Cap XXIII 🏳️‍🌈

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Por Yuuki

Yuuki enfim aceitara que Lucas não pretendia fugir. Cria desde o princípio que era questão de tempo para o afugentar.

O primeiro beijo inesperado, a fuga da sua casa, a ida até a lancha do pai, a primeira transa maravilhosa. Tudo era excitante, inebriante. Mas quando se viu elétrico, nervoso e logo depois descontrolado, sabia que uma de suas crises maníacas havia chegado.

E antes que fizesse algo que o assustasse, correu para longe e depois de tudo, depois que o viu no hospital parecendo um morto vivo, descabelado, lesado pelos remédios e machucado, pensara que Lucas sumiria da sua vida, que não iria se arriscar a ver mais do quê o que vira.

Mas ao contrário, foi extremamente carinhoso consigo, não o acompanhou até em casa porque ele insistiu que não fosse. E para concretizar suas intenções, apareceu ainda no mesmo dia em seu quarto, com aquela cara de cachorro com fome, que já aprendera a gostar demais.

Sentiu saudades dele, lhe disse e foi muito sincero. Pois aquele homem nutria sentimentos fortes por ele e isso fazia bem para si.

Tanto que se viu envolvido por ele, ansiando por seus carinhos. Nunca havia se apaixonado por ninguém para usar como métrica, mas sabia que naquele momento o desejava. E esse desejo só aumentava - Estava apaixonado -.

E quando se beijaram, depois de conversarem muito, comerem e até brincarem com seu pai, se entregou por completo. O aceitou mesmo antes do pedido oficial, que para sua surpresa veio logo depois.

Se amaram naquela noite de uma forma inesquecível, saboreando cada segundo em que estavam unidos, o beijou, mordeu, sentiu seu cheiro tão másculo e se sentiu completamente feliz por vê-lo fazendo o mesmo.

A forma como ele o olhava o tempo todo, acariciava seus cabelos e o beijava lentamente, evitava que sentisse qualquer dor ou desconforto em algum momento, que era o que Lucas sempre temia.

E depois de estarem exaustos do sexo, tomarem um banho maravilhoso, com Lucas o beijando intensamente e quase o quebrando ao meio, o empurrando contra o boxe, dormiram juntos, com seus corpos totalmente colados.

Sentiu-se bem como a muito não sentia. Estava em um dos raros momentos que era ele mesmo. Não depressivo, não maníaco, não drogado por remédios reguladores de humor.

Era o Yuuki que sabia ser, de personalidade calma e marota, que ficada contente com pequenas coisas e adorava novas experiências. E nesses momentos raros sempre dizia para si que tudo ficaria bem.

Que aguentaria firme e que se acostumaria com todas as turbulências. E que coincidência boa estar ao lado de uma pessoa tão maravilhosa nesse momento.

Lucas o conheceu de verdade agora, não sabia por quanto tempo e não poderia ficar ansioso e com medo de acabar, mas aproveitou. Essa noite dormiu realizado.

Durante a madrugada acordou com frio, olhou para o lado e Lucas estava todo enrolado no cobertor, provavelmente havia o puxado todo pra ele - Que romântico - sorriu sozinho. Levantou-se, levou a bandeja com a louça suja até a cozinha, tomou água, e voltou para o quarto em seguida.

Nem lembrou-se de trancar a porta na chave. Foi ao banheiro e correu novamente para a cama, se jogou por cima de Lucas e puxou um pedaço do cobertor para si.

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