- Capitulo veintisiete -

1.4K 176 140
                                    

*No dia seguinte*

Macarena desperta rapidamente como se estivesse acabado de sair de um pesadelo a qual poderia de longe ser visto como um dos piores que já teve. A mesma se senta sobre a cama mesmo sem sair de baixo do pano fino que a cobria; a loira passa seus dedos levemente sobre seus cabelos e levando seus olhos ao redor, se recorda aos poucos do que havia se passado na noite passada.

Logo, um barulho invade o local e Zulema entra por aquela porta, segurando uma pequena bandeja com poucos alimentos em suas mãos.

- Dormiu bem? - A árabe se aproxima puxando uma cadeira para perto da cama a qual Macarena ainda estava. - Toma, eu fiz isso para você. - A mesma lhe empurra os alimentos.

A loira não expressa reação, a mesma apenas opta por não olhar Zulema nos olhos, se virando para o lado contrário da cama.

- Olha, eu sei que você tá puta comigo e não vai olhar na minha cara nem tão cedo, mas pelo menos come. - Zahir lhe empurra novamente a bandeja, esperando por alguma resposta da loira.

~ Se você soubesse a vontade que eu tenho aqui dentro, você não estaria tão perto. - Macarena diz finalmente olhando em seus olhos. Zulema apenas move sua cabeça em concordância, passando suas mãos em seu rosto em seguida.

O silêncio toma o ambiente, mas a mente de Zulema permanecia mais ativa que nunca, fazendo a mulher lutar contra seus próprios pensamentos na indecisão de contar ou não toda a verdade para Macarena, tendo a plena consciência de que o ato não adiantaria muita coisa.

- Naquela noite. A primeira noite que passamos na casa da Saray, para ser exata-

~ Zulema, não perde o seu tempo... - A loira dizia ainda carregando a mesma feição de desgosto.

- Eu havia acabado de fazer uma ligação quando você chegou me dizendo o quanto as estrelas estavam lindas... - A árabe diz com certa dificuldade, sentindo seus olhos arderem. - E eu não imaginava o quanto eu me arrependeria segundos depois, por ter feito aquela puta ligação...

[...]

- Quem é, e de onde fala?

~ Eu sei que essa conversa está sendo escutada por muitos de seus homens, então não vamos perder tempo com essa entrevista de emprego, sim?

- O que você quer Zulema?

~ Também sei que você sabe exatamente de onde essa ligação está sendo transmitida, e eu correria um puta risco de vida por estar te ligando, a não ser que...

- Você quer negociar? Zulema sejamos francos, eu já trabalhei com muitos filhos da puta como você, e sei que pessoas desse tipo não fazem acordo, então não gaste meu tempo!

~ Não desliga! Espera... O que eu tenho é valioso, e interessa nós dois. Bom, mais você do que eu.

- Eu não estou com tempo para seus shows Zahir, me diga, oque tem de tão valioso?

~ Tudo bem, tudo bem... Lá vai uma charada, é uma ex presidiária, loirinha, você quase conseguiu ela, mas eu não julgo ela ter escapado, com esses homens aí até uma criança tem vantagens.

- Três... Dois...

~ Que senso de humor mais cruel cherife. Enfim, eu tô com a loira aqui, e estou disposta á vender-la para você poder se vingar da sua filhinha.

- Sem jogos Zulema, deus e o mundo sabem que vocês são parceiras agora, não adianta tentar me enganar.

~ Acha que eu arriscaria minha vida, fazendo essa ligação só para pregar uma peça? Por deus... Olha, eu estou com ela, e ela é toda sua, contando com.

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora