"Souvenir" - IMAGINE JEON JUNGKOOK - FANFIC FINALIZADA

Cologne

NOTAS INICIAIS:

Oi amorzinhossss!Mais um capitulo meio termo, meio fofo, mas com revelações!

CAPÍTULO 37

AUTHOR'S P.O.V

Jungkook não estava bem. Na verdade, ele estava bem mal com aquela situação. Júlia tem sido ótima na vida dele desde que apareceu. Desde aquele dia na boate, quando ela ajudou ele a se livrar de um tremendo escândalo, sentiu que estava prestes a entrar em algo diferente. De fato, ela foi diferente. Conseguiu fazer ele se abrir e se livrar de problemas do passado, diminuir a quantidade de bebida alcoólica que consumia e até melhorar seu humor e sua vontade de treinar na vida de idol. As músicas que ele escrevia estavam mais alegres e durante as entrevistas seus olhos costumavam brilhar de felicidade quando alguma pergunta o fazia lembrar dela. Ele se sentia mais seguro e o mesmo com ela. A brasileira tinha o idol como seu parceiro pra qualquer hora, apesar de "qualquer hora" não ser algo que coubesse na agenda dele. Se pelo menos assumissem isso ao mundo, tudo seria mais fácil e conseguiriam mais tempo um para o outro. Entretanto, se só com esse episódio do Run BTS o army reagiu assim, ele tinha medo em saber como seria se soubessem da verdade e além disso tudo, não queria ver ela se machucando e por isso não magoou ela com sua real preocupação com esses comentários maldosos.

Enquanto Jungkook dirigia até a Big Hit para a sessão de fotos, Taehyung e Namjoon já estavam na empresa. Aproveitando o momento, Bang PD resolveu comentar com os dois quanto ao recente rumor:

- Viram isso? O army acha que o JK tá namorando aquela brasileira! – Riu com o celular na mão e mostrou para os meninos ali. – Que absurdo! Até parece que Jungkook e ela... Os dois... Nem combina. – Suspirava e ria mais para si mesmo que para eles. Os dois se entreolharam discretamente e engoliram em seco. Não podiam falar nadinha, para não levantar suspeitas. – Vocês acham que esses rumores vão continuar?

- Ahm... – Tae gaguejou. – Não sei.

- Não! – Namjoon disse assustado. – Eu acho que... eles... – Diminuía o tom de voz conforme falava. – Eles não devem ter nada, eu acho. É o que eu acho. – Com certeza mentir não estava entre as coisas que Nam sabia fazer bem, mas felizmente Hitman estava tão imerso em suas loucuras que mal notou.

- Enfim... – Deu de ombros. – Tanto faz, esses rumores vão acabar depois do Grammy.

- Como assim? – Tae perguntou, pensando que o chefe poderia estar planejando um escândalo para ocultar outro.

- Aguardem e vejam, meninos... – Disse o mais velho, com um sorriso no rosto.

[...]

Júlia terminou sua corrida e de comprar seu cigarro e foi pro apartamento dela. Por mais que ela adorasse ficar com Jungkook o tempo todo e ter passado mais tempo no apartamento dele do que no dela, sabia que os momentos de estresse tinham que ser passados sozinhos. Ela sabia que o dia dele seria longo e ocupado, então apenas aproveitou para cuidar de si e ao longo da tarde ela cuidou da pele, das unhas, do cabelo, assistiu sua série favorita e quando a noite foi chegando, entrou em seu estúdio para desenhar qualquer coisa que surgisse em sua mente, mas antes fumou não um, mas dois cigarros.

Apesar de ter cumprido a promessa que havia feito à Jungkook. de não ver o que falavam dela na internet, sua cabeça se manteve naquilo, martelando dolorosamente em seu consciente. Ela já havia preparado todas as tinhas e pincéis e vestido sua camisa de tinta. Estava pronta para começar a pintar quando ouviu a campainha tocar:

- Quem será essa hora? – Falou sozinha indo em direção à porta. Abriu e viu que era Jungkook.

- Oi, amor. – Ele disse e a beijou como cumprimento. Entrou depois de deixar os sapatos e ela o olhava feliz, mas confusa. Ainda não tinha se acostumado com o fato de que namorava ELE e muito menos com ele a chamando de "amor".

- Oi, Jungkook. – Ela riu vendo ele entrar e mexer na geladeira. – Achei que fosse acabar mais tarde lá na empresa.

- Eu também. – Suspirou e pegou uma garrafa de água. - E eu ainda fiquei pra ensaiar um pouco, meu corpo tá meio dolorido. - Seus cabelos ainda estavam úmidos, pois tinha tomado banho a pouco tempo e cheirava ao sabonete de neném que gostava de usar.

- Ah, Jungkook, não precisa de tanto esforço. - Ela chegou por trás dele e cheirou seu pescoço limpo. - Você é ótimo no que faz.

– Você não ia parar de fumar? – Perguntou para desviar do assunto, agora encarando ela.

- To cheirando? – Questionou e ele concordou com a cabeça. – Ah, desculpa. – Ela ficou envergonhada. – É que... Eu to nervosa.

- É um daqueles momentos em que você gosta de estar sozinha, né? – Perguntou, mas não obteve resposta. Ela apenas o soltou e se afastou minimamente. – Quer que eu vá embora?

- Não. – Ela respondeu baixo, se aproximou novamente e estendeu a mão para ele segurar. – Eu to no estúdio, fica lá comigo. – O puxou e guiou até lá. Ele se sentou numa cadeira que havia no local e ela se sentou em outra na frente dele, onde estavam seus materiais.

- Quer que eu faça uma massagem? – Perguntou puxando o pé dela pro seu colo, mas ela puxou de volta.

- Não. – Ela respondeu rindo. – Quero que você fique quietinho aí. Vou pintar você no quadro. – Olhou pras tintas, tendo suas ideias. Brincando, Jungkook fez uma pose engraçada e fez a brasileira gargalhar. – Não! Assim não, amor. – Disse a última palavra espontaneamente. – Fica olhando pro portfólio! Fica folheando ele... Isso. – Admirou o namorado por um tempo e começou a pintá-lo na tela, fazendo os detalhes que ela mais gostava nele: o cabelo liso e comprido, os piercings na orelha, seu nariz, suas sobrancelhas grossas. – Tá faltando alguma coisa... – Suspirou ao parar o que fazia. – Tira a camisa. – Pediu. Queria desenhar as tatuagens. Essa sim, essa era sua parte favorita nele. Jungkook tirou a camisa e escondeu um gemido de dor muscular, mas Ju notou. - Já tomou remédio pra essa dor? - Questionou. Ele voltou a fazer a pose anterior, não gostava de falar disso. Ensaiava o quanto achasse necessário, sempre foi assim. Ela ignorou, continuou o trabalho e as vezes se distraia por ficar admirando o corpo dele.

- Onde você aprender a desenhar? – Perguntou ele, admirado com a pasta de desenhos.

- Aprendi sozinha. – Respondeu concentrada no que fazia. – Fui treinando, sabe? Quando eu era mais nova, eu desenhava todo dia, gostava de fazer retrato das pessoas.

- Tipo o que você tá fazendo agora?

- É... Mais ou menos. Eu fazia em um estilo um pouco diferente, mas se eu te visse na rua na época, com certeza te desenharia. Você tem um rosto bonito. – Ele corou e franziu o nariz depois de ouvir. – É sério. Esse seu jeito, assim. Tatuado, com piercings, cabelo comprido, mais velho... É o tipo de menino que eu gostava na adolescência. – Ela estava tão focada em desenhar ele, que nem pensou em medir as palavras pra responder as perguntas de Jungkook.

- Do tipo bad boy? – Ele riu.

- Se tem uma coisa que você não é, essa coisa é bad boy. Você é o menino mais doce que eu já conheci. – Respondeu e riu também. – E é por isso que eu gosto. – Espiou por cima do quadro para ver se ele iria corar. Seu rosto sempre ficava vermelho quando ouvia ela falar isso e mais uma vez, ficou.

- Eu gosto de você porque você é brava. – Admitiu, rindo.

- Eu não sou brava.

- Você é sim. – Ele virou o rosto pra ela. – Bravinha e gótica. Por isso eu gosto. – Em resposta, Júlia revirou os olhos e voltou a pintar o idol que tanto gosta. Pra evitar o silêncio, JK cantarolou algumas músicas e esperou ali para que ela terminasse.

- Pronto. – Ela disse.