- Capítulo três -

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[...]

Depois de finalmente conseguirmos sumir com aquele corpo, decidimos então entrar para a casa, onde passaríamos alguns dias.

~ Já está ficando tarde, oque acham de descançarmos, e amanhã decidimos oque faremos com esse helicóptero, sim? - digo chamando a atenção de todas para a grande máquina que estava ali.

- Opa pera lá loira oxigenada, quem fez a burrada de simplesmente estourar a cabeça do dono disso ai foram vocês, eu não tenho nada haver com isso não. - dizia a cigana dando os ombros.

Certamente não iria nos ajudar, teríamos que pensar sozinhas em como arranjar uma solução, e sejamos sinceras, eu iria acabar fazendo tudo sozinha.

~ Se for assim, zulema teria que dar um fim nisso, não tenho culpa nenhuma de suas burradas. - digo encarando a árabe que observava tudo sem dizer uma única palavra.

- De nada mais uma vez. - ela dizia soltando seu sorriso irônico.

- Bom pombinhas, não querendo atrapalhar, mas, vamos entrando, preciso apresentar o quarto de vocês. - dizia Saray andando em direção a entrada da casa, assim, abrindo a porta da mesma.

E assim fizemos, entramos em sua casa, que era aconchegante pelo menos, bem melhor do que o trailer em que vivíamos a alguns meses atrás.

Então caminhamos até o andar de cima, onde muito provavelmente estaria nosso quarto.

- Esse será o quarto de vocês por enquanto, logo ali, tem um banheiro, não é uma suíte master, mas dá pro gasto. - ela dizia rindo, fazendo assim nós agradecermos pela moradia provisória.

Morar com Zulema não era tão ruim, eu imaginava ser bem pior, mas não, até que conseguímos ter uma convivência bacana, tirando as vezes que tentávamos matar uma a outra, as vezes com uma simples faca de cozinha deixada sob a mesa.

Mas mesmo assim, precisamos apenas manter uma certa distância para não acabarmos nos matando, oque dessa vez seria impossível, pois nos encontrávamos na mesma cama.

O plano de zulema, imagino que não era ficar tanto tempo ali, ela nunca ficava muito tempo no mesmo lugar, a além do mais, agora mais que nunca, precisávamos ter cuidado por onde iríamos passar, pois aqueles homens ainda estavam atrás de nós, e imagino que eles não iriam nos dar sossego até ter nossas cabeças em mãos.

~ Eu fico no canto. - digo tirando meus sapatos e logo depois, meu casaco, ficando assim, vestida apenas por uma regata branca de pano fino.

- Tanto faz. - dizia zulema, suspirando fortemente enquanto acendia um cigarro.

~ Porra, não vai fumar aqui né?

- An? - ela dizia arqueando as sobrancelhas.

~ Eu tô grávida, não posso inalar essa fumaça. 

- Relaxa aí loirinha, fumar me faz muito bem, imagino que não seja diferente pro seu bebê. - dizia zulema se deitando para trás, passando a observar o teto do quarto.

~ Porra. Olha aqui, eu vou tomar banho tá? Espero já ter apagado essa merda quando eu sair.

Vejo ela apenas concordar com a cabeça, enquanto pego uma toalha e entro no banheiro, fechando então a porta.

Enquanto aquela água quente caia sob meu rosto, não deixo de relembrar os momentos em que vivia minha vida normalmente.

É impressionante como a vida pode te transformar em uma grande filha da puta em apenas meses. Quando entrei em Cruz Del Sur, meu semblante era de completo medo, não saberia se iria sobreviver aquele lugar, e sim, sobrevivi.

~ El Oásis 6° temporada~ Onde histórias criam vida. Descubra agora