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Não se esqueçam da ⭐.

|V i t o r|


Agente Sawyer, trinta e oito anos, atualmente solteiro, sorriso galanteador, paquerador e igualmente careca. Esses são as características gerais do agente que está desmaiado no porta-malas do meu carro. As roupas serviram direitinho.

A DGSE é tipo o FBI francês, o agente foi escolhido a dedo por ter sido mandado para outro país há anos, então, assumir a identidade dele é mais fácil. E ele ser careca como eu, ajuda bastante.

Minha missão é: Pegar as anotações da perícia feita no carro.

A agende Ellis, como está escrito em seu crachá, me leva até o elevador. Assim que entramos, ela aperta o primeiro botão da parte de baixo. A sala é subterrânea.

— Fiquei curiosa quando soube que viria um agente pegar os arquivos sobre o acidente com o carro do Gerard. — Ela balbucia sem me olhar. — Achei que esse caso tivesse sido encerrado.

— É, mas foi reaberto. — Sou econômico nas palavras, assim como ela, encaro as portas de aço.

— Por que esse caso está nas mãos de um agente da DGSE? — Abro a boca para responder, mas paro e penso no que o verdadeiro agente Sawyer responderia, baseando-me no que já sabemos sobre ele. Assim, mudo drasticamente minha atitude.

— Não é óbvio? — Solto um sorriso sarcástico. — Esses ricaços não querem seus casos nas mãos da polícia comum. Ainda mais se houve suspeita de assassinato.

— É, tem razão. — Assim que ela acaba de dizer, as portas se abrem e tudo que consigo ver é um longo e estreito corredor escuro. — Fique atrás de mim.

— Por que ainda colocamos os casos arquivados aqui? — Noto ela dar de ombros.

— Apenas os casos mais antigos são colocados aqui, os que ainda são em papel. Eu realmente não sei porque o caso dos Gerard não foi computadorizado.

— Tenho uma ideia do porquê. — Murmuro baixo, para mim mesmo. Ela não me escuta, apenas continua a andar até a última porta do corredor.

— É aqui. — A agente enfia a chave na porta e gira a maçaneta. A porta se abre com dificuldade, rangendo e arrastando no chão. Percebo que há marcas da porta no piso, parecem recentes.

— Vocês costumam vir aqui com frequência?

— Não. Ninguém desce aqui em baixo há anos. A última vez foi para arquivar o caso dos Gerard.

A agente se move no meio de várias estantes que vão do piso ao teto, há várias caixas empilhadas nas prateleiras, todas com um aviso de "PROVAS CONFIDENCIAIS". Assim que ela para, aponta para uma caixa no alto.

— É aquela. — Me estico para pegar a caixa, e com um pouco de dificuldade, consigo.

A caixa é leve, não parece haver muita coisa nela.

Coloco a caixa no chão e abro a tampa, o que eu vejo faz minhas mãos tremerem... Eu suspeitei.

— Onde foram parar os arquivos? — A agente ofega, olhando-me assustada.

Coloco a mão sobre o ponto no ouvido, dando a má notícia para minha irmã.

— Lola, ela chegou antes. As provas sumiram. 

|A r o n|

A primeira coisa que eu vejo ao abrir os olhos é a mão de Selena dedilhando os músculos do meu abdômen.

O sócio do meu paiOnde histórias criam vida. Descubra agora