- Capítulo dieciséis -

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[...]

Por um momento, gelo por completo, não sabia oque estava por vir, mas seu olhar entregava que certamente não era algo bom.

Apenas observo o mesmo retirar o lençol dali, tendo agora uma visão mais ampla do colchão, que por sua vez, estava com alguns cortes dos lados; Logo, o mesmo, sem dizer muita coisa, permanece em sua vistoría, agora, apalpando cada lateral do mesmo, e não demora muito para que ele ache algo.

~ Eu, não... Eu não sei como isto foi parar aí. - Digo observando o homem retirar inúmeros sacos plásticos com notas altas de dinheiro dali de dentro; E não minto em minhas palavras, eu não fazia ideia de onde Zulema escondia todo dinheiro, mas agora havia descoberto seu esconderijo, e da pior forma possível, eu diria.

- Ah não? - Ouso o mesmo dizer, e logo voltar á gaveta inicial, em passos lentos, dessa vez abrindo-a bruscamente, tomando consciência do que havia ali, muitas munições e algumas armas que guardavamos ali por falta de espaço.

- Terão muito tempo para explicar isso. - Ele diz, e sacando uma algema de seu bolso, caminhava até mim, me fazendo não ter escolha, a não ser seguir o plano inicial de Zulema.

Agora, eu me via colocando minha mão lentamente, em minha pistola, a qual estava em meu bolso traseiro.

Tudo se passou lentamente em minha cabeça, não queria ter que matar-lo, mas agora, não tinha escolha, se eu não fizesse isso, estaria acabando com minha liberdade, e isso era a última coisa que eu queria.

Em um piscar de tempo, sem pensar duas vezes, não miro, apenas atiro em sua cabeça, e só oque vejo, é seu corpo caindo sobre o chão.

Demoro para processar oque havia acabado de fazer.

E neste momento, entro em um transe, mas ainda sim consigo sentir a presença de Zulema atrás de mim, mas não me movo, permaneço parada em frente ao corpo que eu havia acabado de matar, sem dó nem piedade.

- Você meteu mesmo bala no velhote, mandou bem pelo menos uma vez na vida. - Ouso a mesma dizer, e logo em seguida, soltar uma risada alta. - Macarena? - Ela completava, percebendo meu estado diante a situação.

~ Eu... Eu não devia... - Digo soltando minha arma ao chão, e tento sair dali, mas Zulema segura em meus braços, me deixando totalmente imóvel.

Naquele momento, me via voltando ao corpo da antiga Maca, aquela que era revestida de medo, angústia e incertezas; Não conseguia raciocinar direito, estava me sentindo péssima. Havia uma vida crescendo dentro de mim, enquanto eu acabava de dar o fim em outra.

- Você fez o certo. É a lei da sobrevivência, não se lembra? Ele iria foder com nossas vidas, voltaríamos para prisão e não é isso que você quer, é? - Ela dizia, enquanto segurava meus braços, e não estava errada em suas palavras, mas Zulema não era a melhor pessoa para falar sobre isso, já que a mesma, era alguém que não ligaria em matar nem a própria mãe se fosse preciso.

Não lhe digo nada, apenas permaneço ali, e sinto que suas palavras me atingiram naquele momento, de diversas maneiras diferentes; Sinto que, talvez, os hormônios da gravidez tenham ajudado no transtorno que minha mente estava naquele momento.

- Macarena, me escuta! Você fez oque devia ser feito, acredite. - A mesma diz novamente, enquanto mantinha seus olhos nos meus, me fazendo respirar fundo, e tentar manter a calma; Seus olhos brilhavam, e o pequeno sorriso estampado em seus lábios, transparecia um certo orgulho pelo que havia acabado de presenciar.

Permanecemos ali, não por muito tempo, até Zulema tomar a iniciativa de levarmos aquele corpo dali o mais rápido possível, para que ninguém percebesse nenhuma movimentação anormal por aqui. E assim fizemos.

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora