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Não se esqueçam da ⭐
Boa leitura.

|S e l e n a|

Eu ainda não compreendo o motivo de tanto alvoroço para sair do avião. Custa sair de maneira civilizada?

- Não estava nos meus planos voltar para a Europa tão cedo. - Resmunga Aron, e, assim como todas as vezes hoje, reviro os olhos e ignoro. Acabamos de passar pela alfândega, e, agora sim, podemos dizer que estamos na Itália. - Quem vai nos buscar mesmo?

- Meu padrinho. - Eu trouxe apenas uma mala de mão. Sei que a tia Mag vai querer me levar para comprar mil e uma roupas, então não há necessidade de trazer muita coisa.

- E como ele é? - Viro o rosto para meu namorado, que está olhando para várias pessoas com plaquinhas.

- Alto, maxilar quadrado, nariz fino, olhos castanhos, moreno.... Lindo de morrer. - Aron para de procurar, olhando-me com estranheza. - O que foi? Ele é.

- Qual a id... - A voz de Aron é cortada abruptamente pela voz que eu estava ansiosa para ouvir. Alexsandro.

- Minha princesa. - Praticamente me penduro no pescoço dele. Eu estava morrendo de saudades. - Você cresceu.

- Eu parei de crescer com dezoito, tio. - Digo sorridente, me soltando dele. Alexsandro parece notar Aron, e instantaneamente, seu semblante muda. - Tio, esse é meu namorado... Aron Gerard.

- É um prazer. - Aron toma a iniciativa, erguendo a mão para meu padrinho. Os olhos de Alexsandro fuzilam Aron, que recolhe a mão ao perceber que não terá o cumprimento retribuído.

- Não é prazer nenhum. - Ele ralha. - Escuta aqui, garoto. - Meu padrinho aponta o dedo indicador bem no nariz de Aron, fazendo-me arregalar os olhos. - Se magoar a minha garotinha, eu vou furar você todo de bala, que será impossível reconhecerem seu corpo. Fui claro?

- F-foi. - Aron engole seco e me encara, praticamente pedindo socorro.

- Ótimo. - Alexsandro pega a mala da minha mão. - Vamos. A Margarita está louca para ver você. - Ele me abraça pelos ombros. - E o Ivan também, aquele desgraçado.

Não seguro o riso. A relação de amor entre Alexsandro e Ivan é linda. Claramente eles se amam, e isso os fazem se odiar.

Aron parece apreensivo, não diz nada o caminho todo, mas vi quando seus olhos se arregalaram ao ver Alexsandro tirar a pistola de dentro do porta-luvas e colocar entre as pernas.

Não é uma ameaça a ele, Alexsandro nunca ameaça duas vezes, nunca. É mais por precaução. Meu padrinho nunca anda sem alguma arma que esteja ao seu fácil alcance. Assim como minha madrinha e os restantes dos padrinhos.

|A r o n|

Estou pensando se realmente vale a pena continuar com essa ideia doida da Selena. Por que o cara tem uma arma dentro do carro? Ela disse que eles eram empreendedores..

Disse que eram mafiosos antes.. - Relembra minha consciência.

- Não mudou nada. - Selena interrompe meus pensamentos, olhando para fora da janela.

É um casarão. Uma mansão branca gigantesca. Estamos há talvez um quilômetro da casa, mas já é possível vê-la, se destacando em meio ao enorme vinhedo.

Estamos na zona rural de Toscana. Já estive aqui para a prova de alguns vinhos, é um lugar lindo.

Assim que o carro passa pelos portões de ferro que se abrem sozinhos, posso ver homens parados às laterais, com armas enormes e coletes a prova de bala.

O sócio do meu paiOnde histórias criam vida. Descubra agora