"Souvenir" - IMAGINE JEON JUNGKOOK - FANFIC FINALIZADA

Round and round

NOTAS INICIAIS:

Oi gente, vcs estão bem?

Vamos descobrir como eles vão sair dessa neve...

CAPÍTULO 32

JÚLIA'S P.O.V

Não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Foi tão rápido, praticamente instantâneo. A neve cobria praticamente metade da porta, mas eu já estava suficientemente irritada com Jungkook. Não tinha a menor ideia de onde ele tinha tirado aquilo de eu me "incomodar por termos que nos esconder". Ele roía as unhas de nervosismo, provavelmente pensando no que fazer, mas não queria olhar pra mim e por isso focava na loja em que fui buscar os donuts, que já havia fechado:

- Jungkook? – Chamei, o tirando de seus pensamentos. Eu queria pedir desculpas pelo jeito que falei do army, sei o quanto aquilo o machucou, afinal, ele literalmente tatuou o nome do fandom, mas eu não consegui. Não consegui porque sabia que o que eu tinha dito era verdade, por mais mal educada que eu possa ter sido. – Não vai comer? – Levei a caixa com os doces em seu colo para que escolhesse um, mas ele me devolveu.

- Perdi a fome. – Respondeu voltando a roer as unhas e eu revirei os olhos. Era necessário paciência, coisa que eu não tinha nem um pingo nessa situação.

- O que você quer que eu faça? - Falei mais alto do que devia. - Que eu peça desculpas? Então me desculpa por ter falado daquele jeito do army, mas eu não vou me desculpar por falar que nós temos que nos esconder por causa delas, você sabe que é verdade! – Disse brava e de uma vez só. Ele estava visivelmente triste e eu fiquei com um pouco de dó nesse momento, talvez não devesse ser tão dura.

- Ju, você não está percebendo que eu estou inseguro? – Dessa vez, ele virou o rosto para mim. Suas pálpebras estavam pesadas em seus olhos e revelavam o quão cansado ele estava. Ele vêm ensaiando tanto, mais do que o costume. Eu deveria ser um dos momentos bons e de descanso dele, por que estou agindo assim? – Por que você está nervosa desse jeito? – Me disse e imediatamente comecei a me culpar. Eu estava nervosa e confusa, era tudo novo pra mim e eu nunca gostei que duvidassem das minhas atitudes. Lembrei também do relacionamento passado de Jungkook, motivo mais que suficiente pra ele ser tão inseguro. Eu estava sendo injusta.

- Ah, JK. Eu não sei porque você tá me questionando umas coisas tão aleatórias e ainda fazendo essa cara feia pra mim. – Franzi as sobrancelhas para encará-lo, mas ele havia desviado o olhar. Definitivamente não somos bons com discussões. – Olha pra mim. – Pedi e estiquei meu braço até sua nuca com longos cabelos o cobrindo. Ele cedeu ao gesto e me olhou com seus grandes e pedintes olhos de boneca. O encarei com a cabeça encostada no banco.– Eu aceitei namorar com você já sabendo de todos os problemas, JK. Sabia que teríamos que nos esconder, sabia do seu medo de se relacionar, da pressão do seu chefe... É claro que eu não gosto disso tudo, mas eu gosto de você. Gosto muito. Foi por isso que eu aceitei. Não faz sentido eu reclamar agora... Eu me acostumo. – Suspirei e sorri sem mostrar os dentes. – E outra, já pensou em como seria se eu e você assumíssemos? Que doideira? – Continuei e ele também encostou a cabeça no banco, ainda a me olhar.

- Acho que... – Começou a responder calmamente. – Eu queria que nós dois pudéssemos sair de verdade. Olha isso! - Ele apontou pro painel do carro. - Estamos dando uma volta por Nova York dentro de um carro! É horrível. - Suspirou e colocou a mão em minha coxa. Ele gostava de me tocar, para ter certeza de que eu estava ali. - Talvez eu esteja mais incomodado em ter que me esconder do que você. – Explicou e eu concordei com a cabeça.

- Mas tem que ser assim, Jungkook. Pelo menos por enquanto. – Disse ao tirar minha mão dele para abrir a caixa com os donuts. – Fica tranquilo e come uns donuts, vai. – Escolhi um deles e levei até sua boca. Ele mordeu arregalando os olhos, igualzinho costuma fazer quando bebe água. Enquanto ele mastigava, consegui, finalmente, falar. – Me desculpa por ter ficado brava, tá? – Pedi e dei um beijinho em sua bochecha. Em resposta, ele abriu a boca e olhou para o donut, indicando que queria que eu continuasse a dar comida na boca dele. – Ah, folgado. – Eu ri, mas já fazendo o que ele queria. Era mesmo um bebê.