde não havia tanto engarrafamento.

Nas paradas por conta do trânsito, - que estava relativamente tranquilo por aquela rota - e nos semáforos, eles aproveitavam para se beijarem. No restante do tempo, Yuuki permanecia tranquilo, aconchegado no ombro de Lucas, como se estivesse dormindo.

Após 30 minutos, estacionavam em frente a casa de Lucas, ficava a cerca de 1 hora da casa de Yuuki, era um condomínio pequeno, mas seguro e confortável e as casas eram muito agradáveis. Pelo lado de fora, via-se que não eram tão grandes como a de Yuuki, mas era muito bonita.

Sempre achou sua casa excessivamente grande para três pessoas, mas sua mãe fez questão e na época, usou seu piano como desculpa. Pois ele precisava de um bom espaço para ficar.

Quando já haviam descido do carro, Lucas segurou a sua mão e seguiram até a porta da frente. A porta estava aberta, então eles entraram e Yuuki olhou tudo a sua volta. Nunca esteve na casa de amigos na infância e raramente ia à casa de parentes, então estar na casa de alguém, - alguém especial - era fascinante para ele.

Admirava um quadro delicado que estava na parede ao seu lado e retirava o blazer que Lucas tinha lhe emprestado, quando viu uma mulher mais velha vindo na direção dos dois.

Ela deu um sorriso aberto para Lucas e olhou para ele, como se já soubesse quem era Yuuki, então sem perceber, riu para ela também.

- Tia, você não precisava ficar até esse horário. - Lucas disse a abraçando, quase sumindo com seu corpo pequeno.

- Sei que você não andava com chave, e seu pai também não volta hoje, porque teve que viajar as pressas.

- Coisa do trabalho? - ele perguntou, segurando novamente a mão de Yuuki.