- Capítulo doce -

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[...]

Permaneço ali, sentada, mas agora, sobre minha cama.

Ainda estava meio cedo, então ainda teríamos o dia pela frente, um dia a qual eu não fazia ideia do que iria fazer para passar o tempo. Não era recomendável que nós saíssemos daqui, pois todo cuidado ainda era pouco.

Meus planos, eram ir embora daqui quando melhorar, e bom, hoje eu já estava bem melhor do que ontem, mas ainda não estava cem porcento, então preferi esperar mais alguns dias talvez.

Ouso alguns passos se aproximarem do quarto, e então a porta logo é aberta.

- Precisa tomar seus remédios. - Zulema dizia, me lançando um frasco que contía algumas pílulas.

~ Não vou tomar isso, me deixa grogue. - Eu dizia observando a árabe, que me olhava como se eu fosse uma criança mimada negando uma colher xarope.

- Quer melhorar ou não quer porra?

~ Já sou adulta, não preciso de uma "mãe" para me dizer oque fazer. - Digo colocando o frasco ao lado de minha cama, alegando que eu não iria tomar aquilo.

Vejo a mais velha apenas rir, e mordendo os lábios inferiores, ela se retirava dali.

~ Era só oque me faltava.. - Digo a mim mesma, enquanto me aconchego ao colchão, para permanecer de repouso ali por algumas horas.

Aproveito o momento, para descer minha mão á minha barriga, e acaricío a qual já estava com uma relevância, pois já se faziam algumas semanas que meu bebê estava ali.

Toda vez que me vinha a mente que finalmente poderei ter meu filho, me sinto realizada, pois agora, ninguém poderia fazer nenhum mal á ele, pois eu o protegeria com todas as minhas forças, para que ele cresça bem.

Me pego pensando no que Zulema irá fazer, dessa vez sozinha. Não havia lhe sobrado ninguém, bom, a mim também não, mas estávamos juntas nessa, mesmo as vezes querendo nos matar, estávamos juntas, e isso não durará para sempre, sabemos, pois eu preciso viver minha vida com meu filho, e Zulema não fazia parte disso.

Seria muito difícil para mim, ter que deixar-la depois de tanto tempo juntas, mas era necessário, e nessa vida oque eu mais aprendi, foi que, as vezes o amor não vence, precisamos  aprender a deixar as pessoas também, por mais difícil que seja.


Semanas depois... 

Minha convivência com Zulema estava se saindo bem melhor do que eu imaginava, certo que as brigas ainda eram constantes, mas isso já não era um problema para nós.

Ela dizia que eu estava mais insuportável que o normal, e bom, devem ser os hormônios da gravidez, imagino.

Tudo estava um tanto quanto normal novamente, eu diria. Não dormíamos mais juntas, pois dessa vez, tinhamos duas camas no quarto, e isso facilitou muito para nós duas, já que dividir a cama com zulema não era algo fácil.

Confesso que nos primeiros dias, demorei para me acostumar em dormir sem suas carícias, mas as vezes no meio da noite, ela juntava nossas camas, e para ser sincera, nunca entendi o porque, mas também, nunca falamos sobre isso, e não pretendíamos falar.

Hoje eu finalmente iria atrás de algum lugar para ficar, precisava retomar minha vida o quanto antes, e me acostumar com tudo, para que eu não colocasse meu filho no meio dessa confusão toda que vivo.

Zulema não estava sabendo disso, eu não havia lhe contado ainda, mas sempre deixava claro que um dia isso iria acontecer, e o dia havia chegado.

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora