[...]
Sem pensar duas vezes, Macarena apenas estende sua mão, aceitando assim ser guiada por Zulema até o segundo andar.
Não demorou muito para que ambas se encontrassem dentro do quarto de Zulema, onde havia um pequeno armário com as poucas roupas que as mulheres tinham. Logo, Zulema se dirigiu até as medianas portas de madeira do móvel, e abrindo-as a mulher sacou um biquíni.
- O dia está ótimo para uma piscina. Não acha? - Zahir entregou as peças nas mãos de Ferreiro, que a olhava confusa.
~ Oque é isso Zulema? - A mesma ria. - Temos muito oque fazer hoje, não podemos simplesmente tirar um dia de férias na piscina. - Ferreiro colocava as peças sobre a cama.
- Qual é, loira? Ainda temos muito tempo pela frente, agora põe o biquíne. Eu te espero lá em baixo. - A mesma diz soltando uma piscadela acompanhada de um sorriso travesso.
Macarena suspira e sorri negando, enquanto Zulema se move para sair do quarto.
~ Aonde pensa que vai? - Zulema diminui a velocidade de seus passos. - Se eu vou vestir isso - A mesma se move em passos lentos até Zahir, que permanece imóvel. - Você também vai! - Em um tom autoritário, a loira diz próximo ao ouvido da árabe, que apenas fecha seus olhos sentindo o dedo de Ferreiro passear sobre seu ombro.
- Você vai ter que me matar pra isso. - Zulema diz se virando para encarar Macarena nos olhos. A mesma ri.
~ Isso não é problema para mim. Ferreiro diz, deslizando seus dedos sobre o centro da camisa de botões que vestia Zulema. Macarena podia sentir as batidas do coração da árabe atravéz do pano fino de sua veste. - Está nervosa Zulema zahir? - A mesma sorri mordendo seu lábio inferior.
- Não estou, Ferreiro. - A mesma enfatiza sua última fala. - Não pense que pode me vencer apenas pelo jogo de sedução. - A mesma permanece com seu olhar fixo sobre a loira.
~ Vamos ver. - A loira diz como um sussurro, se aproximando cada vez mais da mulher á sua frente. Zulema, mesmo sem demonstrar, estava completamente hipnotizada, mas o efeito se cessou quando Macarena se move um passo para trás, soltando uma gargalhada.
Zulema deixa escapar um longo suspiro de frustração.
- Tudo bem. Oque vou vestir? - A mesma diz passando a mão pelo rosto.
[...]
~ Quando vai sair daí? - Macarena diz, já farta de esperar Zulema sair do banheiro.
- Nunca! - A mesma grita através da porta.
~ Qual é? Não deve ter ficado ruím. - Macarena tenta abrir a maçaneta.
Logo a porta se abre com brutalidade, e assim Macarena consegue ter uma visão ampla do corpo de Zulema sob aquele biquíne preto a qual ela havia feito a árabe vestir.
~ Ok eu não estava preparada para isso. - A loira umidece os lábios com sua feição de surpresa.
- Eu vou tirar isso. - Zulema logo tenta fechar a porta novamente, mas a mão de Macarena impede a mesma de conseguir por completo.
~ Tá de brincadeira? Isso ficou... ficou... muito bom! Impecável, eu diria. - Macarena diz levantando as sombrancelhas, e gaguejando no meio de suas palavras, tudo por conta da tensão que seu corpo havia ficado pela cena que acabara de ver.
Zulema nada diz, apenas suspira aceitando o fato de que ficaria vestida daquela forma pelo resto do dia. A mesma sai do cômodo deixando a loira para trás. Macarena comemora internamente dando pequenos pulinhos antes de se recompor e sair dali, seguindo zulema até a área externa da casa.
[...]
As mulheres já haviam preparado algumas coisas para poderem passar a tarde sem preocupações. Coisas tais como algo para comerem já que o plano do café da manhã havia ido por água abaixo.
