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|A r o n|

— Aron, desce dessa cama. — Selena ralha e reviro os olhos. Cruzo minhas pernas e coloco minhas mãos para trás da cabeça, deitando-me confortavelmente sobre o colchão macio.

— Como posso comprar uma cama sem saber se vou gostar antes? — Suspiro e levanto-me, fico parado ao lado da cama e algo que eu não havia pensado antes passa por minha cabeça. Olho para Selena e a meço com os olhos, ela é alta... Volto a olhar para a altura da cama. — Essa não serve. — Murmuro. — Precisamos de uma cama mais baixa.

— Por quê? — Abro um sorrisinho safado.

— Você vai ficar muito alta se eu quiser te comer deitada aqui na beirada. — Faço o movimento de vem e vai e Selena arregala os olhos, olhando em volta para ver se alguém está nos observando.

— Pelo amor de Deus, pare com isso já. — Ela me puxa para longe da cama e não aguento segurar a risada. — Vamos comprar logo a merda do colchão inflável. Outro dia voltamos para comprar móveis.

— Preciso de toalhas, talheres, papel higiênico e roupas de cama. — Reviso minha listinha mental. Tudo isso é de necessidade básica e não pode esperar.

Pierre já se instalou no apartamento dele e já providenciou alguns móveis que comprou em uma venda de garagem. Ele está juntando dinheiro para comprar um carro. Eu ofereci ajuda, mas assim como foi com o apartamento, ele negou. Meu amigo começa a trabalhar no escritório do tio amanhã e ele não poderia estar mais estressado, afinal, direito nunca foi a paixão dele.

— Amor. — Selena para de andar assim que paramos em frente uma loja enorme e que parece vender de tudo. — Eu preciso ir em uma loja, não vou demorar. Vai encontrar tudo que precisa aqui. — Ela aponta para a loja. — Tudo bem ficar sem mim por... vinte minutos?

— Vinte minutos? E se eu me perder? Eu não conheço esse shopping, Selena.

— Se você não sair da loja, não vai se perder. — Ela fica na ponta dos pés e alcança com facilidade os meus lábios. — Não demoro.

Fico parado por alguns segundos depois dela virar as costas e sair, sentindo-me meio abobado pelo beijo. Não deveríamos demonstrar afeto em público, mas não consigo segurar o sorriso de satisfação por isso. Eu nunca pensei que estaria algum dia em um relacionamento sério, isso nunca foi minha praia, mas ela.... Porra. Como ficar com Selena Grader e não se apaixonar? É impossível.

Assim que entro na loja, uma atendente baixinha e muito grávida vem me atender. Ela vai explodir a qualquer minuto, jesus. Eu não sabia que uma barriga de gravidez poderia crescer tanto assim. É mais de um, certeza.

Será que Selena engravidará de gêmeos? Ela vai ter uma barriga desse tamanho? Eu conseguiria lidar com dois de vez?

Espera... Por que caralhos estou pensando nisso? E por que caralhos eu adorei a ideia da Selena grávida de mim? Foda-se, eu vou me casar com ela mesmo.

— Senhor....? — A voz doce da atendente me desperta, deixando-me meio atordoado.

— Desculpe, poderia repetir? Eu estava com a cabeça em outro lugar. — Ela sorri e concorda.

— Eu poderia ajudá-lo em algo?

— Ah, sim. Eu preciso de algumas coisas. — Olho ao redor e o lugar é grande demais. Eu obviamente não iria conseguir encontrar tudo sozinho com rapidez. — Um colhão de casal inflável, roupas de cama, toalhas, talheres e papel higiênico.

— Tudo bem. Vamos começar pelas toalhas que está no setor mais próximo, depois passaremos para as roupas de cama....

 Vamos começar pelas toalhas que está no setor mais próximo, depois passaremos para as roupas de cama

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Estou escorado na pilastra próxima a loja faz cinco minutos. Os vinte minutos de Selena se transformaram em quarenta e cinco. O pior é que esse lugar é imenso e não conheço nada, não vou me arriscar sair a procura daquela loira dos infernos e me perder aqui.

— Com licença... — Uma voz fina demais chama minha atenção. Assim que olho para baixo, há uma menininha me olhando com os olhos marejados. Ela não poderia ter mais do que seis anos, é muito pequena e parece muito assustada. — O senhor viu a minha mãe?

— Eu... — Merda. — Não sei quem é ela. — Abaixo para ficar na altura da menina e ela abraça o próprio corpo. — Faz muito tempo que está sozinha? — Ela apenas balança a cabeça em afirmação. — Meu Deus... — Murmuro.

Assim que olho para trás da criança, vejo minha salvação, Selena.

— Voltei e.... — Levanto-me e percebo algumas sacolas na mão da loira, mas não dou tanta atenção. — Quem é essa?

— Eu não sei. Se perdeu da mãe e eu não faço a menor ideia de quem seja. — Selena franze o cenho e se inclina na direção da menininha.

— Oi, eu sou a Selena. — Ela diz com uma voz mais doce e serena. — Qual é seu nome, princesa?

— Ana. — A garotinha fala com um fio de voz. — Você viu minha mãe?

— Não, mas nós podemos achar sua mãe juntas, que tal? — A Ana afirma e estende a mão para Selena. Talvez esteja com medo de se perder de nós também.

— Como vamos achar a mãe dela? — Sussurro no ouvido de Selena.

— A mãe deve estar tão desesperada quanto a garota, talvez mais ainda. Não será difícil reconhecer a mãe.

Quase uma hora depois, eu e Selena finalmente respiramos com alívio

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Quase uma hora depois, eu e Selena finalmente respiramos com alívio. Estamos parados e olhando a mão esmagar a menina nos braços, chorando como nunca vi uma mulher chorar antes. Não quero nem imaginar o que ela sentiu.

— Muito obrigada, não sei como agradecer. — Ela diz ao se acalmar, olhando-nos dentro dos olhos.

— Pode agradecer nunca mais soltando a mão dela. — Selena responde com carinho, mas com uma pitada de repreensão. A mãe da menina entende e sorri.

— Eu nunca mais vou. Só me virei por um segundo e ela.... ela havia sumido.

— Crianças são assim, curiosas. Felizmente ela pediu ajuda ao Aron, há muita gente má por aí. — Selena se abaixa para beijar a testa de Ana. — Cuidado, não se afasta mais da mamãe, entendeu?

Aham. — Ana murmura e abraça a perna da mãe.

— Temos que ir. Ela é uma menina inteligente, parabéns pela filha.

Assim que abro a porta do apartamento, sinto-me exausto

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Assim que abro a porta do apartamento, sinto-me exausto. Não era o final que eu esperava para hoje. Selena parece tão abatida quanto eu.

Acho que teremos que deixar o sexo para amanhã. Por hoje, toda força que me resta será utilizada para tomar banho e encher o colchão.

— Vai me contar a história toda agora ou depois do banho? — Selena questiona, lembrando-me do motivo principal de ela estar aqui.

Droga... ainda tem isso. 

O sócio do meu paiOnde histórias criam vida. Descubra agora