26 - Ciúmes de você por Santino Peixoto

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Um abraço forte e apertado

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Um abraço forte e apertado. O professor Francisco abraçou o Kleber. O meu peito ardeu por um tempo. O que será que está acontecendo dentro de mim? Juro, tive vontade de vomitar quando vi essa cena. A Giovanna percebeu e me levou para um lugar mais reservado.

— Que idiota. — roguei andando de um lado para o outro ofegante. — Quem ele pensa que é para abraçar o namorado dos outros assim? O que eu faço? O que é isso que estou sentindo?

— Amigo. Isso é ciúme. E, olha, nunca te vi assim antes. Parabéns. — explicou Giovanna batendo palmas.

— Ei, tá tudo certo? — perguntou Yuri se aproximando. — Percebi que você não gostou do carinha abraçando o Kleber.

— Mano do céu. Estou com medo do Santino ciumento. — disse Giovanna, um pouco mais dramática que o necessário, nos fazendo rir.

— Ei, mana. Posso bater um papo com o Santino?

— Claro, vou paquerar os caras de sunga. O que não são comprometidos e nem gays, claro. — Giovanna afirmou saindo.

Eu não sou um cara ciumento. Na verdade, nunca tive a oportunidade de ter ciúmes. Lembrei do meu primeiro encontro com o Kleber que ele ficou com ciúmes do vendedor de miçangas. Então, é esse sentimento ruim que nos deixa ciumento? Eu não gostei dele. Não gostei nada dele.

— Ei, você sabe que o Kleber é louco por você, né? Eu consigo ver através dos olhos dele. — o Yuri comentou sentando e batendo no lugar ao seu lado.

— Eu sei, Yuri. Porém, eu não gostei de ficar com ciúmes. Nunca estive em outro relacionamento, tenho medo de trocar os pés pelas mãos e machucar o Kleber. Eu vi que ele não gostou de ser abraçado pelo Francisco. — expliquei, sentando ao lado do Yuri e respirando fundo.

— Você conhece o carinha?

— Sim. Ele é o professor responsável pelo clube de arte. Agora nem sei como vou olhar na cara dele e...

— Santino. Você não pode fazer nada precipitado. Converse com o Kleber. Vai por mim, a melhor arma para qualquer relacionamento é a conversa. — Yuri me orientou e pediu para eu ter calma nos meus julgamentos, ainda mais quando se trata de outros homens dando em cima do meu namorado.

— Yuri, obrigado. — agradeci o abraçando.

— Agora vamos torcer pelo teu boy? — ele perguntou levantando e me dando a mão.

— Vamos.

Eu não sei como organizar esses sentimentos. É uma mistura de raiva, tristeza e confusão. Cheguei a tempo de assistir a segunda competição do Kleber. De acordo com o André, essa seria a mais difícil, pois seria de revezamento e em quatro estilos diferentes. Eu não sei o que deu em mim, mas segurei o cartaz para cima e gritei: "VAI MOZINHO!!!".

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