[LIVRO CONCLUÍDO]
[SEM REVISÃO]
Aron Gerard representa muitas coisas, mas com certeza a melhor palavra para o definir é "pecado".
"Junto a homens poderosos, há problemas igualmente grandiosos" - já dizia a mãe de Selena.
Mas como resistir a ele?
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Mais ummm.... Boa leitura meninas e não esqueçam a ⭐.
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|S e l e n a|
Meus pais estão em silêncio nos bancos traseiros do Bentley. Ramon, nosso motorista, dirige calmamente pelas ruas molhadas de Seattle.
Meus olhos estão focados na janela, admirando os prédios altos e os ruídos abafados dos carros. Ainda é oito horas, o trânsito está caótico com pessoas indo para seus trabalhos, assim como eu.
A incômoda sensação de frio na barriga se faz presente desde o momento em que abri os olhos essa manhã. Minha rotina foi a mesma, acordei uma hora mais cedo, malhei na academia da cobertura, e após estar de banho tomado e dentes escovados, me permiti pensar no dia de hoje.
Me arrumei elegantemente, como minha mãe sempre faz para um dia na empresa. Deixei os cabelos soltos e apenas passei rímel e um batom da cor da boca. Ainda estou tentando me acostumar com a saia lápis, nunca usei uma dessas.
Ainda não sei qual será minha função, papai disse que está decidindo, mas, ao contrário do que pensei, não passarei a maior parte do expediente com minha mãe, e sim com ele.
— Ramon, ficarei em frente ao café. Quer vir comigo, filha? — Questiona minha mãe. Viro-me para trás a fim de olhá-la. Meus pais estão sentados bem perto um do outro, porém, seus olhos estão focados na tela dos celulares.
— Aham. — Aceito sua proposta e volto a olhar para frente. Ramon para o carro alguns minutos depois em frente ao café, que fica um quarteirão antes da Grader Tower.
— Leve-a para minha sala quando chegarem. — Ordena meu pai logo depois de selar os lábios da minha mãe.
— Tá bom. — Ela o beija novamente e um sorriso bobo brota no meu rosto. É tão lindo que depois de tantos anos casados eles continuam parecendo um casal de namorados.
Ramon arranca com o carro assim que eu e minha mãe saímos do veículo. O café é uma lojinha bem rústica que está espremida entre dois prédios enormes. Há um deque de madeira na frente, com duas mesinhas para dois. O lugar todo é muito aconchegante e cheira a café e bolinhos.
Assim que entramos, o rosto do atendente que parecia bem entediado, se ilumina ao ver minha mãe. Ele rapidamente conserta sua posição e tenta colocar uma mecha do cabelo negro que escapou da toca de volta para dentro.
— Bom dia, Mackenzie, o de sempre? — Pergunta animado.
Ele é um homem bonito e aparenta estar na casa dos quarenta. Seus olhos são tão verdes quanto as samambaias que enfeitam sua loja. Há algumas poucas rugas nos cantos dos olhos, ainda mais agora, que sorri calorosamente para minha mãe.
— Bom dia, Joseph. Para mim sim, o de sempre. E você, quer algo meu amor? — Minha mãe se vira para mim. Passo os olhos pelos bolos e doces chamativos que estão dentro de uma cúpula de vidro e sob o balcão de madeira.