- Capítulo ocho -

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[...]

Acordo em mais um dia, mas desta vez, ansiosa e confesso que um tanto quanto aflita.

Hoje, para ser mais exata daqui alguns minutos, iríamos finalmente dar o fora daqui. Imagino que não estava nos planos de zulema ficarmos apenas 2 noites aqui, e sinto que a mesma estava triste por não poder se despedir de sua amiga, mesmo que não demonstrasse muito, eu conhecia ela, vivi tempo o suficiente ao seu lado para entender seus momentos.

- Ei. - Logo ouso sua voz surgindo de tras de mim,levando minha atenção toda á ela.

- Presta atenção que eu não vou falar duas vezes.- Ela dizia se assentando sob a cama, e logo completa- Daqui a 15 minutos, um casal chegará aqui, com um carro grande, e blindado, eles vão estacionar nas portas do fundo, para não chamar atenção, e caminharão até o helicóptero, nesse momento vamos por o plano em ação! Vamos sair daqui com o dinheiro e dirigir até um túnel abandonado que deve estar á 700 metros  daqui, bom, foi o que Saray disse. - Ela dizia tudo com precisão e sem muito rodeio, e eu apenas ouvia tudo atentamente - Enfim, quando passarmos pelo túnel, estaremos finalmente livres.

~ E oque acontecerá ao casal? - Era a única dúvida que surgia em minha mente, mesmo sabendo de sua resposta, resolvo questionar-la.

- Bom... Consegui um acordo, eles precisavam do helicóptero e nós do carro deles, então...

~ Então você vai entregar vidas inocentes para serem mortas em nossos lugares?

- Bom, provavelmente serão mortos, mas quando perceberem que não somos nós, já estaremos muito longe daqui.

Após ouvir tudo aquilo, me dei conta do quão filha da puta Zulema estava sendo, matando vidas inocentes, que construíram uma história, não sabia ao menos se tinham filhos, netos, e tudo isso seria levado junto de seus corpos, a preço da liberdade de duas filhas da puta.

~ Você não pode fazer isso... - Eu dizia enquanto me colocava sob meus pés, e andava em círculos naquele quarto.

- Que foi porra? - Zulema dizia se levantando e indo até mim.

~ Matar vidas inocentes! A que custo, uh?

- Porra você é tão ingênua. - Ela dizia se virando de costas, mas logo, por um extinto a qual eu não sei de onde surgiu, seguro seu braço, fazendo a mesma me olhar nos olhos novamente.

~ Eu não sou ingênua zulema, só acho que deveríamos livrar nossas peles sem meter ninguém nisso! - Eu dizia, me recordando de flaca, uma velha amiga que acabou morta por nossa culpa.

- Antes eles do que nós, sim?

~ Porra...

- Deveria relaxar mais loirinha, tá muito tensa, pode fazer mal para o bebê. - Ouso sua voz, que é logo acompanhada por um sorriso sarcástico que se formavam em seus lábios.

Antes que possamos dizer algo, o quarto é invadido por um barulho alto de motor, vindo de fora.

- São eles, vamos! - Dizia zulema, pegando suas armas e pondo em sua cintura, e eu logo faço o mesmo, obedecendo a ordem da mais velha.

Antes que eu possa sair daquele quarto, sinto meu braço ser puxado bruscamente por zulema, que me olhava nos olhos e dizia.

- Não faz nenhuma besteira! - Ela dizia e mais uma vez, se encontrava perto de meu rosto.

Não consegui dizer nada, apenas me solto de seu braço e desço rapidamente para a porta do fundo.

Eu não conseguia raciocinar bem quando zulema me intimidava de tal forma, parecia que ela sabia oque me causava fazendo isso, e pelo visto gostava do resultado.

Logo me encontrava de frente ao grande carro preto que estava estacionado ali, e logo zulema se aproxima do mesmo e sem perder muito tempo abre a porta do automóvel.

Eu sabia que não era certo fazer isso, mas sabia que era necessário, mas eu não podia deixar de avisa-los para que possam pelo menos tentar fugir dessa situação.

Então em um pequeno intervalo de tempo, sem pensar duas vezes, corro em direção á frente daquela grande casa, e de longe avisto o casal que observavam o helicóptero de perto.

Talvez tenha sido muito arriscado fazer isso, mas como disse, não pensei duas vezes, pois se pensasse, teria certeza que não iria sair do lugar.

~ Cuidado!!! - Eu gritava tão alto, que eu mal conseguia ouvir oque estava á minha volta, e de repente tudo fica lento, e minha visão embaralha em pequenos intervalos de tempo.

Me sentia em um filme, onde a pessoa mais vuneravel estava prestes a morrer por conta de uma decisão errada tomada.

Percebo a atenção deles á mim, e logo com a mão na cabeça eles caem no chão, não demora muito para o tiroteio começar ali, e posso dizer que apenas oque eu via era sangue para todos os lados.

Sinto minha cintura ser puxada rapidamente para trás, já imaginava ser zulema, mas eu não queria olhar em sua cara, pois sabia que tinha acabado de arruinar todo o plano, e agora, estávamos fodidas.

- Filha da puta! - É a única coisa que consigo ouvir vindo dela, além dos tiros que eram a única coisa que invadia minha mente.

Eu estava me sentindo fraca, não sabia exatamente o porque, mas depois de alguns segundos, sinto meu abdômen quente e não demoro para perceber que havia acabado de levar um tiro.

Continua....

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora