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Não se esqueçam da ⭐.
Boa leitura..

|S e l e n a|

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|S e l e n a|

— Mas, mamãe, isso é injusto. — Protesta Gabe, cruzando os braços e virando o rosto para a janela do carro, em clara demonstração de revolta. — Quando as crianças terão seus direitos nesse país? — Murmura.

— Quando completarem dezoito. — Minha mãe puxa Gabe novamente para ela, envolvendo seu pescoço em meu cachecol vermelho e dourado. — Prontinho, está lindo e ficará seguro do frio. 

— Mãe, eu não gosto dessas cores, eu sou um sonserino. Esse cachecol é dá Selena. — Meu pai faz uma careta e revira os olhos, assim como eu.

— Está muito mais elegante com essas cores. — Papai afirma, folheando alguns papéis da empresa.

— Theodore. — Esbraveja minha mãe. — Não deveria incentivar essa besteira, são apenas cores e nada mais.

— Tudo bem. — Ele levanta as mãos em rendição, mas posso ouví-lo murmurar esses trouxas baixo, para que mamãe não o ouça.

Todos em casa, tirando nossa mãe, somos apaixonados por Harry Potter, e apenas Gabe é um Sonserino, eu, meu pai e Elena, somos da Grifinória, as vezes rola umas discussões.

Meu irmão está no carro conosco, o deixaremos no aeroporto, onde Abbie e Nathan já o esperam. Irão passar metade das férias na Suíça e outra metade na Islândia. Minha tia quer passar uns dias nas ilhas em Fiji também, mas não sei se irá conseguir, Gabe odeia praia e sol, assim como Nathan, eles preferem o frio e a neve.

Assim que o bentley estaciona na entrada do aeroporto, minha mãe agarra Gabe, o puxando para um abraço apertado e com direito a vários beijos molhados, que ele não parece estar gostando nem um pouco.

— Tome cuidado nas montanhas. Não durma muito tarde. Fique sempre aquecido. Não... — Mamãe continua sua lista infinita de conselhos enquanto revista o rosto e roupas de Gabe, certificando-se de que ele está pronto para ir viajar. — Entendeu tudo? Está com todos seus documentos? Seu cartão está com você? Escova de den...

— Amor, ele é mais prevenido que eu, ficará bem. — Meu pai apenas puxa Gabe para um abraço e um beijo na testa seguido de um eu te amo, o soltando rapidamente.

— Até logo, chefinho. — Me despeço dele, que apenas sorri e sai desvairado para fora do carro. Encaro meu pai, que tenta ao máximo se manter pleno. É a primeira vez que Gabriel viajará sem nós. — Ele já foi, pode chorar pai, prometo não contar.

— Não me estranhe, eu não choro. — Ele fala com desdém, virando o rosto para janela. Posso jurar que o vi enchugando uma lágrima pelo retrovisor. — Pode ir, Arthur. — Diz ao chofer, que dá partida no carro.

O sócio do meu paiOnde histórias criam vida. Descubra agora