~ El Oásis 6° temporada~

- Capítulo treinta y dos-

[...]

Aos poucos Zulema ligava cada peça em sua cabeça, e tudo levava a mesma á conclusão de que Villanele só a usou para lucro próprio, fazendo de Zulema um alvo fácil.

- Uau que surpresa. - Zulema diz em negação. - E eu caí... Admito isso, eu me entreguei á você, te entreguei meu corpo e você só me usou. - A mesma diz demonstrando imensa decepção. Macarena por sua vez, observava tudo com uma expressão caótica, não fazendo ideia do que estava acontecendo ali.

- Eu não posso fazer nada... - Villanele diz em um tom melancólico. - Isso tudo poderia ser evitado, mas eu também me entreguei a você...  - A mulher diz, enfraquecendo seu braço aos poucos.

- E oque eu faço para reverter tudo isso? Me diz... Qualquer coisa, eu faço. - A árabe se aproxima da mulher lentamente. - Eu disse qualquer coisa. - A mesma diz por fim fitando os olhos de Villanele.

A loira enfraquecia cada vez mais seu braço, descendo o mesmo sem nem ao menos perceber. Zulema aproveita a deixa para desarmar a mulher a qual havia caído facilmente em seu discurso ensaiado.

- Filha da puta! - A loira diz ao ser desarmada por Zulema, que agora mirava o objeto á sua cabeça.

- Você pode ter muita sorte ou muito azar. - Zulema dizia ainda com a arma apontada para a cabeça da mulher. - E no seu caso, você teve um puta azar.

- Sabe que não vou ir antes de terminar o meu trabalho, não sabe? - Villanele diz sem demonstrar medo algum, fazendo Zulema engatilhar a arma.

- Roleta russa, conhece? - A árabe a questiona retirando duas balas do objeto, deixando apenas uma. - Eu vou atirar, e se eu tiver sorte você morre, e se você tiver sorte.... Eu tento de novo até essa bala acertar a sua cabeça.

- Vamos lá Zulema, você não precisa disso, me mate de uma vez! Você não é a assassina? - Villanele questiona com um sorriso estampado nos lábios, desafiando a mulher.

Zulema respira fundo torcendo seu pescoço, logo, a mesma dá início á sua brincadeira, apertando o gatilho pela primeira vez.

- Olha. - A árabe sorri. - Tá com sorte hoje. - A mesma diz antes de engatar o segundo tiro.

Villanele não espera pela segunda chance, e em pouco tempo a mesma já se via voando no pescoço de Zulema que reage, entrando em uma luta corporal com a loira.

Um soco certeiro é lançado sobre o rosto de Zulema inúmeras vezes, fazendo a mulher soltar a arma sobre a pia do banheiro. A mulher tenta a todo custo reagir, e impulsionando sua cabeça para frente consegue acertar o rosto de Villanele, fazendo a mulher perder seus sentidos por poucos segundos.

Logo, a porta do lugar se abre, e por ela, entra uma mulher de meia idade com seu filho, a mesma expressa uma reação espantada, logo saindo correndo pelos corredores gritando pelos policiais de plantão.

Mas nada disso impede Villanele de conseguir pegar a arma sobre a pia, logo se jogando por cima de Zulema a qual tinha o rosto totalmente machucado. Com a mão em seu pescoço, preensando o mesmo sobre o chão, a loira consegue mirar o objeto diretamente na testa de Zahir, a qual tinha as veias saltadas pela região e o rosto totalmente avermelhado.

- Vamos ver quem está com sorte hoje? - A loira questiona, rapidamente apertando o gatilho pela primeira vez. - Mais uma vez, não foi isso que disse? - A mulher dizia ainda com sua mão sobre o pescoço de Zulema a qual não tinha mais forças para tirar a mulher de cima de si.

Antes que o gatilho fosse apertado pela terceira vez, Macarena se joga por cima de Villanele, fazendo a mesma cair ao lado de Zulema. A loira lança socos pelo rosto da mulher a qual reage segurando os cabelos de Ferreiro, na tentativa de enfraquecer-la, oque foi totalmente falho. Segurando a gola de sua camisa, Macarena a encara nos olhos por alguns segundos.

- Você vai salvar a vida dela, não vai? - Villanele questiona ainda diante a mira de Ferreiro. - E pra que? Para ela te largar novamente? - A mesma gargalha. - Ela fodeu com sua vida e você ainda está apaixonadinha por ela. Sinceramente... - Ela diz por fim, fazendo Macarena ver sua vida passar diante seus olhos em fração de segundos, lembrando de todas as vezes em que Zulema traiu a sua confiança.

- Cala a boca. - Macarena diz tremendo sua face.

- Você sabe que estou certa não sabe? - A loira diz. - Sabe oque ela me disse antes de me encher de beijos? Que você era só mais um caso do passado, e que não valia a pena se privar por isso. - Villanele ri, fazendo Macarena negar.

- Essa puta está mentindo pra você Macarena! - Zulema dizia ainda sem sair do chão, regulando sua respiração.

- Eu estou? A mulher que foi capaz de te vender pela própria liberdade, não seria capaz disso? - A loira diz. - Acorda! - A mesma diz por fim, fazendo Macarena pegar a arma atrás de si, e sem pensar duas vezes, apertar o gatilho acabando de vez com a vida de Villanele. A mulher se silenciava, largando seu corpo sobre o chão, desfalecendo lentamente.

Macarena cai sobre o chão, apoiando suas costas na parede atrás de si.  Zulema se levantava lentamente ainda com dificuldade, caminhando até a mulher, envolvendo a cabeça da mesma em seu peito.

[...]

- Cadê elas que não atendem a porra do telefone?! - Saray questionava com seu celular em mãos. - Devem estar fodendo por aí. - A mesma ri, guardando o mesmo em seus bolsos.

[...]

Uma movimentação é notada pelas mulheres atrás da porta do banheiro, a cada minuto os passos iriam se aprofundando, ficando cada vez mais próximos.

- A gente precisa ir agora. - Zulema diz pegando na mão de Macarena, ambas se moviam calmamente para fazer o mínimo de barulho possível. Vendo que ainda não havia ninguém á frente da porta, Macarena faz um sinal para Zulema, afirmando que pudessem sair dali.

Antes de ir embora, Zulema pega as chaves do carro que a trouxe até aqui nos bolsos de Villanele, assim podendo caminhar rapidamente para fora dali.

Em um curto período de tempo, Macarena e Zulema já se viam a um passo da saída do shopping, o trajeto foi feito com cautela, a todo momento Zulema segurava forte a mão da loira que parecia estar em êxtase com tudo isso.

- Não acredito que vamos andar no carro de um cadáver. - Zulema dizia eufórica antes de entrar no automóvel.

Não demora muito para que inúmeras viaturas são avistadas estacionando não muito longe do carro a qual ambas estavam, fazendo Zulema dirigir rapidamente para sair dali o mais rápido possível.

[...]