16 - Rede de apoio por Santino Peixoto

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Estou apaixonado

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Estou apaixonado. Isso é um fato. Os dias passam e quero ficar cada vez mais perto do Kleber. Também descobri mais sobre o que gosto e não em um relacionamento, por exemplo, adoro quando ele beija o meu pescoço, mas detesto que acaricie minhas orelhas. Vai entender, né?

Ainda não chegamos naquele momento, só que não tenho pressa. As coisas acontecem organicamente, dessa forma, tenho a chance de me surpreender.

Os dilemas de uma ficada passaram 'anos luz' de mim. Na minha adolescência, o máximo que cheguei perto de outro homem foi quando o Renan me prendeu dentro de um lixeiro com o Rafael, outra vítima de bullying.

Parando para analisar o meu currículo de humilhações, percebi que o Renan sempre teve voz ativa para com o Sérgio, mas porque ele nunca lutou contra esse sentimento ruim?

Outro pensamento que me atingiu foi sobre o grau de dificuldade do ensino superior. A faculdade era mais complexa do que imaginei, os prazos ficavam mais apertados e precisávamos lidar com professores exigentes, pelo menos, no curso de design é assim.

Fechei minha parceria com a Giovanna, porém, estávamos nos desdobrando para entregar um trabalho de Teoria da Cor. Deveríamos produzir uma mandala separando as cores quentes e frias.

O Ponto de encontro ficou sendo a casa dela, apesar de ser uma bagunça, no bom sentido que a palavra bagunça possa ter. Não sei explicar, mas existe uma energia positiva naquele espaço.

Em uma quinta-feira chuvosa, finalmente pude conhecer o Zedu. Ele era um homem bonito e alto, a pele morena ficava em evidência sobre as roupas claras.

Passei dias stalkeando o Yuri e Zedu, então, o sentimento era tipo conhecer uma celebridade. Diferente do namorado, o Zedu, que descobri se chamar José Eduardo, não tem muitos pelos e zero barba. Sua fala é mansa e clínica.

Ele estava sentado em uma poltrona, de frente para Giovanna e eu. Conversamos sobre diversos assuntos aleatórios. Não demorou muito e o Yuri chegou e sentou no braço da poltrona.

Realmente, os dois eram fofos juntos. Um completava o outro. Será que o Kleber e eu seremos assim no futuro? Eu queria muito que isso se tornasse realidade, um namorado para cuidar de mim. Os meus pensamentos são massacrados pela Giovanna que contou toda a minha história para o seu irmão e o namorado dele.

A Giovanna era o tipo de pessoa que não tem medo de emitir sua opinião sobre qualquer assunto, no caso, o meu relacionamento com o Kleber. Ela explicou para os dois que estávamos saindo há semanas e nada de rolar um pedido formal de namoro.

Eu travei, quase um sistema de defesa natural do meu corpo. Não conseguia pensar em nada para dizer. Eles esperaram o comentário meu sobre, porém, escutaram apenas o cricrilar dos grilos, que faziam a festa após a chuva.

— Bem, talvez ele esteja nervoso. — soltou Zedu pegando na coxa de Yuri e apertando, simbolizando uma troca de palavras.

— Sim. Santino, olha, todo mundo tem o seu tempo. Não foi fácil fisgar esse 'peixão' aqui. — passando os braços em volta do pescoço de Zedu. — Ainda mais que o Zedu não era assumido.

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