Sweet and Cold

Cap VIII 🏳️‍🌈

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         Yuuki o olhou e estava prestes a falar algo quando ouviram o som de passos. Um casal mais velho adentrou a sala e olharam Lucas com curiosidade.

- Quem é o rapaz? - O homem perguntou. Um japonês bonito e de expressão simpática, com seus aparentes 50 anos ainda aparentava uma alegria jovial.

- Um amigo da Universidade - O filho lhe respondeu levantando-se e o abraçando.

         Lucas se assustou ao pensar que provavelmente Yuuki sabia que ele o andava seguindo dias antes. Já que sabia até que estudavam na mesma universidade.

- Mas por que não lhe perguntou o que ele queria o seguindo? - pensou.

        Se naquele momento Yuuki lhe perguntasse isso, diria que o que queria era ele. No momento, mais que tudo. Precisava ao menos uma vez provar o seu gosto. Assim talvez esse fascínio cessaria ... ou não.

- Muito prazer meu jovem, chamo-me Haruto - O homem se aproximou estendendo a mão, ao que Lucas imediatamente levantou-se e a segurou.

- Lucas. O prazer é todo meu.

         A sua mãe em nenhum momento esboçou a mesma simpatia. Ao contrário, parecia uma estátua com o rosto indecifrável. Olhou em direção a Yuuki com uma expressão séria de repreensão.

- Essa é Helena, minha mãe - Falou como se já fosse acostumado com o olhar mortal.

         Ela olhou Lucas e acenou com a cabeça. Sem graça ele lhe deu um sorriso e a mulher estranhamente se retirou. Ela era de grande beleza. Pele clara, com cabelos castanhos compridos e olhos esverdeados. Não aparentava ter mais de 45 anos.

- Ela está de mau humor - Haruto disse sorrindo.

- Ela sempre está otousan* - Yuuki falou com cara de deboche.

- Você está bem filho? - Haruto perguntou.

- Estou ótimo - Yuuki disse rindo enquanto se aproximava de Lucas.

- Vamos - Falou o arrastando para fora pela mão. Deixou o pai falando sozinho e Lucas boquiaberto com a atitude.

         Os dois andaram até a porta da frente e em seguida a um jardim lateral a casa, ainda de mãos dadas. Lucas suava de ansiedade ao que estava por vir, pois, com Yuuki tudo era incerto, surpreendente.

         Mas ainda não tinha passado pela sua bela cabeça o que aconteceria.

         Yuuki o prensou em uma parede, colou a mão no seu abdômen, o olhou de baixo com uma expressão sensual e disse:

- Foi mal, pensava que eles ainda demorariam chegar.

         E antes que Lucas pudesse responder, ele o puxou pelo pescoço e o beijou apaixonadamente.

         Abriu caminho por sua boca que estava entreaberta e adentrou, usando a ponta macia e úmida de sua língua para sentir o gosto que ansiava.

         Yuuki queria sentir esse gosto desde quando pôs seus olhos nele a primeira vez. Pensava nessa sensação em sua boca e sonhava em sentir o toque daquela pele que agora estava queimando de desejo. E era muito melhor do que imaginara, suas bocas se encaixavam perfeitamente, seus corpos se prenderam como imãs e aquele beijo poderia durar a eternidade.

         Assim que Lucas sentiu sua boca sendo invadida pela de Yuuki, sua pele se arrepiou, o coração acelerou e suas mãos foram de encontro aquela cintura esguia, como se a conhecesse de longa data. O gosto doce da boca de Yuuki penetrou na sua mente e ao abrir os olhos percebeu que ele também o estava observando. Como se quisesse memorizar suas expressões de prazer.

         O mundo inteiro naquele momento parecia abrigar somente os dois e por vários segundo Lucas sentiu que estava perdendo a audição. Suas mãos vagaram da cintura aos ombros e depois desceram até a bunda, ele a apertou forte e os aproximou ainda mais. Virou-se jogando Yuuki contra a parede e o apertou com toda sua força. Yuuki sentiu que ia partir-se ao meio, mas estava adorando tudo aquilo.

         Aquela sensação de desejo por outra pessoa era totalmente nova para ele. Mas ele sabia que desejava Lucas, que o queria para si. E que não era somente em um momento de euforia como o que estava agora. Ele sentiu isso assim quando percebeu o jeito que era olhado por ele, e depois quando foi seguido.

         Ele sabia o tempo todo. Achou engraçado e emocionante, e ficou querendo mais.

         Mas Lucas tinha sumido, como se tivesse perdido o interesse. Não, não permitiria que aquilo acabasse assim.

         Precisava ir a fundo nesse desejo, sabia que ele lhe faria bem.

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Queria sentir-se amado e queria amar alguém.

Assim se tornaria vivo de verdade todos os dias, e não só às vezes.

(*Pai em Japonês.)