A tarde estava tranquila, depois de finalmente terem uma refeição digna, as mulheres resolveram voltar para água já levemente fria pelo tempo. No início, Macarena não se encontrava com a mínima vontade de nadar naquela tarde, mas só bastou um pedido da árabe para que a loira se rendesse ao passa-tempo. Zulema comemorou abrindo uma das garrafas de vinho que havia trazido junto á mudança.
[...]
O sol já havia se posto e o céu estava coberto por estrelas brilhantes que mesmo sem a luz da lua, iluminavam o ambiente. As mulheres já haviam trocado suas roupas, substituindo seus biquínis por moletons e calça já que uma brisa fria consumia a área que antes era coberta pelo sol.
Ambas se encontravam sentadas sobre a beira da piscina, dividindo um cigarro e tomando uma taça de vinho tinto.
- Acha que ele desistiu de nós? - Zulema dizia pegando o cigarro dos dedos da loira.
~ Ramalla? Eu estava pensando a mesma coisa. - Macarena dizia cruzando seus braços na tentativa de se esquentar já que seu moletom não era o suficiente para o frio que estava fazendo aquela noite.
- Isso assombra minha mente á dias...- A mesma toma um gole de vinho- Não é comum um homem como ele se dar por vencido assim, tão fácil.
~ Não... Ele não se deu por vencido, ainda não. - A loira move sua cabeça em negação.- Ele só está esperando o momento certo para agir. - A mesma retira o cigarro de Zulema, dando um trago no mesmo.
Zulema vira levemente sua cabeça para o lado oposto onde Macarena estava. A mulher respira fundo buscando por forças e logo diz.
- E porque não acabar logo com isso? - Zulema mira seus olhos novamente á Macarena.
~ Que porra tá falando? - A loira diz, confusa.
- Caçar ele... E matar-lo. - Zulema diz, esperando por alguma resposta da loira que permanece em silêncio.
~ Olha só Zulema, eu não sei que merda você fumou ou que droga você usou, eu só sei que, não! Nós não vamos atrás dele.
- Pensa comigo, nessa equação, nós somos o rato, e eles o gato. E você sabe por que o gato nunca vence nos desenhos animados? Simples, por que eles estão sempre na frente, estão sempre tão certos de que estão caçando, que nem ao menos percebem que a isca, são eles. - A mesma diz dando mais uma tragada em seu cigarro.
~ Você está comparando um mafioso chefe, perigoso com um desenho animado? É sério isso? - A loira ergue as sombrancelhas.
- Me escuta, eu só estou dizendo que, nesse caso nós somos caça e eles os predadores. Mas... Se invertemos os papéis, saímos com vantagem! - Zulema dizia com convicção cada uma de suas palavras, e isso assustava cada vez mais a loira.
~ Deixa eu ver se entendi, você quer largar a vida que sempre sonhamos, sem políciais e sem mafiosos na nossa cola, simplesmente para resolver a sua equação e sair por cima?
- Sim.
~ E sabe quando eu vou aceitar fazer isso? Nunca! - A loira se levanta, deixando sua taça sob a pequena mesa de madeira a qual estava atrás de si.
- Macarena! - Zulema se levanta, se movendo rapidamente para alcançar Macarena, que em passos largos já se encontrava novamente dentro de casa. - Macarena! Você precisa me escutar. - A mesma diz, segurando os braços da loira que a olha assustada.
~ Que porra é essa Zulema?! - A loira se debate na tentativa de soltar seus braços, oque é totalmente falho.
Zulema a olhava no fundo de seus olhos antes de dizer qualquer coisa. Macarena conseguia enxergar algo atravéz do seu olhar antes das poucas lágrimas começarem a se formar em volta de sua pupila a qual estava absurdamente dilatada.
- Macarena, eu vendi você.
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~ El Oásis 6° temporada~
Action{2° temporada em produção} E se Macarena não estivesse entrado no helicóptero sozinha? Se zulema não se rendesse aos mexicanos? Resolvi fazer uma continuação do final um tanto quanto inesperado de el oasis. Traduzindo: Resolvi tentar salvar a sér...