Esse capítulo está parado há um tempão porque não foi revisado e eu sinceramente não gostei dele, mas resolvi deixar meus receios de lado. Vamo ser feliz, meu povo ♥️
Quando Hardy liberta meus lábios, eu me sinto capaz de conquistar o mundo. Meu peito é uma estranha mistura de euforia por nós e tristeza por ele. Por sua dor. Pela angústia que não posso curar. Pelo tempo em que ele esteve submerso na escuridão sem que alguém percebesse. Sem que alguém iluminasse seu caminho solitário.
— Me desculpe. — Ele sussurra, olhando no fundo dos meus olhos de uma forma que me faz sentir ser a única pessoa viva no mundo, as pontas de seus dedos roçando minha bochecha úmida. Não digo nada, não consigo, deixo que Hardy prossiga. — Por minhas palavras na última vez que nos vimos. Qualquer coisa relacionada a você não poderia ser um erro. Eu pensei que te afastar era a resposta certa, então fui rude. Mas eu estava errado. — Um lampejo de humor move o canto de sua boca. — Você não está surpresa, não é? Acontece com frequência.
Não consigo evitar que um sorriso abra caminho no meu rosto, quebrando a tensão dos últimos minutos. É um alívio. Estou tão aliviada que poderia chorar por uma hora inteira.
Tenho que me esforçar para encontrar minha própria voz.
— E eu pensei que ser cabeça dura fazia parte do seu charme, então nós dois estávamos errados.
Finjo pensar por um momento, só para provocá-lo um pouquinho. Quando os olhos de Hardy brilham com desesperança, eu digo:
— Está perdoado.
Ele finalmente me dá um largo sorriso, aquele que desejei ver nos últimos dias, e eu tenho que respirar fundo.
— Senti sua falta. Principalmente do seu humor tempestuoso e sua boca inteligente. — Hardy revela. Agora suas mãos estão no meu cabelo, explorando com curiosidade. Elas parecem incapazes de me deixar. — Você ficaria surpresa com o número de vezes que tentei ir te ver, mas temi que você arremessasse algo contra minha cabeça.
Franzo as sobrancelhas e estreito os olhos para ele.
— Eu não faria algo assim.
Por alguma razão, ele parece não acreditar em mim.
— Você tem certeza?
As mãos de Hardy continuam me desconcentrando, tirando todo o meu auto controle. A proximidade dos nossos corpos tampouco ajuda. Eu tenho que me lembrar de que estou em uma biblioteca, e que livros são sagrados.
— Não. Havia o risco, é verdade.
Novamente meu olhar é atraído para os lábios dele, para as mechas de seu cabelo banhadas pela luz solar. Talvez a ficha tenha finalmente caído. Eu estou aqui, por inteiro, e este garoto de olhos bonitos está me tocando como se eu fosse a coisa mais magnífica do mundo.
Ele ri com sarcasmo de algum pensamento repentino, o que me faz levantar os olhos, curiosa.
— Você faz uma concussão cerebral soar como um bom negócio apenas para ficar perto de você. Eu não sabia que gostar de alguém poderia ser tão perigoso. — Hardy zomba, prendendo sua mão na minha.
Ele nem ao menos nota que acabou de dizer que gosta de mim da maneira mais natural possível. Apesar da calma que tento manter em meu rosto, meu pulso está trovejando e meus pulmões, de repente, parecem pequenos e insuficientes.
Hardy nos guia em direção a uma das três grandes janelas atrás da escrivaninha e a empurra. Há uma sacada lá fora. A mesma sacada para onde fiquei olhando durante a primeira vez que pisei meus pés neste lugar. Naquela noite, eu não imaginava que um dia estaria lá em cima, olhando para baixo.
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Contando Até Dez
Teen FictionGwendolyn está no último ano do colegial. Ela é uma bela jovem excêntrica e extremamente racional. E por mais que não admita, Gwen é inexperiente no amor. O simples pensamento de se envolver com alguém lhe causa verdadeiro pavor. Ela odeia Hardy Riv...