24 - Relações por Santino Peixoto

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Estou no céu

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Estou no céu. O universo poderia acabar hoje e eu morreria feliz. Ok, talvez seja um drama demais, não acabe o universo, por favor. Ainda tenho muitas coisas para viver e conquistar. Enfim, não estranhe a minha animação, nunca recebi uma surpresa de namoro.

Com todo o êxtase que o Kleber me causou, acabei sendo mais incisivo que o normal e fiz uma promessa em seu ouvido: "Estou preparado, Kleber. Eu quero você por completo". Acreditam que eu, Santino Peixoto, falei isso para o meu namorado? Eu não estava mais reconhecendo as atitudes que tomava. As palavras saíram naturalmente, não consegui evitar.

O rosto de Kleber se iluminou. Depois que a excitação passou, o medo tomou conta do meu ser. Como eu prometi isso? A gente tomou uma taça de vinho e jantou sob a luz das estrelas. Depois de um tempo, o papo entre nós fluiu e fiquei mais tranquilo.

Estávamos sentados no chão, com taças em nossas mãos e rindo de algumas piadas do Kleber. De longe, via um movimento na casa da família de Giovanna. Será que eles estavam fuxicando ou assistindo ao nosso encontro? Espero que não. Sou muito tímido para que meus amigos assistam aos meus encontros.

— Você está gostando, mozão? — ele perguntou, deixando a taça de lado e fazendo carinho no meu rosto.

— Demais. É a melhor surpresa de todas, Kleber. Eu não sabia que você podia ser tão romântico. — respondi sendo sincero e recebendo um sorriso envergonhado do meu namorado.

— A ideia surgiu aos poucos, porém, os nossos amigos ajudaram demais. Sem eles, eu não conseguiria. E por você, Santino, vale a pena ser romântico.

Que declaração. Que beijo. Eu, realmente, estava no céu. Os lábios de Kleber pareciam ser feitos sob medidas para mim. Não sei explicar, mas nossas bocas combinam. Deitamos e usamos alguns travesseiros para apoiar a cabeça.

Comecei a explorar cada parte do Kleber. Usei minhas mãos para tatear. O Kleber fazia a mesma coisa, um pouco mais afoito do que eu. É tão bom não ter medo de expressar nossos sentimentos e excitações.

— Acho bom a gente não exagerar. — pediu Kleber ofegante, após uma sessão de beijos e carícias.

— Verdade. Olha, só o Kleber Viana sendo o controlador da relação. — brinquei apertando a bochecha dele.

— Vamos encarar a galera? — ele perguntou levantando e me estendendo a mão.

— Sim.

Depois que a adrenalina baixou, o Santino vergonhoso apareceu. Enzo, André, Zedu e Giovanna jogavam baralho na varanda. Eles começaram a fazer algumas piadas sobre o casal apaixonado saindo do ninho de amor. Isso é quase nada, se comparado ao bullying que eu sofria na escola.

O Kleber foi no carro pegar as nossas bolsas, aparentemente, ficaríamos o final de semana no sítio. Sentei ao lado da Giovanna que me encheu de perguntas, usando nossa telepatia, claro.

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