|S e l e n a|Deixo Aron no casarão, dormindo. Ainda é bem cedo e tive que sair nas pontas dos pés.
Prometi me encontrar com um antigo amigo em um café no centro de Florença.
Alexsandro tem coisas para resolver na cidade e me dará uma carona até a cidade.Estamos na metade do caminho. Ainda na área rural Toscana. Permaneço com os braços cruzados e quieta. Pensando na merda que isso poderá dar.
Não esse meu amigo, mas essa doida que persegue meu namorado.Meus padrinhos já começaram a se mover ontem mesmo. Frank foi para a França junto com Lola, sua esposa. Vitor também foi, irmão da Lola. Eles são mestres em fingirem ser o que não são. E meu tio Frank consegue tudo que quer apenas com um computador e uma boa internet.
Eles querem ter certeza da morte da tal amiga do Aron, caso a morte se confirme, começarão a procurar quem é a pessoa que está por trás de tudo isso.
- Você está muito calada. - Alexsandro comenta sem tirar os olhos da estrada. - Está pensando naquilo? - Apenas afirmo com a cabeça. - Não se preocupe, princesa. Nada vai acontecer a vocês.
- Mas e se acontecer? - Murmuro. - Não estou preocupada só comigo, tio.
- Não se preocupe com seus pais e seus irmãos também. Ivan e Katarina irão para lá hoje, ficarão na cola da sua família. - Franzo o cenho. Não sabia dessa informação.
- Por que não me disse nada?
- Não queria que ficasse preocupada. Ivan e Katarina irão fingir apenas uma visita despretensiosa. Seus pais não perceberão nada. - Assim que meu tio termina sua frase, passamos pela placa de Florença. As casas já começam a surgir nas laterais das pistas.
- O Gabe sabe do que está rolando. - Digo.
- Claro que sabe. - Alexsandro ri. - Aquele menino é um gênio. Talvez seja útil em algum momento.
- Do que está falando? - Alexsandro aperta os lábios, pensando se diz ou não. - Tio...? - Insisto. Ele suspira.
- Com o Frank na França, Sebastian precisará de outra pessoa tão boa quanto ele. O Gabe... - O corto, já sabendo onde ele quer chegar.
- Nem pensar. - Sou ríspida. - Ele é só uma criança.
- Uma criança que invadiu os dados do FBI, Selena. Só não deu merda porque seu pai é um filho da puta bilionário.
- Para que o Sebastian precisaria do Gabe?
- Para invadir outras áreas governamentais, é óbvio. - Ele diz normalmente, dando de ombros. - Caso não consigamos achar a filha da puta maluca. Vamos fazer o jogo virar.
- O que vocês têm em mente? - Questiono, desconfiada, mas animada. Sempre quis participar de uma dessas "missões" deles, é claro que nunca deixaram.
- Mudaremos as informações da investigação. Plantaremos outras provas ou até mesmo exposaremos algum crime de fraude que a família que está chantageando o Aron possa ter cometido. - Abro a boca, chocada. - Se não conseguirmos fazer justiça de forma legal, então vamos fazer do jeito divertido e ilegal.
- E se dar merda? - Sussurro. Alexsandro sorri, diabolicamente.
- Vai dar. Mas não para nós. - Ele olha para mim, parando o carro. Já chegamos no centro. - Eles mexeram com a garotinha errada. - Seus dedos apertam meu queixo. - Se eu precisar matar cada um desses filhos da puta, eu vou.
- Obrigada, tio.
[.....]
A cafeteria é pequena e bem italiana. O cheiro de pão e café inundam meu nariz assim que passo pelas portas francesas.
Minha boca chega aguar ao olhar as esfirras mais gostosas que já comi na vida.
Simplesmente amo a Itália e sua culinária.- Selena! - A voz de Francesco se sobrepõe às esfirras que tinham minha atenção. Viro a cabeça, procurando por ele.
Acho Francesco na lateral do café, sentado ao lado da janela e balançando o abro ao alto da cabeça. Sorrindo para mim.
Estou feliz em vê-lo novamente. Francesco e eu nos conhecemos há quatro anos em Ibiza.
- Como está, bambina? - Ele me abraça. Me embriago com o perfume amadeirado que exala dele.
Francesco é extremamente atraente e muito cheiroso. Eu me atraí de primeira assim que coloquei meus olhos nele há quatro anos, até que...
- Não tão bem como gostaria. E você, como vai com o Eliot? - Nos sentamos. Francesco revira os olhos, suspirando.
- Nada bem também. Ele está extremamente ciumento de uns meses para cá. Não sei o motivo.
- Já tentou conversar? - Ele assente.
- Já. Ele não diz o motivo. Fala que é apenas... Cuidado. - Franzo o cenho.
Nunca gostei do namorado dele, sempre o achei muito invasivo. - Acho que não aguento manter esse relacionamento. Estou sufocado.- Sinto muito. - Seguro em sua mão, tentando passar confiança. - Faz o que o seu coração mandar.
- Farei, bambina. Farei. - Ele sorri. - E você, soube que está com um dos Gerard.
- Um dos Gerard? - Franzo o cenho, confusa. - Achei que houvesse apenas um Gerrard.
- Me refiro ao Gerrard herdeiro. Há mais dois Gerrard's, primos de Aron Gerrard. Todos lindos. - Francesco sorri, safado. - E você fisgou logo o melhor.
- O Aron é incrível. - Suspiro. - Acho finalmente que acertei na escolha.
- Ele era bem galinha, vivia em sites de fofo... - Francesco para assim que percebe minha expressão. - Desculpe, Selena. Não foi minha intenção.
- Tudo bem. - Reviro os olhos. - Não é bullying se é verdade. - Forço um sorrisinho.
- Ah, querida. Não se chateie. Eu sou um idiota. Continue falando sobre seu príncipe.
- Bom... Ele é perfeito. Me trata como uma rainha e é fodidamente bom de cama.
- Estou com inveja. - Ele murmura e acabo rindo.
- Se me lembro bem. Você falava bastante de como o Eliot é bom.
- Ah, e é. Acho que aquele pau é a única coisa que me prende aquele macho, amiga. - Não aguento segurar a risada. - O que foi? É sério...
[....]
Algumas horas depois, quando já está no meio da tarde e estou apenas esperando Alexsandro chegar, meu celular apita com uma nova mensagem.
Provavelmente de Aron. Ele já me mandou dezenas delas. O coitado está sendo brutalmente interrogado pela Margarita.
Mas assim que abro a mensagem, meu corpo todo se arrepia e um medo se apodera de mim.
" Você não seguiu meu aviso. Terá consequências. Tenha boa estádia na Itália, poderá ir para qualquer país, não fugirá de mim."
" Semana que vêm é aniversário do priminho ruivo, não é? Será que ele vai gostar do meu presente? "
- Selena? - Levanto a cabeça, olhando aborrecida para meu padrinho, que me encara com preocupação.
- Se for matá-la, me dê a honra de atirar primeiro. - Rosno.
Eu vou pegar essa vadia.
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O sócio do meu pai
عاطفية[LIVRO CONCLUÍDO] [SEM REVISÃO] Aron Gerard representa muitas coisas, mas com certeza a melhor palavra para o definir é "pecado". "Junto a homens poderosos, há problemas igualmente grandiosos" - já dizia a mãe de Selena. Mas como resistir a ele? ...