- Capítulo seis -

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[...]

Depois de tudo que havia acontecido, Saray e sua família foram ao centro da cidade, deixando assim apenas eu e Zulema em casa.

Desde a cena aqui do quarto, eu não via a cara de zulema por aqui, certamente ela estava lá fora fumando como de costume.

Já estava anoitecendo, e eu particularmente não aguentava mais ficar dentro daquele quarto, então resolvi descer, e respirar um pouco de ar puro.

Quando estou quase a descer aquela escada, ouso alguns passos fortes pisando sob o chão de madeira revestida que tomava conta da sala.

Assustada com a movimentação, resolvo descer rápido para ver oque estava acontecendo, mas logo sou surpreendida por zulema que corria em minha direção fazendo movimentos com a mão, os quais eu não fazia ideia do que queria dizer.

~ Oque foi? - Eu digo baixo enquanto a mais velha continuava a subir os degrais, mas dessa vez segurando em meu braço para seguir-la.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, mas aquilo estava me deixando aflita.

Logo sigo zulema, que a todo momento parecia calcular bem onde iria pisar para fazer o mínimo de barulho possível.

Então passamos reto ao nosso quarto, e então ela abre espaço para lançar um pequenos chutes á parede também de madeira que terminava o pequeno corredor daquele andar.

E eu ainda sem entender oque estava acontecendo, arrisco questionar-la diversas vezes, mas a mesma não me dizia nada, apenas gesticulava para mim ficar calada, e assim eu a obedecia.

Ao lançar o terceiro chute á aquela parede, a mesma se abre, e me surpreendo ao ver que aquilo não se passava de um pequeno cômodo muito bem escondido.

~ Que porra é essa? - digo quase como um sussurro, já que a árabe me mandava ficar calada.

- Entra aí loira. - ela falava em um certo tom de autoridade, empurrando minhas costas para que eu acelerasse o processo.

Tudo aquilo parecia muito confuso, mas logo começo a ouvir barulhos de engatilhos , como se fossem armas sendo carregadas.

Logo me via dentro daquele pequeno cômodo com zulema, que rapidamente puxava a porta, fechando assim o ambiente.

Aquele lugar estava tão apertando que mal conseguíamos nos mover sem encostar nossos corpos, oque era inevitável.

~ Agora pode me dizer que porra tá acontecendo aqui? - Eu dizia em um quase sussurro, mas ainda sim ouvivel.

- Aqueles homens, eles estão aqui. - Ouvia a mesma dizer enquanto pegava uma das pistolas que estavam em sua cintura, e me dando-a logo em seguida.

Naquele momento finalmente entendi tudo que estava acontecendo, e para ser sincera, prefiria não ter entendido.

Aquilo me deixou dessesperada, saber que os homens de Ramalla haviam nos achado, e eles fariam questão de vasculhar cada buraco daquela casa para nos encontrar. Oque aconteceria se Saray chegasse agora? Porra...

~ Como você achou esse lugar? - Era a única dúvida que restava em minha cabeça.

- Eu não achei, Saray guarda este cômodo desde que comprou esta casa, acha porque viemos para cá? - Ela dizia baixo, sempre atenta á qualquer barulho vindo de fora.

~ Você sabe que vir pra cá foi uma péssima ideia né? Oque faremos se esses filhos da puta abrir essa porta, hm? Atiramos pro alto sem saber aonde pegaria o tiro? Estamos em desvantagem zulema!

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora