Falling down

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JULIA’S P.O.V

Eu fui com a estilista para um PUB e ela parecia estar com muita dó de mim. Bebi muitos copos de cerveja, de vodka e até algumas mimosas e talvez por isso o sotaque forçado dela estivesse me irritando:

- Senhorita, você não devia beber tanto assim, vai ficar com a pele horrível e com dor de cabeça. – Me disse tirando o copo da minha mão. Eu estava com o corpo mole e não consegui pegar ele de volta.

- Nesse estado é legalizado? – Eu disse com a voz estranha de uma bêbada e ela me olhou confusa. – Sabe? Umzinho. – Imitei o movimento do cigarro com os dedos no ar. – Ah, qual é, eu sei que tem alguma loja por aqui. – Bati em seu ombro, mas ela me olhou incrédula.

- Não! Olha bem pra mim, acha mesmo que faço esse tipo de coisa?

- Se não for ajudar, não atrapalha. – Eu me levantei com esforço do banquinho em que eu estava sentada, quase caindo. Peguei minha carteira, deixei uma quantia qualquer de dinheiro no balcão e coloquei um pé na frente do outro pra sair dali.

- Espera! Eu conheço, conheço uma loja! – A britânica me disse e me segurou para andar, o que eu involuntariamente eu aceitei.

[...]

Minha mente havia apagado completamente e quando percebi vomitando os litros de bebida que eu havia tomado em cima de um caríssimo tapete árabe. Ao meu lado, estava aquela britânica esquisita segurando meu cabelo:

- Isso querida, joga tudo pra fora. – Me dizia dando tapinha nas costas. Eu terminei meu vômito e limpei a boca com as costas da mão.

- O-onde a gente tá? – Questionei e coloquei a cabeça no encosto daquele sofá em que eu estava, minha visão ainda um pouco embaçada. Não estava completamente sóbria.

- Eu te trouxe pra minha casa. Você me pediu maconha de novo e começou a vomitar. – Disse calmamente.

- De novo?

- Ah sim. Eu falei que te levaria pra loja comprar a droga, mas era mentira. Você estava bêbada demais pra qualquer coisa. Aí te coloquei no meu carro e você começou a me contar sobre seu relacionamento com Jungkook e...

- Eu o que? – Interrompi o que ela dizia. Eu estava muito sentimental.

- Sim sim. Você gosta muito dele e eu achei injusto o que Hitman fez com vocês. Tipo, só fez o menino sumir sem dar explicação e ainda criou um rumor falso de namoro com uma famosa, que loucura! E quer saber? Acho que ele deixou seu vestido aqui de propósito... – Eu a olhei. Parecia estar sendo honesta e não querer mal à mim. Pelo menos uma notícia boa, agora eu tinha alguém. – Mas pode contar comigo, tá bem? Pode ficar aqui o tempo que precisar. Sua mala tá no meu carro. – Se levantou sorridente. – Só limpa isso, por favor. – Apontou para meu vômito e se pôs a sair para me deixar sozinha.

- Espera. – A encarei. – Onde está meu celular? – Procurei pelos bolsos e não o encontrei.

- Coloquei pra carregar ali. A bateria tinha acabado. – Mostrou uma das tomadas e eu agradeci com um aceno antes de vê-la sair. Dormiria apenas essa noite aqui, já que estava sem o hotel e procuraria um avião para voltar à Coreia do Sul no dia seguinte, o quanto antes. Fui até meu celular e vi que já eram duas e pouco da madrugada e que tinham muitas chamadas perdidas do Jungkook. Me assustei, o que de ruim (porque eu já tinha esperanças de receber boas notícias) poderia ter acontecido? Retornei a ligação umas mil vezes, mas nada acontecia além de uma longa chamada sem resposta. Agora desesperada, pesquisei na internet sobre o Festival de Cannes, que já havia chegado ao fim à essa hora. Jungkook não estava lá. O único desaparecido do Bangtan. E eu já conhecia os meninos bem o suficiente pra saber que aquelas feições que faziam nas fotos não eram de contentamento, mas de preocupação. Sr. Park estava com os olhos inchados e o rosto vermelho. Esteve chorando, com certeza. Mas onde está Jungkook?

"Souvenir" - IMAGINE JEON JUNGKOOK - FANFIC FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora